quarta-feira, 5 de junho de 2013

Dilma cria agência que levará assistência técnica a médios produtores rurais

Dilma Rousseff

Em cerimônia de lançamento do Plano Safra da Agricultura e Pecuária para 2013 e 2014, a presidenta Dilma Rousseff anunciou hoje (4) a criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural, que terá como papel levar conhecimento e inovações produzidos pela Embrapa para os produtores rurais. A agência prestará serviços a todos os agricultores e pecuaristas do país, porém, Dilma ressaltou o foco que o novo Plano Safra terá no 'médio' produtor.
“O agronegócio brasileiro tem um segmento que temos de ter atenção especial, que antes era comprimido entre o grande e o pequeno, que é o médio negócio brasileiro”, afirmou. A presidenta ressaltou a importância do papel da Embrapa na pesquisa e produção tecnológica, mas afirmou que o país ainda enfrenta dificuldades na difusão de tecnologia.
“Temos relativa difusão de melhores técnicas e práticas. Mas acredito que o caminho a percorrer tem grande espaço, que é a difusão da tecnologia. Isso vai permitir o casamento com a Embrapa, e será uma circulação em mão dupla, de levar conhecimento para o produtor, da classe A à classe E, pois todas elas precisam deste acesso à tenologia.”
Dilma também afirmou que a agência possibilitará a superação de desafios vividos pela produção agropecuária, o que facilitará o caminho do Brasil para se tornar o maior exportador de alimentos do mundo. “Considero que agência é fundamental no processo de transformação do nosso avanço no setor rural brasileiro. Ela pode permitir que todos tenham acesso à tecnologia e nos próximos 10 anos transformemos em um dos países mais competitivos do mundo, o maior exportador de alimentos do mundo.”
Outro ponto que ganhou destaque no Plano Safra deste biênio é a armazenagem de produtos. Foi anunciada uma linha de financiamento específica para investimentos em armazenagens privadas. Serão R$ 25 bilhões nos próximos cinco anos, sendo que R$ 5 bilhões já estarão disponíveis neste ano. O ministro da Agricultura e Agropecuária, Antônio Andrade, afirmou que os investimentos permitirão que a capacidade de armazenagem do país se equipare ao volume da produção.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão que administra os armazéns federais, receberá R$ 500 milhões, anunciou Andrade, sendo que R$ 350 milhões serão investidos em novos armazéns e R$ 150 milhões em melhorias de armazéns antigos.

Plano

O Plano Safra 2013/2014 prevê investimento de R$ 136 bilhões, valor aumentado em 18% em relação ao do plano passado, que previa a liberação de R$ 115,2 bilhões. Desses, R$ 97,6 bilhões serão destinados para custeio e comercialização, e outros R$ 38,4 bilhões, em créditos para programas de investimentos.
A taxa média de juros ao financiamento será de 5,5%, mas algumas linhas terão custo ainda menor. No plano anterior, a taxa de referência ficou em 5,5%. A aquisição de máquinas agrícolas e equipamentos de irrigação terão juros de 3,5 %. A taxa para agricultores de médio porte será de 4%.
As cooperativas poderão ter acesso a R$ 5,3 bilhões por meio de programas como o Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop) e de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro). A taxa de juros anual para capital de giro foi reduzida de 9% para 6,5% ao ano. 
Créditos:Rede Brasil Atual

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