quinta-feira, 2 de abril de 2015

PIB do Nordeste cresce 3,7%

A região Nordeste obteve um expressivo crescimento de 3,7% em 2014 sobre 2013, de acordo com o Índice de Atividade Econômica regional do Banco Central, considerado uma prévia do Produto Interno bruto (PIB).
A agricultura e o varejo impulsionaram os Estados nordestinos, enquanto a indústria foi a grande responsável pela queda de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Enquanto a região obteve um crescimento de 3,7% em 2014 sobre 2013, o Sudeste amargou recessão de 0,8% no mesmo período.
Em contrapartida, estimativas do setor privado apontam que a economia nordestina pode cair 1,7% este ano – o que seria a primeira queda desde 1998.Leia aqui reportagem de Denise Neumann sobre o assunto.
Créditos: Brasil 247

56 cidades do Nordeste estão em colapso por causa da seca

Mesmo com o cenário de chuvas favorável na Região Sudeste no mês de março, os níveis dos reservatórios não voltaram à normalidade e é preciso manter as ações de controle e economia de água, disse o grupo de monitoramento da situação hídrica do governo federal. O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, informou que, no Nordeste, 56 cidades estão em situação de colapso de abastecimento de água, e acredita que o número poderá passar de 100.

Os integrantes do grupo reuniram-se nesta quarta-feira no Palácio do Planalto. Em entrevista coletiva após o encontro, Occhi disse que o governo federal pediu aos estados da Região Nordeste um levantamento sobre o assunto, e o número de cidades nessa situação pode subir para 105. Também participaram da reunião os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu.

Os ministros discutiram a possibilidade de adiantar obras e ampliar ações emergenciais de abastecimento de água em áreas urbanas do Nordeste, com o uso de carros-pipas. “Recebemos pedidos de governadores sobre a possibilidade de ampliação da Operação Carro-Pipa para municípios da região urbana e devemos apoiar, colocando reservatórios urbanos, caixas d'água, cisternas”, disse Occhi.

Segundo o presidente da ANA, no Sudeste, a situação dos reservatórios permanece crítica, apesar da ligeira recuperação. “Mesmo tendo esses sinais de volume mais favorável de água chegando aos reservatórios, os quadros todos continuam críticos, e as medidas adotadas até aqui na redução das vazões dos reservatórios e dos rios devem ser mantidas, acompanhadas [de ações] para oferecer maior segurança hídrica às populações envolvidas.”

Sobre o Sistema Cantareira, que abastece São Paulo, Vicente Andreu disse que houve recuperação com as chuvas de fevereiro e março, mas ressaltou que o sistema ainda usa água abaixo do volume útil. O diretor do Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Carlos Nobre, destacou que as chuvas no Sudeste estão diminuindo e que as precipitações estacionais devem recomeçar em outubro.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, informou que, após o término do período de chuvas, em abril, será discutida a campanha de conscientização do governo sobre a situação hídrica do país. “Vamos com toda serenidade construir a informação objetiva, transparente. O Brasil não precisa ter desperdício de água, precisa poupar água”, afirmou.
Créditos: Agencia Brasil

Bálsamo medieval mata superbactérias



(BBC)-Um tratamento de mil anos de idade, usado na Idade Média para combater infecções nos olhos, pode ser a chave para acabar com as superbactérias resistentes a antibióticos, de acordo com pesquisadores da Universidade de Nottingham, na Grã-Bretanha.

Os cientistas recriaram um remédio anglo-saxão do século 10 que continha cebola, alho, vinho e bile de vaca. O grupo se surpreendeu ao descobrir que este remédio antigo exterminou quase que completamente, em até 90%, o Staphylococcus aureus resistente à meticilina (SARM). O remédio foi descrito em um antigo manuscrito anglo-saxão com instruções sobre tratamentos e bálsamos, o Bald's Leechbook, que está na British Library.

O manuscrito é tido como um dos primeiros exemplos de "livro medicinal", segundo Tom Feilden, editor científico do programa Today, da BBC. A especialista em cultura anglo-saxônica Christina Lee, da Universidade de Nottingham, traduziu a receita de um "bálsamo para os olhos, feito com alho, cebola ou alho-porro, vinho e bile de vaca". 

"Escolhemos esta receita porque contém ingredientes, como o alho, que estão sendo investigados por cientistas do presente por sua potencial eficácia em tratamentos com antibióticos", disse a especialista que teve a ideia de provar a cientificamente o efeito do remédio. "Algumas palavras eram ambíguas e tivemos que pensar muito para saber a qual ingredientes se referiam", disse Freya Harrison, pesquisadora da Escola de Ciências da Vida da mesma universidade.

"Reconstruímos (a receita) da forma mais fiel que pudemos", acrescentou Harrison. A receita descreve uma forma muito específica de obter o bálsamo, que inclui a utilização de uma vasilha de metal para ferver a mistura em água e deixar descansando durante nove dias. Os pesquisadores provavam todos os ingredientes frescos separadamente, assim como o remédio em seu conjunto e também uma solução de controle, sem os componentes vegetais.

O remédio resultante da receita medieval exterminou até 90% de bactérias cultivadas em laboratório, tanto em feridas sintéticas como em feridas reais infectadas em ratos. Harrison afirmou que a equipe esperava que o bálsamos demonstrasse "certa atividade antibiótica".
"Mas ficamos espantados ao ver a eficácia da combinação de ingredientes", afirmou. Os cientistas diluíram a mistura para testar a dosagem ideal contra uma infecção real em uma pessoa. 
Eles concluíram que, quando muito diluído, o remédio não consegue matar oStaphylococcus aureus resistentes à meticilina (SARM), bactéria que gera infecções na pele e no sangue. Mas, mesmo diluído, o remédio consegue interferir na comunicação celular da bactéria.
Créditos: BBC Brasil

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Nova portaria aperfeiçoa divulgação de lista suja do trabalho escravo

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ideli Salvatti, e o ministro do Trabalho, Manoel Dias, assinaram ontem (31) nova portaria interministerial aperfeiçoando a divulgação da lista de empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à escravidão. Uma das mudanças é que a divulgação deixará de ser semestral. 

De acordo com o ministro Manoel Dias, a lista será atualizada constantemente e novos nomes incluídos à medida que os processos forem concluídos. A nova portaria determina também a publicação do nome do empregador após decisão final relativa ao auto de infração lavrado em ação fiscal, assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa em todas as fases do procedimento administrativo. O texto detalhado deve ser publicado no Diário Oficial da União de hoje.

O ministro do Trabalho informou que as regras permanecem as mesmas e que o texto da portaria deixa mais explícito o direito já existente de ampla defesa dos empregadores. O texto revela que a lista será divulgada no site do Ministério do Trabalho. O documento assinado hoje revoga a portaria interministerial MTE/SDH N° 2, de 12 de maio de 2011.

“A regra é mesma. A lei continua a mesma. Ampliamos, porque uma das causas para concessão de liminares [para retirada de nomes da lista] era a alegação da falta do amplo direito de defesa e do contraditório. Ampliamos isso. Ficou bem explícito, de modo que não haja dúvida de que não queremos diminuir o direito de defesa”, explicou Manoel Dias. Para a ministra Ideli Salvatti, a nova portaria deixa claro que existe legislação amparando e sustentando a divulgação da chamada lista suja do trabalho escravo, com a relação de empregadores flagrados submetendo trabalhadores às formas degradantes de trabalho ou condições análogas ao trabalho escravo.
Créditos:Agencia Brasil

Ministério da Justiça pede dados à França para investigar caso Swissleaks

O Ministério da Justiça pediu ao governo da França acesso aos dados de correntistas brasileiros que abriram contas no banco HSBC da Suíça. A informação foi confirmada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que também aguarda os dados para dar prosseguimento às investigações do caso SwissLeaks no Brasil. O governo francês já compartilhou os dados com outros países.

O objetivo da PGR e da Polícia Federal, que também participa da investigação, é verificar se 8.667 brasileiros declararam à Receita Federal e ao Banco Central os valores remetidos às contas numeradas no HSBC da Suíça em 2006 e 2007.

A investigação jornalística sobre o caso, conhecida como SwissLeaks, é comandada pelo ICIJ, sigla em inglês para Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos. As investigações dão conta, até o momento, de que houve sonegação e evasão fiscal por parte do banco e de alguns correntistas.
O caso também é investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do HSBC no Senado. A comissão tem 11 membros e tem 180 dias para concluir os trabalhos.
Créditos: Agencia Brasil

Comer alimentos com agrotóxico diminui quantidade de esperma, diz estudo

 Um estudo da Universidade Harvard, publicado nesta terça-feira (31) no periódico "Human Reproduction", apontou que os homens que comeram mais frutas e legumes com altas taxas de agrotóxicos produziam menos espermatozoides.
No grupo dos que ingeriam mais pesticidas, a contagem de esperma foi de, em média, 86 milhões de espermatozoides por ejaculação ante a média de 171 milhões entre os homens que comiam porções menores de agrotóxicos, uma diferença de 49%.Já a porcentagem de espermatozoides 'bem formados' foi de 7,5% entre os homens que comiam melhor, contra 5,1% entre os que comiam alimentos mais contaminados – uma variação de 32%.

O levantamento, que levou em conta a análise de 338 amostras de sêmen de 155 homens de 18 e 55 anos coletadas em clínicas de fertilização, mostra diminuição na quantidade na comparação com homens que comem menos agrotóxicos, mas não relaciona mudanças na qualidade do sêmen dos estudados. Altera quantidade, não qualidade.

"Estes resultados não devem desencorajar o consumo de frutas e legumes em geral. Na verdade, descobrimos que a ingestão total de frutas e hortaliças foi completamente alheia à qualidade do sêmen. Isto sugere a implementação de estratégias que visem especificamente evitar resíduos de pesticidas", afirmou Jorge Chavarro, professor assistente de nutrição e epidemiologia na Escola de Saúde Pública de Harvard, autor do estudo.
Estudos anteriores já mostraram que a exposição a pesticidas pode ter um efeito sobre a qualidade do sêmen, mas até agora tem havido pouca investigação dos efeitos dos agrotóxicos nos homens.


Os participantes do estudo responderam a questionários no qual afirmavam os tipos de frutas e vegetais que costumavam comer e as quantidades diárias.
Morango e maçã são vilões
Para classificar o risco, os pesquisadores se basearam em dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que classifica as frutas e vegetais com maior e menor concentração de resíduos de agrotóxicos.


Exemplo: ervilhas, toranja, feijões e cebolas têm menor concentração, ao passo que pimentas, espinafre, morango, maçã e pera têm maior. Foi levado em conta também os alimentos que são consumidos sem casca, o que pode eliminar o contato com os resíduos.(UOL )
Créditos: MST

'É um lugar só para brancos", diz pai de garoto vítima de racismo em loja

O depoimento de um pai indignado repercutiu nas redes sociais, alcançando mais de mil compartilhamentos na segunda-feira (30/3). Ele acusou a vendedora de uma loja de São Paulo de ser racista com o filho. O garoto tem oito anos e foi expulso da frente do estabelecimento com o pai no sábado (28/3). "É um lugar só para brancos", desabafou o pai, Jonathan Duran, em entrevista ao Correio.

A família estava passeando pela Rua Oscar Freire, e após comprar um sorvete para o garoto, Duran ligou para a esposa, que estava em outra loja para comprar sapatos. Neste momento, para fugir da rua movimentada de carros, eles ficaram na frente de uma loja de roupas. "A vendedora chegou e falou brava: 'ele não pode vender coisas aqui'", contou Jonathan, que ficou chocado com a situação. Ele limitou-se a informar: "Ele é meu filho", antes de ir embora

"O que aconteceu com o meu filho faz parte de uma cultura maior das lojas da Freire, do mundo da moda, de exclusão", reclama Duran. Por meio de nota, a Animale informou que entrou em contato com o pai, que repudia qualquer ato de discriminação e que está apurando o caso internamente.
Créditos: Correio Braziliense