sábado, 24 de setembro de 2016

Desemprego avança e é maior na construção e agricultura

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O mercado formal de trabalho eliminou 33.953 vagas (-0,09%) em agosto, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. A série se mantém negativa ao longo do ano, mas o ritmo de perda de postos de trabalho diminuiu no mês passado – em agosto de 2015, por exemplo, foram menos 86 mil vagas. Agora, no acumulado deste ano, o corte chega a 651.288 (-1,64%) – pior resultado desde 2002 –, levando o estoque de empregos formais para 39 milhões. Em 12 meses, o Caged registra eliminação de 1.656.144, queda de 4,07%.
Apenas em agosto, o Caged registra 1,254 milhão de contratações e 1,288 milhão de demissões. A perda de quase 34 mil vagas concentrou-se na construção civil, que fechou 22.113 empregos com carteira assinada (-0,88%) e na agricultura, com menos 15.436 vagas formais (-0,94%). O setor de serviços (menos 3.014, ou -0,02%) e o comércio (888, 0,01%) ficaram praticamente estáveis, enquanto a indústria de transformação teve ligeiro crescimento, com 6.294 empregos a mais (0,08%), com destaque para os setores de alimentos e bebidas, calçados, têxtil/vestuário e químico.
No ano, o comércio fecha 267.267 vagas com carteira (-2,90%) e a construção civil, 164.604 (-6,09%, a maior queda percentual). Também eliminam empregos formais os serviços (-162.922 ou -0,95%) e a indústria (-146.249 ou -1,92%). Têm resultado positivo a agricultura, que abre 82.109 postos de trabalho (5,28%), e a administração pública, com mais 18.631 (2,10%).
Treze unidades da federação registraram abertura de vagas, com destaque para Pernambuco (9.035). Segundo o Ministério do Trabalho, a indústria de produtos alimentícios abriu 7.016 empregos, resultado "decorrente do impacto da alta do cultivo de cana de açúcar", que criou 1.323 postos de trabalho no país. A maior queda foi apurada no Rio de Janeiro: menos 28.321 empregos formais, especialmente no comércio/administração de imóveis e em serviços de alojamento e alimentação, "dados influenciados também pelo fim dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos".
O estado de São Paulo ficou próximo da estabilidade no mês passado, fechando 4.498 vagas formais (-0,04%). Mas o comportamento foi diferenciado: a região metropolitana cortou 5.041 e o interior abriu 543. Em 12 meses, até agosto, todos os setores têm perda de postos de trabalho. A indústria perde 482.535 (-6,06%), os serviços, 446.748 (-2,57%), e a construção civil, 409.243 (-14,08%).
Créditos: Rede Brasil Atual

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