sábado, 2 de julho de 2016

Como a aspirina líquida pode combater tumores cerebrais

Cientistas britânicos anunciaram na terça-feira um tratamento potencialmente revolucionário no tratamento de tumores cerebrais, que tem como base uma forma líquida de aspirina.Geoff Pilkington e Richard Hill, da Universidade de Portsmouth, no sul do Reino Unido, apresentaram as conclusões de sua pesquisa em uma convenção média para especialistas em turmores cerebrais, em Varsóvia (Polônia).
Eles argumentam que o composto “IP1876B”, cuja fórmula tem ainda dois ingredientes não revelados, mostrou em testes ser 10 vezes mais eficiente no combate aos tumores do que qualquer combinação de drogas já conhecida. Todos os componentes, segundo os cientistas, já são aprovados para uso clínico.
Os testes foram feitos usando células cancerosas de adultos e crianças. Neles, o “IP1876B” matou as células comprometidas sem ter efeito sobre células normais. E um dos grandes trunfos da nova fórmula – que combina os dois ingredientes com aspirina líquida – desenvolvida em parceria com a companhia Innovate Pharmaceuticals, é que ela aumentou de forma significativa a habilidade das drogas de cruzar a barreira hematoencefálica, uma membrana que protege o cérebro, mas que também bloqueia o caminho de muitas drogas anticâncer mais convencionais.
As alternativas atualmente no mercado não são totalmente solúveis e ainda contêm resíduos que podem causar efeitos colaterais gástricos. Pilkington e Hill dizem que os resultados dos testes sugerem que o “IP1876B” poder ser altamente eficaz contra o glioblastoma, uma das formas mais agressivas de tumor cerebral e que normalmente mata pacientes em um ano. Mas o composta ainda precisa de mais testes para determinar se pode ser usado com segurança em humanos.
“Temos uma potencial alteração crucial na pesquisa sobre tumores cerebrais e isso mostra que ciência bem financiada pode conseguir. É a mesma ciência que vai permitir um dia que encontremos a cura para essa doença devastadora”, diz Sue Farrington Smith, diretora da Brain Tumour Research, ONG que arrecada fundos para pesquisas em tumores cerebrais.(BBC).
Créditos: Focando a Notícia

66% da população não confia em Temer, diz Ibope

O presidente interino Michel Temer é aprovado apenas por 13% da população brasileira, que considera seu governo ótimo ou bom, de acordo com pesquisa CNI/Ibope divulgada sexta-feira 1º. A reprovação à gestão do peemedebista atinge 74% dos brasileiros, com 39% de ruim/péssimo e 35% de regular. Além disso, 53% dizem desaprovar o modo de Michel Temer governar.
Ainda de acordo com o levantamento, a população reprova especialmente a atuação do governo em relação aos juros e aos impostos. A desaprovação ao peemedebista é maior no Nordeste, onde 44% avaliaram o governo interino como ruim ou péssimo. No Norte/Centro-Oeste, a desaprovação foi de 35%; no Sudeste, 35%; e no Sul, 39%.
Andreia Verdélio – Com pouco mais de um mês de gestão, o governo do presidente interino Michel Temer foi considerado ruim ou péssimo por 39% da população, em junho, de acordo com a pesquisa CNI/Ibope. O levantamento foi divulgado hoje (1º) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Na última pesquisa CNI/Ibope que avaliou o governo de Dilma, em março deste ano, 69% dos entrevistados consideram o governo da petista ruim ou péssimo. O percentual de pessoas que consideram o governo de Michel Temer ótimo ou bom é 13%, contra 10% de Dilma. Já os que avaliam o governo Temer como regular somam 36%. Em março, 19% disseram que o governo de Dilma era regular.
A popularidade do presidente interino é maior que a da presidenta afastada Dilma Rousseff, mas também é negativa. Entre os entrevistados, 31% aprovam a maneira de Temer governar e 53% desaprovam. No caso de Dilma, 82% desaprovavam a maneira dela governar em março de 2016 e 14% aprovavam.
Sobre a confiança, 27% confiam no presidente Temer e 66% não confiam. O índice de confiança de Dilma era de 18%; 80% não confiavam na presidenta afastada.  Temer assumiu o governo em 12 de maio, quando o Senado aprovou a admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A pesquisa foi feita entre os dias 24 e 27 de julho com 2.002 pessoas, em 141 municípios. A margem de erro é dois pontos percentuais e, segundo a CNI, o grau de confiança da pesquisa é 95%.
Créditos: WSCOM

Cunha recebia 80% da propina paga em esquema na Caixa, diz delator

O ex-dirigente da Caixa Fábio Cleto, um dos delatores da Operação Lava Jato, afirmou em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF) que o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ficava com 80% da propina paga em suposto esquema para a liberação de recursos do Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS), administrado pela Caixa Econômica Federal.

A informação foi citada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) no qual pediu a prisão do doleiro Lúcio Funaro, alvo da Operação Sépsis, uma nova etapa da Operação Lava Jato. Preso na ação, ele é apontado por delatores da Lava Jato e pela Procuradoria-Geral da República como operador de propina no esquema ligado a Cunha.

Por meio de nota divulgada pela assessoria Cunha negou ter combinado ou recebido qualquer vantagem indevida. "Desconheço o conteúdo da delação, porém quero desmentir com veemência os supostos fatos divulgados e desafio a provarem", afirmou o presidente afastado da Câmara.

Na delação, Cleto afirmou que a propina paga representava 1% do valor dos contratos com recursos do Fundo de Investimentos do FGTS. A divisão deste valor era a seguinte, de acordo com o ex-dirigente da Caixa: - 80% eram repassados a Cunha;
- 12% ficavam com Lúcio Funaro;
- 4% ficavam com Fábio Cleto;
- 4% eram repassados ao empresário Alexandre Margotto. 
Segundo o delator, Lúcio Funaro usava as empresas de Margotto para movimentar valores.
Por meio de nota oficial, a Caixa informou que não houve prejuízo ao FI-FGTS e que vai continuar ajudando nas investigações.
Créditos: G1

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Para Dilma, golpistas não querem povo consciente dos direitos

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Em Belém (PA), a presidenta eleita Dilma Rousseff  discursou para uma multidão que lotou a Praça Floriano Peixoto, na noite desta quinta-feira (30). Além de denunciar o golpe em curso no Brasil, a presidenta também ressaltou os ataques dos golpistas à Educação. “Está em risco as nossas conquistas. Um povo educado é um povo que tem consciência dos seus direitos, é um cidadão crítico. 

E isso eles não querem, por isso querem reduzir o dinheiro da educação”, afirmou. Dilma lembrou que os próprios golpistas já admitiram as razões do golpe, e que ela não cometeu crime de responsabilidade. “A senadora que é hoje líder do governo disse que de fato não têm pedaladas fiscais”, destacou.

A presidenta perguntou aos paraenses se eles “aprovaram redução dos gastos em saúde e educação”, e que essa redução duraria 20 anos, como é a proposta do golpista Michel temer. “Alguém aqui aprovou essa redução? Alguém aqui aprovou um governo sem mulheres e sem negros? Eles não passariam esse programa que estão defendendo nas urnas. Por isso o golpe. Sempre no Brasil que a elite ficou descontente com um governo, ela tentou afastá-lo”, completou.

Na visita ao Pará, Dilma também recebeu o título de cidadã paraense e a Ordem do Mérito Cabanagem da Assembleia Legislativa do estado. Dilma afirmou estar muito “comovida, honrada e orgulhosa” com os títulos. “Para mim é uma homenagem muito grande receber aqui o título de cidadã paraense. Recebo esse título com muito carinho. Me sinto honrada como lutadora pela democracia”, destacou.

A presidenta eleita ainda declarou que os presentes àquela praça estão fazendo história e chamou a todos de “queridos”. “Chamo vocês de queridos e queridas porque essa palavra carinhosa é símbolo também de uma forte resistência contra aqueles que quiseram nos colocar de joelhos., mas jamais conseguirão. Nunca conseguiram e não conseguirão”, afirmou.
Créditos: Agencia PT

Lava Jato prende braço direito de Cunha

A Polícia Federal deflagrou uma nova ação da Lava Jato na manhã desta sexta-feira (1º). Um dos alvos é o empresário Lucio Funaro, ligado ao deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB), que foi preso em São Paulo.
A ação é baseada em delações premiadas de Fabio Cleto, ex-Caixa Econômica Federal, e Nelson Mello, ex-executivo do grupo Hypermarcas.
Além disso, há mandados de busca e apreensão nas empresas do grupo JBS Friboi.
Em depoimento, Cleto confirmou a existência de pagamentos de propina ao presidente afastado da Câmara em troca da liberação de verbas do fundo de investimentos do FGTS, por intermédio de Funaro.
Em um inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar Cunha, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma que aliados do presidente da Câmara afastado apresentaram mais de 30 requerimentos de convocação, solicitação de documentos e pedidos de auditorias em diversas comissões da Casa, inclusive na CPI da Petrobras, para pressionar o grupo empresarial Schahin e beneficiar o doleiro Lucio Funaro.
Créditos: WSCOM/247

Diferença política não pode se transformar em violência, diz Lula

Midia contribui para campanha de intolerância ao PT, diz Rui
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou, em nota divulgada nesta quinta-feira (30), o atentado à sede do PT Nacional em São Paulo. O prédio sofreu ataque durante a madrugada desta quinta. O responsável pelo ataque foi solto pela polícia e retornou ao local durante a tarde, com um coquetel molotov. 
Segundo funcionários presentes no local, o homem entrou na sede do partido, atirou a bomba acesa ao chão e saiu correndo em fuga. Felizmente, o artefato não explodiu.“Ultimamente, o Brasil tem assistido a muitas cenas de intolerância e ódio. Senti uma imensa tristeza ao receber a notícia do ataque à sede do Partido dos Trabalhadores em São Paulo. 
Não podemos admitir que as diferenças políticas se transformem em violência”.Na nota, o ex-presidente transmitiu solidariedade ao presidente do PT, Rui Falcão, a todos os funcionários e militantes. “Nenhuma bomba, pé-de-cabra ou agressão vai tirar nossa determinação de lutar por um Brasil mais justo para todos”. Créditos: Agencia PT

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Pesquisa investiga ação de vírus de gado em bebês com microcefalia

O surto de microcefalia registrado no Nordeste pode ter outras causas além da contaminação do feto pelo zika durante a gestação. Pesquisadores brasileiros encontraram em amostras de fetos com microcefalia provocada por zika traços de um outro vírus, o BVDV, um agente que até hoje se imaginava afetar rebanhos animais, como bovinos.
Os indícios, embora ainda tenham de ser comprovados com testes mais específicos, foram considerados relevantes pelos cientistas. Por precaução, eles comunicaram o Ministério da Saúde antes mesmo da publicação do trabalho em revista científica, em reunião de emergência feita na semana passada.
A pesquisa foi feita por integrantes da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e pelo IPESQ, Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto. Diante das suspeitas, uma série de medidas foi adotada. A OMS (Organização Mundial da Saúde) foi comunicada e ontem foi realizada uma reunião com o Ministério da Agricultura para avaliar medidas de proteção do gado, caso a hipótese seja mais tarde confirmada.
Um grupo do Ministério da Saúde foi destacado nesta semana para ajudar a estudar o caso. Equipes foram enviadas a campo, na Paraíba, para tentar buscar ligações entre as mulheres que tiveram seus embriões com suspeita de contaminação por BVDV. Embora intrigados com resultados, pesquisadores que participam do estudo ouvidos pela reportagem mostram-se cuidadosos. Eles dizem ser precipitada qualquer conclusão.
Os trechos do BVDV foram encontrados em três amostras, um número ainda considerado pequeno para fazer alguma afirmação categórica. O grupo agora concentra esforços para fazer o sequenciamento do vírus. Uma tarefa que é cara. Justamente por isso, buscaram auxílio do Ministério da Saúde.
"Essa é uma peça importante dentro desse quebra-cabeças. Nunca foi descartada a possibilidade de que, além do zika, outro vírus estivesse relacionado ao aumento de casos de bebês com problemas neurológicos", disse um integrante da força-tarefa destacada para avaliar o caso, que atua em Pernambuco.
O BVDV é um vírus presente no rebanho de vários países, incluindo o Brasil. Da mesma família do zika (Flaviviridae), ele causa no gado uma série de doenças, como diarreias e problemas respiratórios. O que chama mais a atenção, no entanto, é a grande quantidade de casos de abortos e de más-formações provocadas por esses vírus no gado. Entre os problemas encontrados, está a artrogripose, uma síndrome que provoca má-formação em articulações, já identificada em alguns bebês com microcefalia.
Foi justamente essa semelhança na forma do ataque do vírus na formação do feto de gado e dos bebês com microcefalia associada ao zika que despertou o interesse dos pesquisadores. Assim como acontece com bebês, a literatura mostra que o impacto do BVDV na formação do feto bovino muda de acordo com o período de infecção.
"Abortos e más-formações são mais comuns no primeiro trimestre da gestação dos bovinos", afirmou o professor do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva da Universidade Federal de Santa Maria, Eduardo Flores. Assim como de humanos, o período de gestação no gado é de 9 meses.
O professor afirma que, embora muito presente no rebanho brasileiro, até hoje não houve relato sobre a transmissão do BVDV para seres humanos. Também não há registros sobre contaminação do vírus no meio ambiente. Uma das hipóteses de pesquisadores é de que o fato de o zika e o BVDV serem da mesma família possa aumentar a possibilidade de interação. "Talvez isso ajude a explicar a forma como o zika rompe a barreira placentária e ataca o feto", diz um representante do governo de Pernambuco.
Essa interação poderia também ajudar a explicar um fato que intriga autoridades sanitárias e a comunidade científica em geral: por que algumas regiões do Nordeste brasileiro foram muito mais afetadas pela síndrome provocada nos bebês pelo zika do que outros Estados ou outros países? A resposta ouvida até agora era de que a epidemia de zika em outras regiões do País é muito recente e que, por isso, seria preciso esperar alguns meses até que bebês com a síndrome congênita começassem a nascer.
"O tempo está passando e a epidemia de grandes proporções esperada no Sudeste não está acontecendo", afirmou o representante. O último boletim do Ministério da Saúde sobre a microcefalia mostra que há 1.417 casos confirmados no Nordeste e 106 no Sudeste.
Créditos: R7