quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Dilma troca conceito de 'guerra' por 'pacto' ao defender crescimento mundial


A presidente Dilma Rousseff substituiu nesta terça-feira a ideia de "guerra" pela de "pacto" ao defender, na sede da ONU, em Nova York, que os países se entendam sobre a melhor forma de retomar o crescimento econômico global.
Defendendo que os países evitem "atitudes unilaterais" para conter os efeitos da crise global em suas economias, a presidente disse que "é urgente a construção de um amplo pacto pela retomada do crescimento global, impedindo a desesperança provocada pelo desemprego e pela falta de oportunidades". É uma mudança sutil de ângulo ao colocar uma queixa recorrente que o Brasil costuma levar a fóruns internacionais: a de que muitas destas políticas unilaterais constituem de fato "guerras" – como a "guerra cambial", cunhada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega – que acaba afetando negativamente outras economias.
"O que acho que caracteriza esse momento é que se você tomar atitudes unilaterais, elas têm sempre impacto sobre algum país", disse Dilma aos jornalistas, no fim da terça-feira.
No caso da crise econômica, prosseguiu, o uso de políticas monetárias expansionistas nos países ricos, que injetam recursos nas economias emergentes, acarretam a desvalorizações das moedas destes países.
Daí a legitimidade do que, mais cedo – no seu discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU –, Dilma chamou de "legítima defesa comercial".
"Não podemos aceitar que iniciativas legítimas de defesa comercial por parte dos países em desenvolvimento sejam injustamente classificadas como protecionismo", disse Dilma.
"Devemos lembrar que a legítima defesa comercial está amparada pelas normas da Organização Mundial do Comércio (OMC)."

BBC Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários aqui publicados são de responsabilidade de seus autores.