terça-feira, 15 de outubro de 2013

Dilma: País desenvolvido não se mede pelo PIB, mas pela qualidade de vida




 A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (15) que desenvolvimento de um país não se deve medir apenas pela variação anual de seu PIB, mas principalmente pela qualidade de vida e pelo bem-estar da população. Ela fez a comparação em Vitória da Conquista, na Bahia, onde entregou 1.740 unidades unidades do Programa Minha Casa, Minha Vida.
Em seu discurso, a presidenta voltou a lembrar temas como o Mais Médicos, a distribuição dos royalties do petróleo para financiar a educação e a saúde, o baixo desemprego e os programas de inclusão social e distribuição de renda, como o Bolsa Família. E reforçou que seu governo trata com importância apenas relativa índices de crescimento econômico, como a expansão do PIB (que em 2012 foi de 0,9%)
“Precisamos de educação de qualidade para darmos o salto para um país desenvolvido, não de um país em que o PIB cresce – em que se meça a qualidade de vida pela quantidade de produtos. País desenvolvido você mede pela qualidade de vida, pela sensação de conforto que a população tem, pelo acesso à casa própria, emprego, a qualidade da saúde. Quando tivermos esses índices, seremos nação desenvolvida.”
Para a presidenta, “é óbvio que precisa que economia e PIB cresçam, mas no Brasil tivemos experiências passadas em que o PIB crescia e a renda ficava concentrada na mão de poucos. Queremos distribuição, por isso Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida, Mais Médicos. E vamos nos empenhar por ter a melhor educação possível para os jovens e crianças”.

Dignidade

Ao entregar as unidades de mais quatro conjuntos do Minha Casa, Minha Vida, Dilma repetiu a importância de se governar para todos. “Um país como o nosso tem de entender que podemos e devemos governar para todos, mas temos de olhar primeiro para aqueles que mais precisam, e perceber que não tinham onde morar. Agora essas pessoas podem dizer 'tenho um endereço'. Isso é muito forte”, disse.
A presidenta aproveitou a cerimônia para anunciar que uma nova fase do programa deverá ser preparada, mas não adiantou dados sobre a ampliação. “Vamos dobrar a dose”, resumiu. Segundo ela, o Minha Casa, Minha Vida já contratou 2,9 milhões de unidades e deve chegar ao fim de 2014 com 2,75 milhões entregues.
Os moradores das unidades recebidas hoje pagarão prestações que variam de R$ 25 a R$ 80 mensais, por dez anos. Ao fim deste prazo receberão as escrituras definitivas dos imóveis, que tiveram custo médio de R$ 61 mil, segundo representante da Caixa Econômica Federal, presente ao evento. O banco é o principal financiador do Minha Casa, Minha Vida.
“Se alguém perguntar para onde vai o dinheiro dos impostos, vai para pagar a casa de vocês. É o povo brasileiro que assegura isso, com dignidade e cidadania. Vocês é que pagam a casa de outra forma. Se a pessoa ganha até R$ 1.600 e o apartamento custa 60 mil, o governo federal vai e coloca o dinheiro para permitir que possa pagar só com uma pequena parte da sua renda”, explicou. Pelo programa, cada família beneficiária compromete no máximo 5% de sua renda mensal com o valor das prestações.
“Tem a regra da dignidade. Ninguém pode chegar e dizer: 'olha, vocês ganharam a casa, então me façam tal favor, porque eu ajudei'. Casa é um direito que vocês obtêm na relação com a Caixa Econômica, como qualquer outra de crédito, não tem intermediário", completou Dilma.
Dilma e o governador da Bahia Jaques Wagner (PT) orientaram os presentes a se organizar para manter e melhorar os conjuntos habitacionais. “Montem associações de moradores e busquem sempre o melhor para o bairro de vocês”, disse Wagner.
Créditos: Rede Brasil Atual

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