sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Alimentos, combustível e energia vão pesar no bolso em 2018

O Temer alardeia como vitória a inflação abaixo dos 3%, causada principalmente pela queda do consumo das famílias, mas a perspectiva para o ano de 2018 é que ela aumente, pressionada principalmente pelo valor dos alimentos, combustíveis e da energia elétrica, o que irá apertar ainda mais o orçamento do brasileiro. Para complementar, o salário mínimo teve o menor reajuste em 24 anos.
As previsões apontam que a safra de grãos em 2018 deve ser quase 10% inferior à colheita recorde do ano anterior. Além da alimentação, que representa 25% dos gastos das famílias, a tarifa de energia elétrica e o preço da gasolina, devem ter alta superior a 10% cada.
De acordo com as previsões de analistas, o IPCA (Índice de Preços aos Consumidor Amplo) deste ano deve acelerar em relação a 2017, chegando a 3,96% contra menos de 3% no ano passado. O índice oficial da inflação de 2017 será divulgado no dia 10 de janeiro.
O combustível deve encerrar 2017 com alta de 10,95% e subir nessa mesma magnitude em 2018, de acordo com o diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), Adriano Pires. Na última semana de 2017 o preço médio da gasolina nos postos era de R$ 4,089, chegando a R$ 5,150, segundo informações da ANP.
Com a falta de chuvas e o nível de reservatórios das hidrelétricas baixo, a conta de luz também deve continuar apertando o orçamento do brasileiro este ano. Até novembro, enquanto a inflação geral oficial do país acumulava alta de 2,8% em 12 meses, a variação da energia elétrica chegava a quase 10%. Pelas projeções de Pires, a energia deve acumular em 2017 alta de 10,41% e manter esse patamar de alta em 2018. Ano passado, o brasileiro teve cobrança extra na conta de luz em nove dos 12 meses: três de nível amarelo, mais brando, e seis de bandeira vermelha, mais cara.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico, o nível dos reservatórios no Sudeste e Centro-Oeste estava em 21,6% no último dia 28 — inferior aos 33,88% em igual dia de 2016. No Nordeste, o mais castigado, a situação é pior: o volume estava em 12,08%.
Créditos: Agencia PT

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