sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

6 atitudes para tomar quando ficar desempregado

Poucos acontecimentos têm o poder de virar a vida de alguém de cabeça para baixo como ficar desempregada. A incerteza quanto ao futuro profissional e financeiro leva muitas pessoas a viverem uma fase de ansiedade intensa. Com organização e planejamento, entretanto, é possível diminuir os impactos negativos desse período, reduzir o seu tempo de recolocação e até mesmo aproveitar o período para dar novos rumos à carreira.
Se você está nessa situação, confira algumas dicas para ajudá-lo a passar por esse momento difícil e encontrar novamente o seu espaço no mercado de trabalho.
1) Mantenha a calma
Para Vagner Sandoval, professor da IBE-FGV e especialista em liderança e coach executivo, apesar do momento sensível, é fundamental tentar manter a calma para ir ao encontro de novas oportunidades. “Tem gente que fica extremamente nervosa com a situação e isso atrapalha a pessoa inclusive nas entrevistas”, explica. Não se desesperar irá ajudá-la a fazer o seu planejamento com mais clareza e evitar decisões precipitadas, tanto financeiras, quanto pessoais.
2) Use bem o dinheiro da rescisão
Se você tem dívidas a pagar, o dinheiro da rescisão deve ser utilizado prioritariamente para quitá-las. Com os juros em um patamar muito elevado, ninguém deve acumular dívidas que não pode pagar. Se estiver pensando em usar o valor para abrir um negócio próprio, tenha cuidado. Começar uma empresa é arriscado e para tentar garantir o seu sucesso é preciso muita pesquisa e planejamento. Por isso, seja cautelosa: nada de decisões impulsivas.
3) Reveja os gastos
Após perder o emprego, é imprescindível fazer uma revisão planejada dos gastos. Sente-se com a família e conversem sobre onde é possível fazer cortes. Vocês podem procurar reduzir as contas básicas, como energia elétrica e telefone. Os programas de lazer também podem ser revistos e a família pode optar por opções mais baratas, como restaurantes mais simples e programas ao ar livre. Da mesma forma, cursos e outros planos podem ser adiados. É importante que todos sejam claros e trabalhem juntos para passar por essa situação.
4) Procure novas fontes de renda
Enquanto busca sua recolocação no mercado, você pode procurar outras fontes de renda, que podem ser temporárias. Você pode buscar freelas, conversar com amigos que estejam precisando de ajuda nas suas atividades, oferecer algum serviço ou produto que saiba produzir você mesma ou adentrar em um novo ramo de atividade.
Se está difícil encontrar um novo emprego, algumas plataformas podem ajudá-la a conseguir dinheiro. Algumas alternativas são alugar parte do seu imóvel em plataformas como o Airbnb, transportar pessoas em seu carro por meio de aplicativos como o Uber ou Cabify, alugar seu automóvel pelo Fleety ou Pegcar ou cuidar de um cachorro por meio do Dog Hero.
5) Tenha foco na busca por emprego
Depois de organizar a sua vida financeira, é hora de focar na busca de emprego. Inscreva-se em sites específicos e fique atenta a meios de comunicação e redes sociais. Sandoval explica que esse é um período para entender o que você deseja e também o que o mercado espera da sua área de trabalho. Para descobrir quais são os requisitos mais atuais, pode ser interessante fazer uma pesquisa das exigências de diversas vagas e também conversar com outros profissionais.
O professor explica que “atirar para todos os lados” não trará bons resultados: é preciso entender onde gostaria e está apta a atuar. “Nesse ponto, a qualidade fala mais alto do que a quantidade. É preciso acertar o alvo”, defende Sandoval. Pensando nisso, o seu currículo também deve ser atualizado tendo em vista os requisitos de cada cargo pretendido. “A falta de foco pode dar uma conotação errada ao recrutador de que você não sabe o que quer.”
6) Ative sua rede de contatos
Esse também é o momento de reativar a sua rede de contatos, tanto amigos e familiares, quanto antigos colegas, conhecidos e parceiros de trabalho. É importante mostrar que você está disponível para ocupar vagas, atualizada com o mercado e com vontade de trabalhar.
Créditos: Paraíba Total

Superávit comercial supera US$ 40 bi no ano

A balança comercial teve mais um superávit em novembro, desta vez de US$ 4,758 bilhões, melhor resultado para o mês na série histórica, iniciada em 1989. No ano, o saldo acumulado de US$ 43,282 bilhões também é recorde. Os dados foram divulgados na tarde de hoje (1º) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
No mês passado, as exportações somaram US$ 16,220 bilhões e as importações atingiram US$ 11,463 bilhões. De janeiro a novembro, as vendas brasileiras ao exterior atingem US$ 169,307 bilhões e as importações, US$ 126,025 bilhões. Com base na média diária, o superávit de 2016 é 220,5% maior que o de igual período de 2015. As exportações têm retração de 3,3%, enquanto as importações caem 22%.
Em 12 meses, o país acumula saldo de US$ 49,522 bilhões, crescimento de 258,9% sobre igual período do ano passado.
Entre as exportações brasileiras, de janeiro a novembro caíram as vendas de produtos básicos (-9,6%) e cresceram as de semimanufaturados (5%) e de manufaturados (2,1%). Dos básicos, houve redução da receita de café em grão (-15,9%), petróleo em bruto (-14,3%), farelo de soja (-11,7%), milho em grão (-11,1%) e minério de ferro (-10,4%), entre outros itens, enquanto cresceram as vendas de carne suína (13,7%) e algodão em bruto (3,2%).
Nos semimanufaturados, os destaques foram as altas de açúcar em bruto (40,4%), ouro em forma semimanufaturada (28,4%) e madeira serrada (15,8%). E nos manufaturados, plataforma para extração de petróleo (222,7%), automóveis de passageiros (38,2%), veículos de carga (25,1%), açúcar refinado (22,7%), tubos flexíveis de ferro/aço (20,9%), aviões (14,7%), suco de laranja não congelado (6,5%), máquinas para terraplanagem (4,6%), pneumáticos (2,3%) e polímeros plásticos (1,7%).

Blocos

Também de janeiro a novembro, caíram as vendas para América Central e Caribe (-18,7%), Mercosul (-9,4%, com crescimento de 1,8% no caso da Argentina), África (-8,4%), Estados Unidos (-5,1%), Ásia (-1,8%, sendo -2% para a China) e União Europeia (-1,8%). Houve crescimento para Oceania (11,7%) e Oriente Médio (2,8%).
Os principais países de destinos das exportações foram China (US$ 34,8 bilhões), Estados Unidos (US$ 20,9 bilhões), Argentina (US$ 12,2 bilhões), Países Baixos (US$ 9,6 bilhões) e Alemanha (US$ 4,4 bilhões).
Em relação às importações, caíram as compras originárias de América Central e Caribe (-51,6%), África (-47,5%), Oriente Médio (-33,1%), Oceania (-26,2%),  Ásia (-25,7%, sendo -27,4% da China), União Europeia (-16,1%), Mercosul (-14,3%, sendo -15,9% da Argentina) e Estados Unidos (-12,6%). Os principais países de origem das importações foram China (US$ 21,70 bilhões), Estados Unidos (US$ 21,68 bilhões), Alemanha (US$ 8,5 bilhões), Argentina (US$ 8,2 bilhões) e Coreia do Sul (US$ 5,1 bilhões).
Créditos: Rede Brasil Atual

Zika vírus pode ser transmitido sexualmente

O Zika vírus, conhecido em todo o País por sua relação com a microcefalia, também pode ser transmitido sexualmente. O alerta é feito pelo Ministério da Saúde, que está lançando a edição de 2016 da campanha nacional contra os mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, que também são vetores do vírus.
Pesquisas científicas confirmam a existência da possibilidade de transmissão sexual do Zika. Por esse motivo, é imprescindível que a população utilize preservativos – masculinos ou femininos – em todas as relações. Além da prevenção contra o vírus, a camisinha também impede a contaminação por HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis. A rede pública de saúde de todo o Brasil distribui preservativos gratuitamente.
O ministério recomenda ainda que, além do uso dos preservativos, as mulheres grávidas façam os exames pré-natal corretamente durante toda a gestação. O acompanhamento médico ao longo dos nove meses é importante para evitar a chamada transmissão vertical do vírus, que é a transmissão da mãe para o feto.
A prevenção é a melhor maneira de se evitar a zika, que tem como principal consequência a microcefalia em bebês tidos por mulheres que contraíram a doença durante a gravidez. A microcefalia é uma malformação congênita na qual o cérebro do portador é inferior ao considerado normal para uma pessoa da mesma idade e provoca dificuldades motoras e intelectuais, prejudicando a qualidade de vida.
Para que o trabalho de prevenção seja feito da melhor maneira possível, as famílias devem liberar a entrada dos agentes de saúde em suas casas para verificar a existência de focos de água parada, que são criadouros do Aedes. Os profissionais, devidamente identificados com credenciais do Ministério da Saúde, farão a varredura completa no local para identificar situações de risco e eliminar o mosquito.
O alto número de infecções pelo vírus tem preocupado as autoridades de saúde do Brasil e do mundo. Segundo a pasta, no início do ano estavam em investigação em todo o País 3.530 casos de microcefalia em bebês, todos possivelmente relacionados à zika. Os registros foram feitos em 724 municípios de 21 Estados. Apesar do alto número, a resposta do Ministério da Saúde diante da proliferação da doença fez o Brasil ser referência no que diz respeito às respostas para o problema e às medidas que servirão de base para a comunidade científica internacional.
O Governo Federal está lançando campanha para combater os mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. O objetivo da ação é alertar a população para a importância da prevenção por meio da eliminação dos focos de reprodução do inseto. Além da zika, os mosquitos também transmitem a dengue e a chikungunya, sendo que as duas podem levar o paciente à morte. Fonte: IG.
Créditos: Focando a Notícia

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Queda do PIB confirma recessão

 O Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre confirmou a queda da economia: – 0,8 em relação ao último trimestre e – 2,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Os números mostram o que economistas contrários ao corte desmedido de gastos já falam há algum tempo: a economia brasileira está com todos os seus motores desligados. E a aprovação da PEC 55 vai piorar esse cenário. As famílias estão endividadas, e o desemprego aumenta.

Isso explica a queda no consumo das famílias (-0,6%) divulgada nesta quarta-feira (30). As empresas estão com máquinas paradas – ou seja, não há previsão de ampliação da produção, resultando em uma queda de 3,1% no investimento e de 1,3% na indústria. Outro possível motor seria o setor externo, com aumento das importações, mas a crise mundial se aprofunda, e cresce o protecionismo – com o adicional de instabilidade das eleições americanas.

“Se não é o resto do mundo e nem setor privado, é o Estado que deve recuperar a capacidade de investimento. Que tem um efeito multiplicador sobre emprego e renda”, afirmou a economista Laura Carvalho, em debate no Centro de Estudos Barão de Itararé. “O gasto de um é a receita do outro. Se todo mundo corta gasto, a economia encolhe”, disse Luiz Gonzaga Belluzzo, que participou do debate.

A PEC 55 vai justamente implementar um teto de gastos de acordo com a inflação do ano anterior. Investimentos públicos serão os mais impactados com a medida. “Estamos assistindo a radicalização do projeto neoliberal do Brasil. Um projeto desse tipo não passa por crivo popular”, comentou o professor Eduardo Fagnani, também presente no evento. “É uma ideia de levar ao extremo a reforma liberal do Estado, não só na econômica como na social”, disse.

Para Belluzzo, a situação é agravada pela manutenção dos juros em patamares altíssimos, que enforcam ainda mais as empresas endividadas e impedem uma recuperação via crédito. “Muitas das empresas estão inviabilizadas. Há um crescimento brutal das recuperações judiciais”.
Belluzzo concorda com Carvalho sobre a necessidade de recuperação via investimento público, mas considera que o debate econômico está travado. “As pessoas não querem debater, as pessoas querem só reafirmar suas posições”, afirmou. Para ele, há certos mantras econômicos repetidos a esmo, mas sem a realização de um debate mais profundo.

Além de piorar a recessão, a PEC também vai aumentar a desigualdade social no Brasil. “A PEC vai destruir as bases financeiras do estado social implementado na Constituição de 1988 e construir o estado neoliberal. Amarra o estado, mesmo com outro governo”, analisou Fagnani. Direitos constitucionais como acesso à saúde e educação serão inviabilizados pela PEC. Carvalho diz acredita que, sem a vinculação constitucional que está em vigor hoje (que obriga gastos mínimos do orçamento com itens essenciais, como saúde e educação), setores que historicamente tem mais poder ficarão com a parte maior do orçamento, em detrimento dos direitos da população

"A PEC desvincula gastos obrigatórios, mas não impõe limites tão fortes para auxílio-moradia (para o funcionalismo), por exemplo. Já tem um cláusula que diz que se os gastos no judiciário crescerem acima da inflação, a União que vai cobrir”, explicou.
Créditos: Agencia PT

Menos de 1% das propriedades agrícolas detém quase metade da área rural no país

Propriedade rural em Ulianápolis, Pará,
Quase metade da área rural brasileira pertence a 1% das propriedades do país, de acordo com o estudo inédito Terrenos da desigualdade: terra, agricultura e desigualdades no Brasil rural divulgado hoje (1º) pela organização não governamental (ONG) britânica Oxfam. Os estabelecimentos rurais a partir de mil hectares (0,91%) concentram 45% de toda a área de produção agrícola, de gado e plantação florestal.

Por outro lado, estabelecimentos com menos de 10 hectares representam cerca de 47% do total das propriedades do país, mas ocupam menos de 2,3% da área rural total. Esses pequenos produtores produzem mais de 70% dos alimentos que chegam à mesa do brasileiro, já que as grandes monoculturas exportam a maior parte da produção.

O estudo mostra a cidade de Correntina, na Bahia, como exemplo emblemático dessa realidade, onde os latifúndios ocupam 75,35% da área total dos estabelecimentos agropecuários. Nessa cidade, a pobreza atinge 45% da população rural e 31,8% da população geral. Os municípios com maior concentração de terra apresentam os menores índices de Desenvolvimento Humano e aqueles com a menor concentração tinham os melhores indicadores sociais. A diretora executiva da Oxfam Brasil, Katia Maia, explicou que a concentração de terra gera desigualdade em todos os setores vinculados à produção da terra.

“Quanto maior a concentração de terra, maior a concentração de investimento, de maquinário, que vai se expandindo para diferentes setores. A modernização da agricultura não demonstrou melhora na condição de vida da população”, comentou Katia. “Números preliminares mostram que os municípios com maior concentração têm nível maior de pobreza”.
As grandes propriedades rurais com mais de mil hectares concentram 43% do crédito rural, enquanto para 80% dos menores estabelecimentos esse percentual varia entre 13% e 23%.

A reforma agrária é fundamental para reverter o quadro, mas não basta, argumentou a diretora da ONG. “O governo pode assumir medidas e políticas no mundo rural para incentivar maior distribuição, especialmente na área de investimentos, apoio técnico e programas, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar e o Programa Nacional de Alimentação Escolar”, acrescentou.

A concentração de terra também contribui para a incidência de trabalho escravo, alerta o estudo. De 2003 a 2013, 82% das autuações do Ministério do Trabalho e Emprego por trabalho análogo ao de escravo ocorreram no oeste da Bahia, com grande concentração de terra. Somente em Correntina, 249 trabalhadores foram encontrados nessas condições.

O estudo agrupou os municípios de acordo com a relevância agropecuária: 1% com maior concentração de terras, os 19% seguintes e os 80% restantes, com base no último Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2006, e o IBGE Cidades, de 2010.

Dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) indicam que 729 pessoas físicas e jurídicas se declaram proprietárias de imóveis rurais com dívidas à União de mais de R$ 50 milhões cada, aproximadamente R$ 200 bilhões. Esse grupo, segundo a pesquisa, tem propriedades de área suficiente para assentar quase 215 mil famílias, quase duas vezes o número de famílias que estão acampadas hoje no Brasil esperando por reforma agrária.

América Latina
A mesma realidade ocorre na América Latina, em que 1% concentra 51,19% de toda a superfície agrícola da região. O dado está no relatório Terra, Poder e Desigualdade na América Latina, também divulgado hoje, que analisa o cenário de concentração das propriedades rurais em 15 países da região com base nos censos agropecuários locais.

O Brasil ocupa o quinto lugar no ranking da região do coeficiente de Gini - que mede a desigualdade na distribuição de terra, em que 0 corresponde à completa igualdade e 1 corresponde à completa desigualdade. A nota brasileira é 0,87. O Paraguai aparece com o pior índice de Gini (0,93), seguido do Chile (0,91) e da Venezuela e Colômbia (0,88), onde 0,4% das propriedades concentram mais de 67% da terra produtiva.
Conflitos no campo

A modernização da agricultura e os assentamentos e demarcações de terras indígenas não foram capazes de aplacar os conflitos, que já mataram 2.262 pessoas entre 1964 e 2010, de acordo com o estudo. A violência no campo pela disputa da terra ocasionou 50 mortes no ano passado e 1.217 conflitos,  segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O Brasil está no topo da lista dos países onde mais ativistas ambientais e da terra foram mortos em 2015, segundo outra pesquisa divulgada em junho deste ano pela ONG Witness.

Os estados mais violentos são Rondônia e o Pará. No período, foram registrados momentos de pico, em especial na década de 80, quando aumentaram as mobilizações sociais e as lutas por terra, década que também marcou a fundação do Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Um novo pico foi registrado durante o primeiro governo Lula, de 2003 a 2006. Apenas em 2003 ocorreram 496 ocupações – em 2010 foram 180.

Incra
De acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), mais de 1,3 milhão de famílias já foram assentadas desde o início do Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA). O programa foi criado em 1996. Ao todo, 977 mil  famílias vivem atualmente em assentamentos e áreas reformadas.
As titulações estão sendo efetivadas, informou o instituto, por meio de trabalhos de revisão ocupacional em campo, “o que está sendo feito com maior expressão neste último bimestre do ano, a partir do desbloqueio de recursos destinados ao órgão”, diz a nota. “Todas as 30 superintendências estão mobilizadas neste sentido, já que foi estabelecida como meta a emissão de cerca de 70 mil títulos de propriedade até o fim do próximo ano”.

Ainda segundo o Incra, as metas para os próximos anos dependem da aprovação do orçamento a ser destinado à autarquia no início de 2017. O instituto ressaltou que o contingenciamento de gastos deste ano reduziu em cerca de 40% os recursos destinado à reforma agrária. Além disso, informou o Incra, houve alteração de diretrizes e um passivo ocasionado pelo bloqueio determinado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que paralisou o acesso de famílias beneficiárias às políticas públicas asseguradas pelo Programa Nacional da Reforma Agrária.
Créditos: Agencia Brasil

Pesquisadores descobrem proteína que previne obesidade e diabete

Pesquisadores da Universidade Católica de Lovaina (UCL), na Bélgica, descobriram uma proteína capaz de prevenir o desenvolvimento da obesidade e da diabete tipo 2 em ratos. A descoberta foi publicada nesta segunda-feira na revista especializada Nature e abre caminho para o desenvolvimento de um medicamento contra as duas doenças que afetam, respectivamente, 600 milhões e 400 milhões de pessoas em todo o mundo.
Batizada de Amuc_1100, a proteína faz parte da membrana externa da bactéria Akkermansia muciniphila, que vive exclusivamente na flora intestinal de animais vertebrados, como o homem. A equipe liderada pelo professor Patrice Cani descobriu que, administrada em grande quantidade, essa proteína bloqueia completamente o desenvolvimento de intolerância a glicose e de resistência a insulina, tanto em um regime normal como em um regime rico em gordura.
Ela atua como uma espécie de barreira protetora, diminuindo a permeabilidade do intestino e impedindo que toxinas presentes na massa fecal entrem na corrente sanguínea.Patrice Cani lidera equipe que estuda a proteína na Universidade Católica de Lovaina (UCL).
"A permeabilidade intestinal é responsável pela passagem ao sangue de determinadas toxinas que contribuem para o desenvolvimento da diabete, de inflamações, para o fato de que algumas pessoas obesas sintam fome constantemente e para várias desordens metabólicas", explicou Cani em entrevista à BBC Brasil.
Essa barreira também reduz a absorção de energia pelo intestino, resultando em menor ganho de massa corporal. Foi por acaso que Hubert Plovier, doutorando da equipe de Cani, descobriu a proteína Amuc_1100.
A bactéria Akkermansia muciniphila é conhecida por sua capacidade de reduzir em entre 40 e 50% o ganho de massa corporal e de resistência a insulina em ratos, comprovada em 2013 também por Cani. Mas o teste em humanos esbarrava na dificuldade de reproduzir sinteticamente a bactéria, sensível ao oxigênio. Para resolver o problema, Plovier optou pela pasteurização, um processo no qual uma substância é aquecida a 70 graus.
"Descobrimos não só que a bactéria produzida dessa maneira conserva suas propriedades, mas também que dobra em eficácia, detendo totalmente o desenvolvimento da obesidade e da diabete tipo 2, independente do regime alimentar", afirma Cani.
Ao investigar as razões do ganho em eficácia, os pesquisadores observaram a presença da proteína Amuc_1100 ainda ativa na bactéria pasteurizada."Quer dizer, a pasteurização elimina o que é desnecessário na bactéria e preserva a proteína, o que explica essa eficácia multiplicada."
A equipe testou os efeitos da proteína isolada em três séries de testes com ratos e obteve, em todas elas, os mesmos resultados do tratamento com a bactéria Akkermansia muciniphila pasteurizada. Submetidos a um regime rico em gordura e altamente calórico, os animais que receberam a bactéria viva ganharam menos peso e desenvolveram menos resistência à insulina que os que receberam um placebo. No caso dos que receberam a bactéria pasteurizada ou a proteína isolada, o tratamento deteve totalmente o ganho de peso e a resistência à insulina. Fonte: BBC. Foto: EBC.
Créditos: R7

Moro tenta convencer Senado a rever punição a juízes

O juiz federal Sergio Moro, responsável pela Lava Jato em primeira instância, irá pessoalmente apresentar ao Senado uma proposta para que o projeto de lei sobre abuso de autoridade tenha um artigo que impeça a punição de juízes, promotores e policiais por atos ligados a interpretação de leis e avaliação de fatos e provas. Segundo o magistrado, a inclusão desse mecanismo poderá diminuir o risco "de que a nova lei de abuso de autoridade tenha o efeito prático de tolher a independência da magistratura e a atuação vinculada à lei por parte do Ministério Público e da autoridade policial".
As informações são da Folha de S.Paulo.
"Moro irá apresentar a sugestão ao plenário do Senado na quinta-feira (1º) às 11h e preparou um ofício aos congressistas sobre o tema. No documento, o juiz federal diz entender que "este não é o melhor momento para deliberar sobre o projeto" da lei de abuso de autoridade pois sua aprovação poderá ser interpretada como medida para impedir o avanço de investigações criminais importantes como a Lava Jato.
Porém, se o Congresso levar adiante a proposta legislativa, ela não pode tornar crime o trabalho analítico das autoridades em investigações e processos, segundo o juiz.
"Direito não é matemática e pessoas razoáveis podem divergir razoavelmente na interpretação da lei e na avaliação de fatos e provas", escreveu Moro.Para o magistrado, a nova legislação poderá ser usada por criminosos para prejudicar o trabalho das autoridades." 
Créditos: WSCOM/247.