terça-feira, 25 de outubro de 2016

Inadimplência das empresas cresce 12% em setembro

 O número de empresas inadimplentes voltou a acelerar em setembro deste ano, após desacelerar por dois meses seguidos. De acordo com o indicador calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a alta foi de 12,20% na comparação com setembro do ano passado.
Apesar do patamar ainda elevado, o crescimento da inadimplência em setembro é o terceiro menos intenso observado nos últimos nove meses da série histórica. Além do aumento no número de empresas inadimplentes, houve também um crescimento na variação da quantidade de dívidas em atraso em nome de pessoas jurídicas: 14,55% a mais em setembro frente a igual mês de 2015. Já na passagem de agosto de 2016 para o último mês de setembro, sem ajuste sazonal, a alta foi de 1,26% na quantidade de empresas inadimplentes e de 1,09% no volume de dívidas.

Os dados levam em consideração todas as regiões brasileiras com exceção do Sudeste, onde vigora no estado de São Paulo a Lei Estadual nº 15.659 que dificulta a negativação de pessoas físicas e jurídicas. Segundo o indicador, a região em que mais aumentou o número de empresas negativadas no último mês foi o Nordeste, com avanço de 14,62% na comparação com igual período de 2015. Em seguida aparece o Norte, que registrou avanço de 12,69% na mesma base de comparação, o Centro-Oeste (11,22) e o Sul (9,78%).

Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a recessão econômica afeta a capacidade das empresas de honrarem seus compromissos, principalmente por conta dos juros elevados, que encarecem o custo do capital. “A atividade econômica ainda enfraquecida prejudica o faturamento das empresas e, consequentemente a sua capacidade de pagamento. Se o cenário de recuperação econômica se confirmar, o que ainda não parece tão claro, podemos esperar uma desaceleração mais intensa no ritmo ainda alto do crescimento da inadimplência”, explica Pinheiro.
O setor que concentra o maior número de empresas negativadas é o de comércio. Mais da metade (50,29%) das empresas inadimplentes são estabelecimentos comerciais. O ramo de serviços aparece  com a segunda maior participação, concentrando 34,53% do total de pessoas jurídicas negativadas. No mês de setembro, o principal crescimento de empresas inadimplentes foi no setor de serviços, com variação de 15,22%. Em seguida, aparecem o comércio (11,67%), a indústria (11,51%) e a agricultura (7,33%). 
De acordo com o indicador do SPC Brasil, o setor credor que apresentou o maior crescimento das dívidas de pessoas jurídicas - ou seja, para quem as empresas estão devendo - são o comércio (17,95%), seguidas das indústrias (17,14%). Completam o ranking de setor credor o segmento de serviços, que engloba bancos e financeiras (13,92%) e de agricultura (0,25%).


O indicador de inadimplência das empresas sumariza todas as informações disponíveis nas bases de dados do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), com exceção da região Sudeste, uma vez que a chamada “Lei do AR” impõe dificuldades para negativação no estado de São Paulo. As informações disponíveis referem-se a capitais e interior das 27 unidades da federação. Foto: Vermelho. 
Créditos: De Fato

Católicos no mundo são quase 1 bilhão e 300 milhões

Por ocasião do Dia Mundial das Missões, celebrado no domingo, 23, a agência Fides apresentou, como faz todos os anos, algumas estatísticas a fim de oferecer uma imagem panorâmica da Igreja no mundo. Os dados são tirados do último "Anuário Estatístico da Igreja" (atualizado em 31 de dezembro de 2014) e referem-se aos membros da Igreja, às suas estruturas pastorais, às atividades no campo da saúde, educação e assistência. Entre parênteses indica a variação, aumento (+) ou diminuição (-) em relação ao ano precedente, de acordo com a comparação feita pela agência Fides.

Em 31 de dezembro de 2014, a população mundial era de 7.160.739.000 pessoas, um aumento de 66.941.000 unidades, em comparação com o ano anterior. O aumento global também se refere este ano a todos os continentes, exceto a Europa: os maiores aumentos, mais uma vez, estão na Ásia (+37.349.000) e África (+23.000.000), seguidos pela América (+8.657.000) e Oceania (649.000). Diminui a Europa (-2.714.000).

Também em 31 de dezembro de 2014 o número de católicos era de 1.272.281.000, com um aumento global de 18.355.000 milhões de pessoas, menor do que o registrado no ano anterior. O aumento diz respeito a todos os continentes, exceto a Europa: África (+8.535.000) e América (+6.642.000), seguido pela Ásia (+3.027.000) e Oceania (+208.000). Diminui a Europa (-57.000). A percentagem de católicos aumentou em 0,09%, fixando-se em 17,77%. Por continente, houve aumentos na África (+0,38), América (+0,12), Ásia (0,05), Europa (+0,14) e Oceania (+0,09).

O número de habitantes por sacerdote aumentou também neste ano, um total de 130 unidades, atingindo a cota de 13.882. A repartição por continente mostra, como nos anos anteriores, o aumento na América (+79), Europa (+41) e Oceania (+289); diminuição na África (-125) e na Ásia (-1.100). O número de católicos por sacerdote no mundo aumentou complexivamente em 41 unidades, para um total de 3.060. Há aumentos na África (+73), América (+59), Europa (+22) e Oceania (+83). Diminuição na Ásia (-27).

As circunscrições eclesiásticas são 9 a mais do que no ano anterior, chegando a 2.998, com novas circunscrições criadas na África (+1), América (+3), Ásia (+3) e na Europa (+2). A Oceania não teve mudanças. 

O número total de bispos no mundo aumentou em 64 unidades, chegando a 5.237. Também este ano aumentaram, seja os bispos diocesanos, seja os religiosos. Os Bispos diocesanos são 3.992 (+47); Bispos religiosos são 1.245 (+17). O aumento dos Bispos diocesanos diz respeito a todos os continentes, exceto Oceania (-1): América (+20), Ásia (+9), África (+1) e Europa (+18). Bispos religiosos aumentam em todos os lugares: África (+5), América (+2), Ásia (+3), Europa (+6), Oceania (+1).

O número total de sacerdotes no mundo aumentou em 444 unidades em relação ao ano anterior, chegando a 415.792. Assinala uma diminuição substancial mais uma vez a Europa (-2.564) e, em menor medida, a América (-123) e Oceania (-86); os aumentos foram registados na África (+1.089) e Ásia (+2.128). Os sacerdotes diocesanos no mundo aumentaram em 765 unidades, chegando a um total de 281.297, com aumentos na África (+1.023), América (+810) e Ásia (+848). A diminuição, também neste ano, verificou-se na Europa (-1.914), e Oceania (-2). Os sacerdotes religiosos diminuíram no total de 321 unidades e são 134.495. Consolidando a tendência dos últimos anos, crescendo na África (+66) e na Ásia (+1.280), enquanto as diminuições afetam a América (-933), Europa (-650) e Oceania (-84).

Os religiosos não sacerdotes diminuíram pelo segundo ano consecutivo, em contraste com os anos precedentes, de 694 unidades, alcançando o número de 54.559. Os aumentos foram registrados na África (+331) e Ásia (+66), enquanto diminuem na América (-362), Europa (-653) e Oceania (-76). Também este ano se confirma a tendência à diminuição global das religiosas, este ano ainda mais do que no ano anterior, de 10.846 unidades. O total hoje é de 682.729. Os aumentos são, mais uma vez, na África (+725) e Ásia (+604), as reduções na América (-4.242), Europa (-7.733) e Oceania (-200).
Créditos: Rádio Vaticano

O Sol vai destruir a Terra mais cedo do que imaginamos, afirma astrofísico

Não há uma maneira certa de saber qual cenário apocalítico será a causa morte da Terra, mas, atualmente, podemos considerar uma série delas. Por exemplo, nosso planeta poderia colidir com outro, ser engolido por um buraco negro ou ser alvejado até a morte por asteroides. No entanto, uma coisa é certa: mesmo que a Terra passe o resto de suas eras escapando de ataques alienígenas, se esquivando de rochas espaciais gigantes e evitando um apocalipse nuclear, chegará um dia que o nosso próprio Sol irá destruí-la.

Em um vídeo, a equipe da Business Insider recentemente ilustrou o que poderá ocorrer durante esse processo. E como Jiilian Scudder, um astrofísico da Universidade de Sussex, no Reino Unido, explicou, esse dia pode acontecer mais cedo do que esperamos.

De acordo com informações da Science Alert, o Sol sobrevive pela queima de átomos de hidrogênio em átomos de hélio que ocorre em seu núcleo. Na verdade, ele queima cerca de 600 milhões de toneladas de hidrogênio a cada segundo. E, conforme se torna saturado deste hélio, encolhe, causando reações de fusão nuclear para aceleração – o que significa que o Sol acaba liberando muito mais energia.

Logo, para cada bilhão de anos que o Sol gasta queimando hidrogênio, ele fica cerca de 10% mais brilhante. Enquanto este valor pode parecer pequeno, a diferença pode ser catastrófica para o nosso planeta.

Segundo Scudder, as previsões para o que exatamente vai acontecer com Terra ao longo dos próximos bilhões de anos são bastante incertas. “Mas, a essência geral é que o aumento do calor do Sol fará com que mais água evapore da superfície e fique presa na atmosfera. Em seguida, ela causará efeito estufa, retendo mais calor de entrada, o que acelera a evaporação”. Assim, toda a água do nosso planeta secará. 

O aumento de 10% no brilho a cada bilhão de anos, significa que, daqui a 3,5 bilhões de anos, o Sol estará quase 40% mais brilhante. Logo, os oceanos da Terra ferverão em razão das altas temperaturas, as calotas de gelo não irão mais existir e toda a umidade da atmosfera secará. A Terra, uma vez cheia de vida e água, irá se tornar insuportavelmente quente, seca e estéril – semelhante a Vênus.

Todas as coisas boas chegam ao fim. Cada livro tem um capítulo final, cada série um último episódio, cada pacote um último biscoito e cada pessoa um último suspiro. Dessa forma, um dia, daqui cerca de 4 ou 5 bilhões de anos, o Sol queimará seu último “suspiro” de hidrogênio e iniciará um processo de queima de hélio no lugar.

Uma vez que o hidrogênio para de queimar no núcleo do Sol, a estrela formalmente abandonará sua característica principal e poderá ser considerada uma gigante vermelha”, disse Scudder. “Então, ela gastará cerca de um bilhão de anos para se expandir e queimar hélio em seu núcleo, ainda com um escudo em sua volta que permitirá que o hidrogênio continue sendo capaz de se fundir com o hélio”.

Conforme isso ocorre, sua massa irá diminuir, consequentemente afrouxando sua influência gravitacional sobre todos os planetas do Sistema Solar. Assim, todos aqueles que orbitam o Sol irão se deslocar.

Quando se tornar uma gigante vermelha, seu núcleo ficará extremamente quente e denso, enquanto a camada exterior se expandirá. Logo, sua atmosfera acabará esticando a órbita atual de Marte e engolirá Mercúrio e Vênus. A Terra por sua vez terá duas opções: fugir dessa expansão ou ser consumida por ela. Mas, por mais que nosso planeta consiga deslizar para fora do alcance do Sol, as temperaturas intensas acabarão o matando.

Uma vez que o Sol esvaziar todas as suas reservas de combustível, ele se tornará instável e começará a pulsar. A cada pulso, irá se livrar das camadas de sua atmosfera exterior e por fim, tudo o que restará será uma estrela fria, de núcleo pesado e rodeado por uma nebulosa planetária. Logo, esse corpo, conhecido como o de uma anã branca, irá esfriar até deixar de existir.  (Science Alert / Business Insider ) Foto: Reprodução / Kevin Gill via Science Alert.
Créditos: Jornal Ciência

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Bolsa Família completa 13 anos com prestígio internacional

Há 13 anos, em outubro de 2003, nascia o programa social Bolsa Família, fundamental para tirar 14 milhões de famílias ou 42 milhões de brasileiros da extrema pobreza. O programa, criado no primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, conseguiu tornar realidade um velho sonho do ex-presidente: que todo brasileiro tivesse o que comer no café da manhã, almoço e no jantar.

Além disso, em pouco mais de uma década, o maior programa de inclusão social que o Brasil já conheceu garantiu a frequência escolar de milhões de crianças e jovens (que correspondem a 55% dos beneficiários); deu poder às mulheres chefes de família, e garantiu cidadania e proteção social à população mais vulnerável de nossa sociedade, entre outras conquistas.

Um dos diferenciais em relação a outros modelos de transferência de renda é que com o Bolsa Família os beneficiários têm autonomia e são sujeitos de seus direitos. Representou um corte em relação aos velhos modelos assistencialistas que sobreviviam por alimentar a pobreza sem combatê-la.
E os reflexos positivos desse modelo para a economia foram comprovados, tanto por reconhecimento internacional – o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU em 2014 e foi objeto de estudo e exemplo em diversos países – como por indicadores econômicos, que mostram que cada Real investido se transforma em R$ 1,78 no PIB. 

Em 2014, o Brasil conseguiu sair o chamado “Mapa da Fome” mundial, produzido pela organização das Nações Unidas Food and Agriculture Organization (FAO). O Brasil é um dos 72 países que conseguiram reduzir pela metade a subalimentação até 2015, o mais importante de todos os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio traçados pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2000.

De acordo com o documento global “Estado da Insegurança Alimentar 2015”, a redução mais significativa neste quesito foi alcançada em 2012, quando o País conseguiu cortar pela metade o número de pessoas passando fome e reduzir esse número para menos de 5% da população.

Durante os governos Lula e Dilma, as mulheres se tornaram as beneficiárias diretas dos programas sociais. O decreto que regulamenta a lei de criação do Bolsa Família estipula que “o titular do benefício do Programa Bolsa Família será preferencialmente a mulher”, reconhecendo e reforçando a importância do papel das mulheres no interior da família. Ao optar pela mulher como responsável por receber o benefício, o Bolsa Família se transformou num importante instrumento de autonomia e “empoderamento” das mulheres

Desde a criação do programa, houve redução da mortalidade infantil pela metade, caindo de 2,6% em 2002 para 1,3% em 2015, segundo o IBGE. Em 2013, a Unicef creditou o avanço ao programa Bolsa Família. O investimento dos governos petistas em políticas de combate à pobreza também resultou em uma queda significativa nos índices de trabalho infantil. Entre 2001 e 2013, o índice de crianças e adolescentes envolvidos em algum tipo de atividade laboral caiu 58,1%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE.

Para que a família tenha direito ao benefício, os filhos entre 6 e 15 anos precisam estar matriculados e frequentar, no mínimo, 85% das aulas. Já os estudantes entre 16 e 17 anos devem ter frequência de, no mínimo, 75%. O programa teve impacto altamente positivo no aumento do índice de aprovação e na redução da taxa de evasão escolar.  “Em 2002, 32% dos alunos terminavam o ensino fundamental na idade certa Em 2012, foi para 58%. É um salto de 80% em 10 anos”, explicou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome do governo Dilma, Tereza Campello.

Para receber o benefício, crianças com até 7 anos devem manter as vacinações atualizadas e terem seu crescimento acompanhado, gestantes e nutrizes devem realizar consultas pré e pós-natal, o que causou um salto na qualidade de vida esaúde da população atendida. 

O Bolsa Família recebeu elogios da comunidade internacional e foi replicado em dezenas de países. A ONU, o Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional elogiaram o programa iniciado pelo ex-presidente Lula e continuado e aprimorado pela presidenta Dilma Rousseff.

Segundo a diretora da Área Programática da Unesco no Brasil, Marlova Noleto, o Brasil serve de exemplo para o mundo, já que permite que a população vulnerável tenha poder de decisão sobre a aplicação dos benefícios, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Entre 2011 e 2015, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) recebeu 406 delegações de 97 países interessados em reduzir as desigualdades.

Em 2014, o programa recebeu o prêmio que é considerado o Nobel da área de Seguridade Social, o Award for Outstanding Achievement in Social Security, concedido a cada três anos pela Associação Internacional de Seguridade Social (ISSA), com sede na Suíça. Em 2015, mais uma boa notícia vinda da FAO: o Brasil reduziu em 82,1%, entre 2002 e 2014, o número de pessoas subalimentadas, promovendo a maior queda registrada entre as seis nações mais populosas do mundo e superando a média da América Latina (43,1%).

Neste ano, o Bolsa Família conquistou um importante reconhecimento internacional na edição de Janeiro e Fevereiro daForeing Affairs, mais respeitada publicação sobre relações internacionais. No artigo “A Importante Descoberta Brasileira Antipobreza – O Sucesso Surpreendente do Bolsa Família”, a revista norte-americana define o programa como “um esforço de combate à pobreza revolucionário em seu tamanho, ambição e desenho” e reconhece a iniciativa como exemplo a ser seguido por outros países.
Créditos: Agencia PT

Jornada contra a PEC 241 mobiliza todo o país nesta segunda

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A Frente Brasil Popular e a Frente Povo sem Medo realizam hoje (24) em todo o país uma jornada de mobilização contra a Proposta de Emenda à Constituição (241), que deve entrar em votação em segundo turno na Câmara dos Deputados nesta terça-feira, segundo agenda publicada pela Casa.
Segundo as frentes, esta proposta do governo Michel Temer busca "concretizar o maior de seus ataques, até agora, aos direitos do povo brasileiro". A PEC 241 prevê o congelamento dos investimentos públicos por 20 anos, garantindo apenas a correção inflacionária e vai afetar em cheio áreas essenciais como saúde e educação.
"Por isso precisamos ir às ruas! As frentes devem buscar a construção de iniciativas conjuntas de informação, denúncia e demonstração da insatisfação com essas medidas", dizem em nota, lembrando que a votação pode ocorrer a qualquer momento nesta semana. "Por isso orientamos a realização de panfletagens, aulas públicas e escrachos denunciando essa proposta e o posicionamento dos parlamentares contra o povo em suas bases eleitorais."
Em São Paulo, será realizado ato a partir das 18h na Avenida Paulista com apoio também de entidades representativas dos estudantes, mobilizados em todo o país contra a PEC, a reforma do ensino médio, prevista pela Medida Provisória 746, e o projeto Escola sem Partido. Desde o anúncio da MP, no dia 22 de setembro, mais de mil escolas já foram ocupadas em todo o país.
Ìntegra da convocação:
"As frentes, organizações e coletivos subscrevem este chamado convocam os lutadores e lutadoras sociais do Brasil para uma jornada de mobilizações contra a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional - PEC 241 na Câmara dos Deputados, cuja votação em segundo turno, está prevista para os próximos dias.
Esta proposta do governo ilegítimo de Michel Temer busca concretizar o maior de seus ataques, até agora, aos direitos do povo Brasileiro. A PEC 241 quer alterar a Constituição Federal, congelando por 20 anos os gastos do governo federal, incluindo aí o conjunto das políticas públicas. Ou seja, os recursos que hoje já são insuficientes para garantir educação pública, gratuita e de qualidade ou a prestação dos serviços dignos de saúde para a maioria da população brasileira, por exemplo, ficarão estagnados, enquanto a população cresce e as necessidades só aumentam. Por outro lado os recursos para pagamento dos juros criminosos aos banqueiros e especuladores, que já consomem mais de 40% do orçamento da União, permanecerão intocados
Esse tipo de iniciativa só comprova a ilegitimidade de um governo sem voto, que implementa um programa de atraso sem nenhum respaldo popular. A PEC 241 e a Reforma da Previdência são rejeitadas por 80% da população, segundo pesquisa Vox Populi/CUT divulgada nessa semana. Para impor sua vontade contra a do povo, Temer utiliza de todos os artifícios, apoiado pela mídia, para manter uma maioria parlamentar conservadora e fisiológica, insensível às necessidades da população.
Por isso precisamos ir às ruas! As Frentes devem buscar a construção de iniciativas conjuntas de informação, denúncia e demonstração da insatisfação com essas medidas. Nesse sentido saudamos o protagonismo dos estudantes secundaristas e universitários que ocupam centenas de escolas, universidades e institutos federais pelo Brasil em defesa da educação pública gratuita e de qualidade, contra a PEC 241, a autoritária reforma do ensino médio, e a medieval lei da mordaça.
A votação pode acontecer a qualquer momento da próxima semana, por isso orientamos a realização de panfletagens, aulas públicas e escrachos denunciando essa proposta e o posicionamento dos parlamentares contra o povo em suas bases eleitorais. Também indicamos a construção de atos unificados nos estados, prioritariamente, no dia 25/10. Em Brasília buscaremos organizar a resistência e a pressão sobre os parlamentares a partir da mobilização unificada no congresso nacional para a qual convidamos todos a se somar.* Fora Temer! Diretas Já! Nenhum direito a Menos! Contra a PEC 241 e a Reforma da Previdência!. Foto: Frente Brasil Popular.
Frente Brasil Popular
Frente Povo Sem Medo"
Créditos: Rede Brasil Atual

Depressão infantil: como identificar os sintomas

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A depressão está presente em 1% a 2% das crianças em idade pré-escolar e entre 3% a 8% dos adolescentes. Até o final da adolescência, uma em cada cinco crianças terão apresentado um episódio depressivo mais ou menos grave. 
Estudos epidemiológicos sugerem que a depressão seja mais comum em países mais pobres. 
Os sintomas de depressão em crianças são os mesmos encontrados nos adultos. 

Logicamente, os que dependem de uma descrição da própria pessoa vão ser menos detectados em crianças mais novas. Os pais podem atentar para:

irritabilidade, humor depressivo, perda do interesse na maioria das atividades ou incapacidade de sentir prazer nelas
dificuldade de raciocínio ou de concentração
falta ou excesso de apetite
diminuição ou aumento das necessidades de sono
ideias de culpa (a criança se sente culpada de algo que não fez ou, se fez, a culpa é exagerada) ou de menosvalia (excessiva desvalorização de si mesmo)
diminuição da atividade psicomotora (ou seja, das ações motoras dependentes de estimulação mental)
sensação de falta de energia
ideias de morte ou suicídio ou tentativas de suicídio.
Diagnóstico:
Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana (APA), para se fazer o diagnóstico, requer-se a primeira condição acima (irritabilidade, humor depressivo, perda do interesse na maioria das atividades ou incapacidade de sentir prazer nelas) associada a pelo menos quatro dos sintomas seguintes. Foto: Tistory.
Créditos: Minha Vida

domingo, 23 de outubro de 2016

Seca avança no Nordeste

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Os cenários de seca extrema e seca excepcional cresceram no Nordeste, abrangendo partes de todos os 9 estados. É o que mostra o mapa de setembro do Monitor de Secas do Nordeste do Brasil. O Ceará é um dos que apresentam maior avanço da estiagem. Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), 75% do território do estado apresenta seca extrema ou seca excepcional.

Em relação ao mesmo período do ano passado, o quadro se agravou de forma significativa na região. Em setembro de 2015, o Maranhão, por exemplo, possuía áreas de seca grave, moderada e fraca. O mapa de setembro deste ano mostra grande parte do território do estado com seca extrema.
“O avanço da intensidade de seca mais severa tem atingido até regiões litorâneas que, geralmente, são mais beneficiadas com chuvas. Por exemplo, o litoral do leste do Nordeste, desde o Rio Grande do Norte até parte da Bahia”, cita o meteorologista da Funceme, Raul Fritz.

No Ceará, o mapa do Monitor mostra a expansão da seca extrema em direção ao norte e o aumento da área com seca excepcional no Centro Sul. Os contornos de seca extrema em municípios da Região Metropolitana de Fortaleza também ficam evidentes em setembro. Até agosto, a área apresentava seca grave.
“Essa situação já era esperada porque, de agosto para setembro, a ocorrência de chuvas é insignificante e o segundo semestre é considerado seco. Geralmente, tem um chuvisco ao longo do litoral. Sem chuva, a condição de seca tende a se agravar. As condições já vinham secas e pioraram ainda mais”, explica Fritz.

Ele acrescenta que a tendência é de o quadro se agravar até dezembro tanto devido à ausência de chuva como pela elevada radiação solar, que provoca a evaporação da água dos reservatórios do estado. Os 153 açudes monitorados pelo Governo do Ceará possuem, juntos, apenas 8% de sua capacidade.
Em Quixadá, no Sertão Central (a 215 quilômetros de Fortaleza), não se vê chuva desde o fim da quadra invernosa deste ano (período entre fevereiro e maio que concentra a maior parte da chuva no estado). O relato é do presidente da Associação dos Agricultores do Distrito de Riacho Verde, Francisco Rodrigues. O centenário açude Cedro, símbolo das primeiras intervenções para enfrentar os efeitos da seca, já não contribui mais nem com água nem com forragem para alimentar os animais.

“A maioria dos produtores teve que se desfazer do rebanho para não ver os animais morrerem e alguns que ainda têm gado sobrevivem a duras penas. Na agricultura, não teve produção porque o inverno foi muito fraco. A situação está difícil.”
O Ceará enfrenta cinco secas seguidas desde 2011 e a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) ainda não se pronunciou sobre a estação chuvosa de 2017. De acordo com o meteorologista da fundação, ainda não há definições sobre as condições dos oceanos Atlântico e Pacífico, que influenciam as chuvas no estado.

Pelo quadro atual, conforme Rodrigues, existe uma baixa probabilidade de que ocorra um El Niño (aquecimento anormal das águas do Pacífico Equatorial, que atrapalha o regime de chuva). Por outro lado, é possível que haja La Niña (resfriamento da mesma área do oceano, que têm efeito inverso do El Niño), mas o fenômeno pode não ser intenso nem se prolongar por toda a quadra invernosa no Ceará.
“As pessoas, vendo esse resfriamento do Oceano Pacífico, ficaram animadas, mas a gente tem que ter cautela. Vamos ver se vai se configurar como fenômeno típico, se vai ter uma intensidade que permita ter uma repercussão positiva.” Foto: SO.
Créditos: Agencia Brasil