terça-feira, 8 de março de 2016

Cidade bíblica de Sodoma pode ter sido encontrada na Jordânia

Sodoma
Depois de décadas de escavações, os pesquisadores podem finalmente ter encontrado as ruínas da cidade bíblica de Sodoma. Os peritos que investigam a região de el-Hammam, na Jordânia, acreditam que os restos de uma enorme cidade da Idade do Bronze coincidem com a descrição bíblica da cidade que teria sido destruída por Deus. As descrições de maior cidade da região, a leste do rio Jordão, como no livro sagrado, coincidem com a data que remonta a 3.500 e 1.540 anos a.C., e parece ter sido repentinamente abandonada.
 A maioria das referências feitas sobre Sodoma e Gomorra aparece no Livro do Gênesis, no Velho Testamento. Os dois locais eram reinos situados na planície do rio Jordão, ao norte de onde o Mar Morto está localizado, e são descritos na Bíblia como locais férteis, verdes e privilegiados. Em particular, Sodoma é uma das maiores cidades a leste do Jordão, citada ao longo do livro de Gênesis e no Novo Testamento. É descrita como situada em uma rota de comércio comum, e, devido ao seu tamanho, fortificada com torres e altas e grossas paredes.
Segundo a Bíblia, Sodoma teria sido destruída por Deus após os seus anjos não conseguirem encontrar homens justos no local. As ruínas coincidem com as datas e são cerca de 5 a 10 vezes maiores do que as de outras cidades da região. Steven Collins, da Universidade Trinity Southwestern, no Novo México, que liderou o projeto, disse que o local abrigava uma cidade “monstruosa” em comparação com outras do mesmo período na área.
 Pouco se sabia sobre a Idade do Bronze no sul do vale do rio Jordão, antes das escavações começarem, em 2005. Porém, a cidade enorme indica uma sociedade sofisticada. A equipe afirma ter encontrado evidências de uma cidade que foi ampliada e protegida por muros e muralhas grossas, incluindo uma parede de 5,2 metros de espessura com 10 metros de altura. A cidade teria sido continuamente ampliada e fortalecida. Durante o meio da Idade do Bronze, tal parede foi substituída por uma enorme trincheira de sete metros de largura com um topo plano que circundava a cidade como um anel viário.
A equipe acredita que a cidade possa ser Sodoma, pois a evidência sugere que ela prosperou nas margens do rio Jordão e foi uma importante rota de comércio, como diz na Bíblia. Outra evidência para apoiar as reivindicações é que el-Hamaam foi subitamente abandonado em algum momento, até o fim da Idade do Bronze. “O que temos em nossas mãos é uma importante cidade-estado desconhecida para estudiosos antes de começarmos o nosso projeto”, disse Collins.
El-Hammam corresponde à descrição da área onde Sodoma localizava-se, de acordo com a Bíblia, como a maior cidade da área de fértil ao leste de Kikkar. Então, eu cheguei à conclusão de que, se alguém quisesse encontrar Sodoma, deveria buscar a maior cidade que existiu nesta área durante a Idade do Bronze, na época de Abraão. Quando nós exploramos a região, o Alto de el-Hammam foi uma escolha óbvia, por ser maior do que as outras cidades da Idade do Bronze em toda a região, mesmo aquelas encontradas além do Jordão”, relatou Collins. Segundo o arqueólogo, a maioria dos mapas arqueológicos da área estava em branco. A área permaneceu abandonada por cerca de 700 anos, depois a cidade foi repovoada. O fato foi evidenciado por artefatos e restos da Idade do Ferro.
A destruição de Sodoma e Gomorra é relatada em várias partes da Bíblia, incluindo Gênesis e o Novo Testamento, bem como no Alcorão. A história do Antigo Testamento descreve como Deus destruiu os pecadores depravados de Sodoma com fogo e enxofre, mas permitiu que Lot, um homem bom da cidade, fugisse com sua família. As cidades têm sido usadas por líderes religiosos como metáforas para o vício, a homossexualidade e outros aspectos reprovados pela maioria das instituições.
Mesmo que a as ruínas encontradas não sejam de Sodoma, os pesquisadores disseram que a descoberta ainda é importante, pois revela uma sociedade desenvolvida. O sistema de muralhas teria exigido milhões de tijolos e centenas de trabalhadores, demonstrando organização e tecnologia. As evidências também sugerem que a cidade em ruínas tivesse portões, torres e uma estrada principal.
Collins disse que a cidade foi abandonada no final da Idade do Bronze, talvez após um terremoto, mas outros especialistas sugerem que um asteroide pode ter sido o culpado. O fato se comprova pela falta de artefatos do final da Idade do Bronze. “O local tornou-se um deserto inabitado por mais de 700 anos, mas, em seguida, após esses sete séculos, começou a florescer novamente, como indica o enorme portão de ferro que dá para a cidade”, disse ele, revelando que a outra civilização já pertencia à outra Era. A cidade foi reconstruída na Idade do Ferro, entre 1.000 e 332 a.C. [ Daily Mail ] [ Foto: Reprodução / Daily Mail ].
Créditos: Jornal Ciência

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