sexta-feira, 7 de abril de 2017

Temer promove desmonte do BNDES, aponta economista

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Maria Silvia Bastos Marques, presidenta do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), anunciou recentemente a criação de uma nova taxa de juros para os empréstimos realizados pela instituição, que se aproximam da Taxa Selic, uma das mais altas do mundo.
Para Paulo Kliass, doutor em Economia e especialista em políticas públicas e gestão governamental do governo federal, em entrevista ao Brasil de Fato, afirma que a medida esvazia de sentido a atuação do Banco de Desenvolvimento e aponta a missão dada pela gestão de Michel Temer (PMDB) à direção da instituição: seu desmonte.
Sob a justificativa de reduzir os riscos e incertezas nessas operações, Marques afirmou que a Taxa de Longo Prazo (TLP), substituta da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), mais que uma mudança léxica, se aproximaria dos índices de mercado. Para Kliass, as medidas acabam com a “justificativa da própria existência do BNDES, que era uma taxa de juros privilegiada, a antiga TJLP, que era mais baixa que a taxa Selic. Vai se sair paulatinamente para se criar a TLP, muito mais próxima da Selic”.
Apesar da complicação dos termos, a ideia do que ocorre é simples. O economista pontua que “na prática, isso significa reduzir as possibilidades de financiamento de projetos de investimento que exigem prazos mais longos de maturação”, ou seja: “o BNDES deixa de ter recursos prioritários para promover o desenvolvimento econômico, muito menos para o social”.
Além disso, “a atual gestão resolveu devolver ao Tesouro cem bilhões de reais que haviam sido alocados anteriormente para o financiamento as empresas nas áreas consideradas estratégicas”, critica Kliass.
Créditos: Brasil de Fato

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