sábado, 7 de janeiro de 2017

Feira da Reforma Agrária comercializa mais de 12 toneladas de alimentos

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Mais de 12 toneladas de alimentos e mais de 100 variedades de produtos foram comercializados durante os três dias do 1º Circuito de Feiras e Mostras Culturais da Reforma A Além de artesanato, culinária da terra, cineclube, seminários, teatro e muita música popular, a Feira, que ocorreu entre os dias 09 a 11 de dezembro, contou com a participação de mais de vinte assentamentos e acampamentos da Reforma Agrária do Distrito Federal e Entorno, com um total de 200 feirantes.

Quem compareceu ao evento pode visitar as mais de 50 barracas e comprar licores, mandioca, farinha, abóbora, doces, sucos, arroz, compotas, pimentas, produtos derivados do leite, entre outras delícias. grária do Distrito Federal e Entorno.
Para Marco Antônio Baratto, da direção nacional do MST, o 1º Circuito de Feiras foi uma oportunidade para compartilhar com a comunidade de Planaltina alguns elementos importantes que dialogam com a Reforma Agrária Popular.

“Nesses três dias de atividades podemos observar a junção de alguns elementos centrais para o avanço no diálogo entre campo e cidade, ao estabelecer um elo entre a cultura popular, a viola caipira, a música da periferia, os espaços de formação política, os debates sobre alimentação saudável, agrotóxico e a comunicação popular. Além de integrar esses elementos à comercialização da feira, há uma troca de saberes e experiências do que se produz no campo com as populações da cidade”, destaca Baratto.

O dirigente ressalta ainda que a partir da realização da Feira é possível mostrar à sociedade o que o MST, a Reforma Agrária e os assentados produzem que é possível uma nova forma de organização do trabalho, da produção e da cultura.

“A nossa produção vai de encontro ao que acreditamos e defendemos. Ela se desenvolve a partir de outro modelo, que nega a lógica hegemônica que é imposta para nós, tanto do ponto de vista da alimentação, quanto do controle e padronização da indústria cultural gerada com o capitalismo”, diz.

Já o assentado Jair, 51 anos, do assentamento Dom Tomaz Balduíno, em Formosa-Goiás, vê a Feira como uma oportunidade de comercialização e divulgação da agricultura da Reforma Agrária. “Vendi muitos doces que foram produzidos no assentamento. A comunidade esteve presente e pode conhecer toda nossa variedade de produtos. Que venham outras feiras!”.
O processo de renovação da luta pela Reforma Agrária e o direito à terra é uma constante no MST. Conhecidas como 'sem-terrinha', as crianças do MST desde cedo aprendem a importância da solidariedade e do cooperativismo para seguirem avançando coletivamente.

Na Feira da Reforma Agrária em Planaltina elas deram a graça da sua presença. Meninas e meninos deixaram o seu recado contra o uso indiscriminado de agrotóxicos, sobre a importância da agricultura familiar para a mesa dos brasileiros e brasileiras e mostraram, mais uma vez, que a esperança continua sendo a tônica do movimento.
Créditos: MST

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