quarta-feira, 11 de julho de 2012

Sem vacinas, prevenção é a saída para combater o H1N1

Cosmam debateu providências a serem tomadas contra a a doençaCom a falta de vacinas no mercado, representantes das secretarias estadual e municipal da Saúde garantem que a melhor alternativa é a prevenção contra a Gripe A. Em reunião realizada ontem, a Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal de Porto Alegre decidiu que vai pleitear ações do Ministério da Saúde contra o vírus H1N1 para 2013, já que para este ano não há mais o que fazer. Um total de 23 pessoas já morreu em razão da doença no Rio Grande do Sul em 2012, sendo três em Porto Alegre.

Na mesma linha, o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems/RS) definiu que pressionará o ministério para que o Estado tenha o calendário de imunização antecipado para março. A resolução da entidade pede ainda que sejam redefinidos os grupos de risco, tendo em vista que este ano o vírus tem feito vítimas que estão fora dos tradicionais públicos apontados como sendo de cuidado prioritário (gestantes, crianças entre seis meses e dois anos, idosos, indígenas, trabalhadores da área da saúde e portadores de doenças crônicas).

Dos 18 casos confirmados na Capital, apenas dois haviam feito a vacina e somente seis deles estão dentro do grupo de risco. Do total, no mínimo quatro eram bebês com menos de seis meses de idade. A Gripe A atacou nos bairros Centro, Menino Deus, Chácara das Pedras, Partenon, Restinga, Lomba do Pinheiro, Santa Tereza, Agronomia, entre outros. Os dados foram divulgados pelo coordenador-adjunto de vigilância em saúde de Porto Alegre, José Carlos Sangiovanni, durante a reunião da comissão. Com isso, a preocupação dos vereadores aumentou em relação às crianças.

Mas, apesar dos números, o indicativo de sazonalidade do vírus mostra que, pelo menos, a situação de 2009 não se repetirá, acredita o vereador Tiago Duarte (PDT), presidente da comissão. Isso porque o ápice da doença deverá ser de 15 a 30 de julho. Depois, a tendência é que perca a força. Para a pessoa ser considerada imunizada são necessários 15 dias após a vacina. Conforme o secretário municipal de Saúde, Marcelo Bosio, mesmo que houvesse doses para toda a população, não há tempo hábil para a proteção e não há mais vacinas para serem compradas pelo ministério. No entanto, ele enfatiza que quem faz parte do grupo de risco deve imediatamente procurar um posto de saúde.

A Secretaria Estadual da educação ressaltou que, na ausência de um agravamento da incidência da doença, as férias nas escolas estaduais não serão antecipadas. Hoje haverá um encontro da secretária municipal de Educação da Capital, Cleci Jurach, com as escolas infantis para determinar medidas preventivas. Os ensinos Fundamental e Médio terão período de recesso casado com o ápice do vírus e desde a semana passada já estão fazendo controle intenso de bebedouros, ventilando os ambientes e incentivando os alunos a lavarem as mãos e não partilharem objetos de uso pessoal. Em algumas escolas onde houve síndrome gripal, as instituições acertaram parcerias com os postos de saúde para garantir a vacinação dos trabalhadores.

O antiviral Oseltamivir, de nome comercial Tamiflu, é o indicado para o tratamento da Gripe A e está disponível gratuitamente em todo o Estado – “e isso não vai faltar”, comunica Marilina Bercini, representante da Secretaria Estadual da Saúde (SES). O seu uso no início do aparecimento dos primeiros sintomas da gripe é fundamental para impedir o agravamento dos casos.(Jornal do Comercio-RS)

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