sábado, 23 de fevereiro de 2013

PT paulista não abre mão de candidatura para governador


PT paulista não abre mão de candidatura para governador e dificulta negociação de aliança nacional Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Um dia depois de Luiz Inácio Lula da Silva ter lançado a presidente Dilma Roussef fcandidata à reeleição, o PT paulista ameaça colocar obstáculos na estratégia de alianças em torno da candidatura da petista. Na quinta-feira, os deputados estaduais da legenda se reuniram e defenderam, de maneira unânime, candidato a governador pelo PT em 2014. Uma das estratégias defendidas por Lula para 2014 é ceder a cabeça de chapa em São Paulo para o PMDB, de modo a abrir espaço para a composição nacional com o PSB. De acordo com esse arranjo, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) ou o deputadoGabriel Chalita (PMDB) teriam o apoio do PT na corrida paulista em troca da cessão da vice para o PSB, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos
Ofensivas de PT e PSB precipitam corrida eleitoral de 2014— É um momento de deixar emergir as posições. No PT sempre é bom ter debate, mas temos que ter tranquilidade para que o partido se mantenha unificado. É fundamental reeleger a Dilma, como é fundamental ganhar em 2014 no Estado de São Paulo — disse o deputado Edinho Silva, presidente estadual do partido.O deputado estadual Antonio Mentor concorda:— Não é do nosso interesse nem do PMDB. É de uma engenharia impossível de ser fazer. Não tem nenhuma viabilidade política. É consenso absoluto na bancada — disse.Todos os 22 parlamentares petistas presentes à reunião foram favoráveis à candidatura própria, inclusive o presidente do PT, Rui Falcão - que, questionado diretamente sobre o assunto, defendeu o PT na cabeça de chapa.— Se houvesse alguma viabilidade, o Michel toparia na hora. Não tem. Se o PT indica o Temer, o Alckmin papa no primeiro turno. A imagem dele é muito consolidada — comentou um deputado que preferiu não se identificar.Na quarta-feira, o PMDB paulista soltou nota em que afirma que "a prioridade do PMDB de São Paulo é a manutenção da aliança vitoriosa constituída pela chapa Dilma-Temer para presidente e vice-presidente da República nas eleições de 2014".Temer e Chalita não compareceram ao evento de comemoração dos 10 anos do PT no governo federal, durante o qual Lula defendeu a reeleição de Dilma. A ausência foi interpretada por petistas como um sinal de insatisfação com as articulações para 2014. Entre outros pontos de discórdia, está a espera pela indicação de Chalita para um ministério de Dilma.No encontro de quinta-feira, os petistas também viram o discurso sobre a reeleição de Dilma como um recado às "viúvas" que pregavam nos bastidores a volta de Lula em 2014.
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