segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Da prisão para a prefeitura

O prefeito eleito de Osasco, Rogério Lins (PTN), deixou a Penitenciária de Tremembé, no interior paulista, na sexta-feira (30), menos de 48 horas para a cerimônia de posse, no domingo (1º) às 8h.
Lins estava preso desde domingo (25), quando se entregou no aeroporto de Guarulhos, ao chegar de Miami, onde passava férias. Ele era considerado foragido desde 6 de dezembro, data em que sua prisão foi decretada. Atualmente vereador, Lins foi alvo de mandado de prisão preventiva na Operação Caça Fantasmas, que investiga esquema milionário de funcionários fantasmas na Câmara Municipal de Osasco.
O novo prefeito da cidade corria o risco de perder seu cargo definitivamente para a sua vice-prefeita, Ana Maria Rossi (PR), caso não conseguisse sua liberdade. A soltura só foi possível com a decisão do desembargador Fábio Gouvêa, da Seção de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo. Gouvêa liberou o prefeito mediante o pagamento de fiança de R$ 300 mil e entrega do passaporte para que não saia do país.
O desembargador acatou o pedido da defesa de Lins para que o pagamento fosse protelado até o primeiro dia útil de 2017. O político terá que pagar a fiança até esta segunda-feira (2), caso contrário, corre o risco de ser preso novamente.
Quatro meses antes da eleição municipal deste ano, o Ministério Público já havia expedido mandado de busca e apreensão em dez gabinetes de vereadores da Câmara de Osasco. Um dos investigados no escândalo era Rogério Lins, investigado por improbidade administrativa, acusado de manter funcionários fantasmas dentro de seu gabinete de vereador. Na documentação apreendida, constam listas de presença de funcionários com indícios de serem fantasmas.
Rogério Lins (PTN) foi eleito prefeito de Osasco (SP) para os próximos quatro anos, com 61,21% dos votos, contra 38,79% do atual prefeito Jorge Lapas (PDT). Contou com apoios dos ex-prefeitos da cidade Celso Giglio (PSDB) e Francisco Rossi (PR), além de Paulinho da Força, do Solidariedade, de João Doria (PSDB), prefeito eleito de São Paulo, que gravou um vídeo, e do governador Geraldo Alckmin, que tirou fotografias.
Créditos: Revista Forum

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