sábado, 26 de abril de 2014

Casos de roubo no estado de SP crescem 31% em março

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, disse que “o aumento de roubos é um fenômeno nacional” relacionado à impunidade gerada pela legislação. Ele defendeu um esforço do país para enfrentar a questão, ao comentar o crescimento, em março passado, de 31,18% nesse tipo de crime – quando há violência ou grave ameaça à vítima – no estado, passando de 20.455 casos no mesmo mês de 2013 para 26.832 registrados agora.
De acordo com o secretário, o combate ao roubo é um problema que depende de atuação em quatro áreas: integração, inteligência, investigação e impunidade. “Nós estamos atuando na inteligência, na integração e na investigação, mas é preciso também que haja um esforço do país no que se refere à questão da impunidade”, afirmou.
Grella coloca em questão a efetividade da legislação penal: “É preciso discutir aspectos da Lei de Execução Penal e do próprio Código Penal. Hoje, há muita gente presa que não deveria estar e muitos que progridem, ganham a liberdade e não deveriam ter esse benefício”, acrescentou o secretário.
Só na capital paulista, o número de casos de roubo teve uma alta de 44,77% em comparação ao ano passado, passando de 9.732 casos para 14.809 em março deste ano. O balanço foi divulgado na tarde de hoje pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
O secretário admitiu que o crescimento dos roubos no estado preocupam. “Nossa principal preocupação é o crime contra o patrimônio. Apesar de termos tido reduções de 33% no caso de roubos a bancos, de 6,5% no caso de furtos e de 1,3% em roubos de cargas, os roubos em geral tiveram aumento”, disse ele.
Também houve aumento de 5,9% no número de latrocínios [roubos seguidos de morte] em todo o estado, que passaram de 34 casos em março de 2013 para 36 este ano. Na capital, no entanto, os latrocínios tiveram queda de 10%, passando de nove para dez casos na mesma comparação.
Segundo Grella, parte do aumento dos casos de roubos se deve ao aumento na criminalidade, mas ele acrescentou que parte desse aumento também se dá porque houve aumento no número de notificações ou denúncias de crimes pela população.
Durante a entrevista, Grella disse que, a partir do próximo mês, a secretaria vai começar a divulgar mais detalhes sobre os roubos e latrocínios no estado. “Não temos medo da transparência. A partir do mês que vem, serão publicados dados mais detalhados sobre roubos e homicídios. Será possível saber, por exemplo, quais são os tipos de roubos mais frequentes e os perfis de homicídios”, falou ele.
Quanto aos homicídios, no entanto, houve queda tanto na capital quanto no estado, onde a redução alcançou 0,75% em março, com 398 casos. Na capital, a redução foi 12%, com 103 casos em março.
“Esses indicadores indicam tendência de queda de homicídios dolosos. Com esses resultados, nossa taxa de homicídios no estado está em 10,32 homicídios por 100 mil habitantes e, na capital, de 10,08 a cada 100 mil habitantes, o que nos posiciona muito próximos da taxa preconizada pela Organização Mundial da Saúde, que é dez mortes por grupo de 100 mil habitantes”, disse o secretário.
Também houve redução nos casos de furtos, que caíram 6,45% no estado, passando de 46.510 em março do ano passado para 43.509 casos este ano. Segundo a secretaria, este foi o menor número de furtos em um mês de março desde 2010, quando ocorreram 42.497 furtos. Já na capital, a queda chegou a 10,3%, com o registro de 15.464 casos em março.
Créditos: Agencia Brasil

Planos de saúde terão que repor médicos

Planos de saúde terão 30 dias para avisar o cliente do descredenciamento do serviço e/ou do médico

Um projeto de lei que obriga os planos de saúde a substituir imediatamente médicos, laboratórios e hospitais que se descredenciarem foi aprovado quarta-feira (23) na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados.
O Projeto de Lei 6.964/10 já foi aprovado no Senado e deve ser encaminhado para sanção da presidente Dilma Rousseff. A sanção só pode ser adiada se houver requerimento para que o projeto seja votado em Plenário. O deputado federal Fábio Trad (PMDB/MS) foi relator do projeto. Pelo projeto, os planos de saúde terão 30 dias para avisar o cliente do descredenciamento do serviço e/ou do médico e, ao fazer o anúncio, já deverão indicar um profissional e estabelecimento de serviço similar. O projeto define, também, que haja um contrato formal entre médicos e operadoras, com uma cláusula de reajuste anual no valor pago por procedimentos até março de cada ano.
Atualmente, os médicos apenas são credenciados aos planos, sem contrato que os obrigue a permanecer prestando serviço à operadora por um período. O contrato, portanto, ainda terá que definir prazos para a prestação de serviços.
Anualmente, os usuários dos planos de saúde pagam correções nos valores às operadoras, que nem sempre reajustam os valores dos serviços prestados pelos médicos ou por outros serviços.
Segundo a Federação Nacional dos Médicos, a criação de um contrato deve por fim aos descredenciamentos súbitos de médicos e instituições, o que dará mais segurança aos médicos que trabalham para a operadora e para seus clientes.
"Com a aprovação do projeto, haverá estabilidade e segurança jurídica, dando garantia aos pacientes e aos médicos de que não terão os seus direitos desrespeitados por falta de regulamentação normativa", afirma Geraldo Ferreira, presidente da entidade. Uol/WSCOM Online
Créditos: WSCOM

sexta-feira, 25 de abril de 2014

90% das mulheres estupradas não denunciam agressor

Medo de morte, vergonha e humilhação são os principais motivos. 
Três dias antes do Natal do ano passado, a agente de atendimento Isabela (nome fictício), de 18 anos, estava voltando para casa após um culto na igreja onde frequenta quando foi abordada por um desconhecido em uma moto. A princípio, ela diz ter pensado se tratar de um assalto e chegou a entregar o telefone celular ao homem com capacete. “Esse foi o único dia que eu estava voltando para casa sozinha. Ele me pegou em uma rua deserta e apontou a arma para mim. Por medo, eu não gritei. Ele pegou o celular e disse que ia me guiar. Me levou a uma rua mais deserta e colocou um capuz em mim para eu não ver o rosto dele”, diz.
O estupro aconteceu na rua mesmo. Com medo do agressor que a ameaçou de morte caso contasse para alguém, Isabela ficou calada e relatou apenas o assalto para a mãe.
jovem faz parte dos 90% das vítimas de violência sexual que não denunciam o agressor e não procuram ajuda médica, segundo o ginecologista Jefferson Drezett, coordenador do projeto “Bem Me Quer” do hospital Pérola Byington, na região central de São Paulo, referência no atendimento de mulheres e crianças vítimas de violência sexual.
“Existe uma informação consolidada de que a maior parte das pessoas que sofrem violência sexual não vai procurar ajuda policial nem médica. A situação brasileira não é diferente da encontrada na América Latina e Caribe. Apenas 10% a 15% denunciam”, diz ele.
Drezett afirma que os principais motivos para que a denúncia não seja consolidada são o medo de morte e da repetição da violência, sensação de vergonha e humilhação e sentimento de culpa.
Para a psicóloga Branca Paperetti, coordenadora da Casa Eliane de Grammont, que também atende vítimas de violência, estupro e abusos também são subnotificados quando o agressor é um conhecido da vítima, principalmente quando ela tem (ou teve) um envolvimento afetivo ou amoroso com ele.
“Quando acontece na rua, muitas vezes ficam as provas da violência. Mas em casa, ela, muitas vezes, acredita que isso [relação sexual não consentida] faz parte das regras do casamento. Para muitas não é considerado estupro. Muitas vezes, elas descobrem que foram abusadas depois que procuram ajuda por causa de agressões físicas e depois relatam violência sexual. Cerca de 90% das mulheres que nos procuram relatam violência física, a princípio. Mas em 80% desses casos, o abuso sexual também aparece depois da primeira queixa”, diz Branca.
“A gente tem mais noticia do abuso sexual por parceiros, conhecidos, ou ex-compenheiros do que por desconhecidos. Eles não aparecem, não são contabilizados. Isso acaba gerando uma naturalização desse tipo de violência", afirma Branca.
Gravidez e doenças
Segundo Drezett, o número de denúncia sobe consideravelmente quando a vítima engravida e chega a 70%. “É claro que a maioria das mulheres não denuncia. Os números mostram que é um iceberg, mas quando existe um problema como a gravidez, elas têm iniciativa de procurar a polícia, um serviço de saúde e acabam compartilhando apenas com familiares e amigos muito próximos. Leia mais no portal WSCOM..
Créditos: WSCOM

Analgésicos podem aumentar risco de arritmia cardíaca

Um novo  estudo descobriu que os analgésicos populares, conhecidos como antiinflamatórios não esteroides, talvez aumentem o risco de contrair fibrilação atrial - o tipo mais comum de arritmia cardíaca.
Pesquisadores holandeses acompanharam durante o período médio de 13 anos 8.423 pessoas com idade média de 69 anos, cujo ritmo cardíaco estava normal no início do estudo. Durante esse período, 857 participantes desenvolveram fibrilação atrial.
Em comparação com as pessoas que nunca tinham tomado antiinflamatórios não esteroides (como ibuprofeno e aspirina) o uso atual ou recente desses medicamentos estava associado a um aumento de 80% no risco de fibrilação atrial. O estudo foi publicado online no periódico BMJ Open.
Os cientistas controlaram variáveis como pressão arterial, nível de colesterol, tabagismo e outros fatores de risco cardiovascular, mas a associação persistiu.
Entretanto, eles não conseguiram comprovar a existência de uma relação causal e as razões da associação continuaram incertas. Uma das teorias afirma que os medicamentos geram aumento da pressão arterial e retenção de líquidos, o que pode afetar a função cardíaca.
Bruno H. Stricker, autor sênior do estudo e professor de farmacoepidemiologia no Centro Médico da Universidade Erasmos, em Roterdam, afirma que os medicamentos também foram associados ao risco de aterosclerose coronariana e ataque cardíaco.
"Eu aconselho com veemência que pessoas idosas sejam cautelosas em relação ao uso desses medicamentos", afirmou. "Eles não têm outra ação a não ser o alívio da dor. A dor incomoda, mas a morte é uma preocupação." UOL/WSCOM
Créditos: WSCOM

Ucrânia acusa Moscou de querer começar "3ª guerra mundial"

O primeiro-ministro ucraniano acusou hoje (25) a Rússia de querer começar “uma terceira guerra mundial” ao apoiar a insurreição separatista no Leste da Ucrânia. Arseni Iatseniouk apelou à comunidade internacional para que se una contra a agressão russa. “As tentativas de agressão do Exército russo na Ucrânia levarão a um conflito sobre o território da Europa. O mundo não se esqueceu da 2ª Guerra Mundial e a Rússia pretende lançar uma terceira guerra”, declarou ele durante um conselho de ministros. O apoio da Rússia aos rebeldes na Ucrânia constitui crime e apelamos à comunidade internacional para se unir contra a agressão russa, acrescentou.
A tensão na Ucrânia tem subido de tom, diante da ameaça também de uma crise energética.
Nessa quinta-feira, representantes da União Europeia, Eslováquia e Ucrânia não chegaram a acordo, em Bratislava, para bombear gás para a Ucrânia a partir do Ocidente, disseram fontes do Ministério da Economia eslovaco.
“Não houve acordo”, disse Stanislav Jurikovic, porta-voz do ministério, a propósito de iniciativa da Eslováquia, dada a complicada situação da Ucrânia resultante da forte subida do preço do gás russo.*Com informações e foto da Agência Lusa
Créditos: Agencia Brasil

Brasil teve 1,7 mil casos de tráfico de pessoas

Em estudo divulgado ontem (24), o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) revela que de 2000 a 2013 foram registrados 1.758 casos relacionados a tráfico de pessoas no Brasil. O caso mais recorrente é o de redução de pessoas a condições análogas às de escravidão, com 1.348 casos.
Outros casos que apareceram nas estatísticas do Ministério Público (MP) foram a entrega de filho menor para pessoa inidônea, com 127 registros; o aliciamento para fins de emigração (100 casos); o tráfico interno de pessoas para fins de exploração sexual (37); e tráfico internacional de pessoas (23 registros).
A Região Sudeste é a recordista de casos, com 754. O Centro-Oeste aparece em seguida, com 358 registros, ligeiramente acima da Região Sul (332 casos). O estudo detectou também um aumento relevante de ocorrências entre 2010 e 2012. Nesse período, os registros relativos ao tráfico de pessoas no Brasil passou de 211 para 416 por ano.
Os dados foram levantados a partir de documentos judiciais e extrajudiciais de 23 unidades do MP. “Com os dados, será possível estudar formas de padronizar e nivelar a atuação do MP no combate ao tráfico de pessoas, a partir de uma agenda comum para o enfrentamento do problema”, disse o conselheiro Jarbas Soares, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Fundamentais do CNMP, ao site da entidade.
O estudo pode ser visto na íntegra, na página do CNMP.Foto: EBC
Créditos: Agencia Brasil

Brasil:136 milhões de computadores em uso

O Brasil tem 136 milhões de computadores em uso, aponta pesquisa da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas, divulgada ontem (24). O levantamento revela que existem dois computadores para cada três habitantes, uma densidade per capita de 67%. Neste ano, a estimativa é que sejam vendidas 24,8 milhões unidades, o que equivale a uma venda por segundo. Nos próximos dois anos, o país deve alcançar a marca de um computador por habitante, com um total de 200 milhões de máquinas. Para a pesquisa, que tem como foco o uso de tecnologia da informação (TI) nas empresas, foram levantadas informações de 2,3 mil empreendimentos de médio e de grande porte. Eles correspondem a 68% das 500 maiores empresas do país. O levantamento é uma mostra da situação no início deste ano. A fundação, no entanto, também reúne indicadores que revelam aspectos do uso doméstico e corporativo.
De acordo com Fernando Meirelles, coordenador do estudo, o destaque dessa edição são os tablets. “Em três, quatro anos, ele já representa 13% do total de computadores em uso”, avaliou. Ele aponta que alguns elementos explicam essa explosão na procura pelo equipamento. Uma delas é o fato de ele ter se tornado um objeto de desejo, especialmente entre os mais jovens. Meirelles citou ainda a chamada MP do Bem, medida provisória que reduziu impostos para empresas de exportadoras e outros setores da economia, e o excesso de oferta.
A estimativa da FGV é que as vendas do mercado de computadores continuem a crescer em 2014, com taxa de 10%. O percentual, no entanto, será menor do que o registrado no ano passado, quando houve crescimento de 19%. “Para uma situação econômica ainda nebulosa, pois não sabemos como 2014 vai caminhar, 10% em cima de um número que cresceu quase 20% é um percentual bastante grande”, avaliou. O destaque deve ficar, novamente, por conta dos tablets. Em maio deste ano, eles devem responder por 40% das vendas, segundo a fundação.
Em relação às empresas, a pesquisa aponta que elas investem 7,5% da receita em TI. Nos últimos 14 anos, esse percentual dobrou. Por usuário, são investidos anualmente, em média, R$ 26,5 mil. No caso dos bancos, esse valor sobe para R$ 57,1 mil. O uso mais comum de softwares nas empresas pesquisadas é com correio eletrônico, navegador de internet e planilha, nesta ordem, correspondendo a 57%.
Os sistemas operacionais da Microsoft continua dominando as estações de trabalho nas empresas, com mais de 90% do uso. O Windows corresponde a 70% dos servidores corporativos e o Linux, sistema operacional de uso livre, está presente em 18%. As impressoras são divididas, em média, por nove máquinas e apenas 24% delas são coloridas.
Créditos: Agencia Brasil