segunda-feira, 23 de maio de 2016

Tirar cubanos do Mais Médicos prejudicaria 40 mi de brasileiros

Diminuir a participação de estrangeiros no programa Mais Médicos vai deixar quase 40 milhões de brasileiros sem atendimento médico, afirma o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde do governo da presidenta eleita Dilma RousseffHeider Pinto.
Em declarações recentes, o ministro interino da Saúde do governo golpista deMichel Temer (PMDB), Ricardo Barros, afirmou que pretende tirar ao menos 10 mil médicos estrangeiros do programa. Heider, que foi coordenador do Mais Médicos, acredita que a decisão do ministro golpista visa atender acordos firmados por ele com entidades médicas conservadoras, extremistas e até xenófobas, que nunca aceitaram a vinda dos médicos cubanos ao Brasil.
“É inadmissível a possibilidade de dezenas de milhões de pessoas serem prejudicadas por causa de interesses de pouquíssimas milhares de pessoas, que são os médicos mais conservadores”, contesta Heider.
O coordenador do programa lembra que o Mais Médicos atende, atualmente, 63 milhões de brasileiros que antes não tinham atendimento regular de médicos.
“Os brasileiros hoje vão a uma unidade de saúde perto da sua casa e tem um médico. Além disso, mais de 95% da população aprova o programa, porque agora tem médico todos os dias no posto de saúde, as pessoas conseguem atendimento, o médico resolve os problemas e o atendimento é mais humanizado”.
Outro número que comprova os benefícios do Mais Médicos é o aumento de 33% nas consultas em municípios participantes do programa. “Fora do Mais Médicos, o aumento foi de 15%. É mais do que o dobro. E nesses municípios do programa os indicadores de saúde são muito fortes. Houve uma redução muito maior das internações por causa do Mais Médicos”, completa. Para Heider Pinto, isso tudo está em risco com o governo golpista de Temer.
Segundo ele, o que se pode esperar do governo golpista na área da saúde é “certamente menos direitos, menos serviços, menos trabalhadores no Sistema Único de Saúde, um incentivo à privatização do serviço e a expulsão de pessoas do SUS para que elas possam contratar planos de saúde, que perderão em qualidade, não só porque aumentará muito a quantidade de pessoas, mas também porque o Estado parará de regular a qualidade dos planos”.
Créditos : Agência PT

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