quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Algodão Colorido recebe selo de indicação geográfica da Paraíba


Um trabalho de melhoramento genético das variedades coloridas começou em 1989

 O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) anunciou nesta quarta-feira (15/08) a concessão do Selo de Indicação Geográfica Paraíba para produtos têxteis confeccionados em algodão colorido. O reconhecimento do nome Paraíba como produtor de algodão se justifica pelo seu diferencial tecnológico. Devido às pesquisas desenvolvidas pela Embrapa Algodão, a Paraíba, que registrara uma queda na produção nos anos 1980, retomou seu plantio com uma novidade: o algodão passou a ser naturalmente colorido. O registro é concedido pelo INPI com objetivo de evitar que produtos de origem de outras regiões sejam vendidos como a original cachaça salinense, além de garantir a excelente procedência do produto.


Um trabalho de melhoramento genético das variedades coloridas começou em 1989. Foram estudadas 35 novas linhagens de algodão nos municípios de Patos e Monteiro, na Paraíba. Como resultado, Campina Grande (PB) e regiões vizinhas são hoje grandes centros de produção algodoeiro reconhecidos em todo o País. A cooperativa de 31 associados transforma as plumas de algodão colorido em peças de vestuário e para casa. Com as sobras de tecidos, fazem bonecos e bichinhos de pano para crianças. A cooperativa já exporta para a União Europeia brinquedos e almofadas produzidas com o algodão naturalmente colorido.

Recentemente, também foi conferido pelo INPI o registro a própolis vermelha de Alagoas na modalidade Denominação de Origem. O registro, reconhecido internacionalmente, serve como uma forma de proteção daquilo que é produzido numa certa região, que tem algum reconhecimento histórico ou tem sua qualidade intrinsecamente ligada ao meio onde é produzido, e é composto por um selo que permite a utilização de um nome geográfico, indicando a origem de um determinado produto ou serviço.

A própolis alagoana é uma substância de cor vermelha, com cheiro balsâmico, derivada da resina da Dalbergia ecastophyllum, conhecida como “rabo de bugio”, transportada para a colmeia pelas abelhas e modificada pelas enzimas do animal. De acordo com a coordenadora de Incentivo à Indicação Geográfica de produtos Agropecuários do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Beatriz Junqueira, “dentre as mais recentes indicações geográficas concedidas, a Indicação de Procedência – IP da Região de Salinas para cachaça e a Denominação de Origem – DO dos Manguezais de Alagoas para própolis vermelha, receberam apoio financeiro deste ministério, por meio de convênio, para desenvolvimento do pedido de registro e das ações pós-registro, respectivamente.

WSCOM


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