Segundo dados da OMS este é já o 23º caso fatal desde setembro do ano passado. Foram registrados 44 infectados com o novo coronavírus. O foco de disseminação, pelo visto, está situado no Oriente Médio. A maioria dos doentes é da Arábia Saudita, Qatar e Emirados Árabes Unidos. Casos isolados na Grã-Bretanha, Alemanha e França também estão relacionados com a estada nesses países.
“A enfermidade foi grave – por volta de 50% dos infectados morreram. Agora nós vemos que o vírus, numa forma um tanto modificada, retorna à população humana. Não vale a pena entrar em pânico, mas, é claro, grande atenção é dada a isto. Nós recebemos informações sobre o vírus a bastante tempo. Existem notas especiais e canais profissionais de informação, através dos quais nós sabemos dentro de um minuto, literalmente, sobre casos de doença ou morte.”O novo coronavírus é muito parecido com seu pérfido similar que em 2003 matou 800 pessoa, assinala o chefe de laboratório do Instituto de Pesquisa Científica da Gripe de São Petersburgo, Vladimir Zarubayev.
Os coronavírus provocam doenças com sintomas semelhantes aos da gripe e somente em casos raros passam a complicações do tipo de pneumonia, esclarece o professor, doutor em Medicina, acadêmico da Academia de Ciências Europeia, Yuri Gendon.
“A presença de casos letais em vários países indica que ocorreram mutações desse vírus, e ele se tornou mais virulento, isto é, seu efeito patogênico aumentou. Veremos como ele se disseminará doravante. Infelizmente não há quaisquer remédios. É que ele não era considerado um vírus sério. As firmas não se interessaram em produzir tal remédio. Não se faz vacina com urgência. São necessários no mínimo três anos e vários bilhões de dólares. Pode-se conseguir um preparado químico mais depressa.”
Na sessão ordinária da OMS, que terminou seus trabalhos nestes dias em Genebra, foi expressa a inquietação por motivo da “diferença entre a rapidez da proliferação do vírus e da informação acumulada sobre ele.” A diretora geral da Organização, Margaret Chan, qualificou o novo coronavírus de principal ameaça global à humanidade. Ela também declarou que é necessária uma reação internacional solidária a esta situação.
VOZ DA RÚSSIA