terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Sem água, escolas de SP dispensam alunos

 Com a crise hídrica, escolas estaduais na cidade de São Paulo sofrem por falta d'água no período noturno. Na escola Professora Veridiana Camacho Carvalho Gomes, no Parque Edu Chaves (zona norte de São Paulo), os alunos do noturno foram liberados antes do fim do período letivo em todos os dias da primeira semana de aulas.
Segundo estudantes das turmas de jovens e adultos, que têm aulas das 19h às 23h, de segunda a quarta-feira as aulas terminaram por volta de 21h porque não havia água.
O iG esteve na unidade na noite da última quinta-feira (5) e poucos minutos antes do início das aulas já não havia água nos bebedouros, nas torneiras ou para os vasos sanitários.Segundo relato dos moradores da região, o bairro tem ficado sem água a partir das 13h.
A reserva da escola não é suficiente para atender todos os alunos. De grande porte, a escola tinha 1.495 alunos no último censo escolar. Atualmente, apenas no noturno há 600 matrículas, segundo funcionários da unidade.
"Temos pedido para os alunos trazerem suas próprias garrafas de água, mas não dá para aguentar sem água nos banheiros", contou um dos funcionários, que não quis se identificar.

A falta d'água também atinge a escola Gabriela Mistral, no Tucuruvi (zona norte de São Paulo). Segundo alunos e funcionários, na noite de ontem a escola não tinha água até o término do turno, mas os estudantes não foram dispensados.
As duas escolas estão em uma região em que há redução de pressão da água das 13h às 5h, ou seja, apenas oito horas de fornecimento regular, segundo o site da Sabesp.
Em outro região da cidade, a escola Salim Farah Maluf, em Guaianazes (zona leste de São Paulo), passa pela mesma seca. A unidade, que tinha 1.415 alunos no último censo escolar, tem ficado sem água não só no período noturno. No site da Sabesp, a empresa aponta que a região tem abastecimento com pressão reduzida entre as 15h e as 4h.
"Na segunda-feira cheguei às 8h40 e fui ao banheiro, até comentei com os colegas que a água estava colorida. Depois da aula (mais ou menos 12h20), fui ao banheiro novamente e já não tinha água", conta o professor Silvio de Souza. "Para dar aula, temos que mediar a situação e conversar com os alunos, mas não é fácil."
A secretaria estadual de educação negou que tenha faltado água nesta semana nas unidades e, por isso, não foi pedido o atendimento prioritário à Sabesp. Ainda segundo a secretaria, as escolas que estiverem sem água serão atendidas pela empresa de abastecimento com caminhões-pipa após pedido da Diretoria de Ensino.
Créditos: WSCOM

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