sexta-feira, 13 de maio de 2016

“Não existe injustiça maior que condenar um inocente”, afirma Dilma

“Não existe injustiça maior que condenar um inocente”, afirma Dilma
A presidenta eleita Dilma Rousseff   afirmou ontem, que não vai desistir da luta. Primeira mulher eleita presidenta no país, Dilma afirmou que sente a dor da injustiça, pois está sendo punida por um crime que não cometeu, mas que não vai esmorecer. A presidenta também convocou a população a permanecer lutando pela democracia. 
Dilma Rousseff saiu do Palácio do Planalto apoiada pela população. Milhares de pessoas demonstraram o apoio à Dilma na frente do Palácio do Planalto. A presidenta eleita foi afastada temporariamente após a decisão do Senado Federal, que admitiu o processo de impeachment contra a presidenta eleita, mesmo sem crime de responsabilidade demonstrado. “Eu já sofri a dor da tortura, da doença, e agora eu sofro mais uma vez a dor inominável da injustiça. Sou vitima de uma farsa jurídica e política. Mas não esmoreço”, afirmou ela. Para a presidenta, punir alguém inocente é uma das maiores brutalidades que pode ser feita contra uma pessoa.
“O maior risco para o Brasil é ser dirigido pelo governo dos sem voto. Que não terá legitimidade para propor e implementar soluções para o desafio do Brasil”, afirmou. Para ela, o governo interino de Michel Temer (PMDB) nasce de um impeachment fraudulento, uma espécie de eleição indireta.Dilma convocou o povo brasileiro à luta pela democracia. “É uma luta que pode ser vencida e nós vamos vencer”, disse a presidenta. “Eu lutei a minha vida inteira pela democracia. Aprendi a confiar na capacidade de luta do nosso povo. Já vivi muitas derrotas e grandes vitórias. Nunca imaginei que seria necessário lutar de novo contra um golpe no meu pais”, disse ela.
Dilma reafirmou que não cometeu nenhum crime, e que sequer assinou os atos das chamadas pedaladas fiscais pelas quais está sendo suspensa do cargo. “Não tenho contas no exterior, não recebi propina, não compactuei com a corrupção”, lembrou. A presidenta disse que honrou os votos que recebeu e, em nome desse votos, vai lutar com todos os instrumentos legais que dispõe para exercer seu mandato até o fim, no dia 31 de dezembro de 2018.
Dilma afirmou ter sido alvo de boicote por parte da oposição, que afundou o Brasil em uma recessão com o intuito de desestabilizar seu governo eleito. “Meu governo tem sido alvo de sabotagem. Me impediram de governar e forjaram o ambiente propício ao golpe”, disse ela. De acordo com o anunciado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Dilma manterá prerrogativas da presidência. Continuará morando no Palácio da Alvorada, e terá direito a transporte (carro e avião) e equipe a serviço do gabinete pessoal da Presidência.
A partir de agora, a presidenta ficará 180 dias fora do cargo e o presidente interino Michel Temer (PMDB) assumirá temporariamente. Nesse meio tempo, ocorrerá a fase de julgamento no Senado, presidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski. Nessa fase, acusação e defesa serão ouvidas, provas apresentadas e o Senado funcionará como um tribunal que decidirá se a presidenta volta ou não ao exercício da função.
Em uma primeira fase, a Comissão do Impeachment deve elaborar um novo parecer discutindo se a Dilma cometeu ou não crime de responsabilidade. Se aprovado por maioria simples, Dilma vai ser julgada em sessão plenária e destituição só será ser aprovada caso tenha dois terços da casa. Como reafirmou o Advogado-Geral da União, José Eduardo Cardoso  na defesa de Dilma no Senado Federal, não existe crime de responsabilidade no processo de impeachment, e a Constituição Federal está sendo rasgada com abertura do processo. “Está nesse momento condenando uma mulher honesta e inocente. Se está cometendo uma injustiça histórica. A história escreverá o que aconteceu”, afirmou ele.
Com informação da Agência PT de Notícias

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