domingo, 22 de setembro de 2013

Assad diz que será necessário um ano para destruir armas químicas

Presidente sírio Bashar al-Assad (foto: Reuters)

O presidente da Síria Bashar al-Assad afirmou estar comprometido com um plano para destruir as armas químicas do país, mas afirmou que o processo pode levar cerca de um ano.
Em entrevista à televisão americana Fox News, Assad voltou a afirmar que suas forças não foram responsáveis por um ataque químico ocorrido na periferia de Damasco em 21 de agosto.
O plano de desarmamento da Síria foi delineado pelos Estados Unidos e pela Rússia na semana passada.
O Ocidente deseja que o acordo seja sacramentado em uma resolução da ONU apoiada pela ameaça de uso de força militar, mas a Rússia se opõe.

"E será preciso muito dinheiro, algo como cerca de um bilhão".Referindo-se à questão da destruição dos estoques de armas químicas da Síria, Assad disse que ela seria "uma operação muito complicada, tecnicamente".
"Então depende, é preciso perguntar aos especialistas o que eles entendem por (processo) rápido. Ele tem uma agenda. É necessário um ano, ou talvez um pouco mais".
As declarações de Assad ocorrem logo depois de um diplomata russo ter dito que Damasco cumprirá seu compromisso de eliminar suas armas químicas até a metade de 2014.
Após negociações na Síria, o vice-chanceler russo Sergei Ryabkov disse que o presidente Assad estava "muito sério" sobre o plano de desarmamento.
Ryabkov disse ainda que autoridades sírias lhe entregaram "evidência material" mostrando que os rebeldes estavam envolvidos no ataque com gás sarin ocorrido no mês passado. A informação contradiz alegações feitas pelos Estados Unidos de que o regime foi responsável pelo ataque.
O diplomata russo criticou a ONU por ter sido "parcial" em seu relatório recente sobre o ataque – uma alegação que a ONU negou.
Mais de 100.000 pessoas foram mortas desde que a guerra civil começou na Síria no início de 2011, segundo as Nações Unidas.
Milhares de pessoas deixaram seus lares e até o país desde o início do conflito.
Foto:Reuters
Créditos:BBC Brasil

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