quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Brasil registra a perda de 1 milhão de trabalhadores autônomos em 3 meses

O Brasil perdeu mais de 1 milhão de trabalhadores por conta própria no terceiro trimestre deste ano em relação ao segundo trimestre, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa categoria engloba profissionais autônomos, tanto da economia formal, como dentistas e advogados, quanto da informal, como vendedores ambulantes. O resultado reverte uma tendência de aumento do trabalho por conta própria durante a crise econômica.
Essa é a maior redução do número de trabalhadores por conta própria na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), iniciada em 2012. Estão nessa categoria profissionais que trabalham no próprio negócio, sozinhos ou com sócios, mas sem empregados.

De acordo com a pesquisa, no segundo trimestre deste ano o país tinha 22,9 milhões de pessoas trabalhando por conta própria. No terceiro trimestre, esse número caiu para 21,8 milhões, o que presenta uma diferença de -4,7% em relação ao segundo trimestre. Na comparação com o terceiro trimestre de 2015, a queda foi de 1,7%.
Segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, quem deixou o trabalho por conta própria passou a integrar o grupo de desocupados. Ou seja, muitos deles estão procurando emprego e entram na lista de desempregados, ou simplesmente deixaram de trabalhar e saem da população economicamente ativa.
A Pnad mostrou que o desemprego ficou em 11,8% no trimestre encerrado em setembro, se mantendo como a maior taxa da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Segundo Azeredo, os principais fatores que contribuíram com esse resultado foi a queda no número de trabalhadores com carteira assinada e a queda no número de trabalhadores por conta própria – respectivamente -0,9% e -4,7% na comparação trimestral.
De acordo com a pesquisa, o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, excluídos os trabalhadores domésticos, caiu de 35,4 milhões no semestre encerrado em setembro de 2015 para 34,1 milhões no mesmo período deste ano, o que representa uma queda de 3,7%. Entre o segundo e o terceiro trimestres de 2016, a queda foi de 0,9%.
Segundo Cimar Azeredo, coordenador da pesquisa, vários setores importantes do mercado de trabalho como agricultura, comércio e serviços apresentam tendência de queda no seu contingente. Porém, a indústria é o principal setor responsável pelo resultado negativo.
Créditos: WSCOM

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