quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Desemprego é o maior problema do país

Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta quarta-feira (1º), aponta que, para os brasileiros, o desemprego é o principal problema do país. O desemprego foi citado por 43% das pessoas entrevistadas. Ainda de acordo com a pesquisa, chamada de Retratos da Sociedade Brasileira - Problemas e Prioridades, empatados em segundo lugar ficaram a saúde e a corrupção, citados por 32% das pessoas ouvidas.

O levantamento foi realizado pelo Ibope Inteligência com 2.002 pessoas em 141 municípios, entre 1 e 4 de dezembro de 2016. Para o gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, as preocupações da população com a inflação e o desemprego aumentam a partir de 2014, quando a crise econômica começa a se delinear.

"A primeira coisa que as pessoas perceberam foi o descontrole da inflação. No ano passado, o principal problema passou a ser o desemprego", afirmou Fonseca.
 Entre as prioridades para este ano, a saúde permanece em primeiro lugar pelo quarto ano consecutivo, sendo citada por 38% dos entrevistados como uma das três prioridades do ano que se inicia.

O combate à inflação que estava em segundo lugar em 2016, com 31% das citações, caiu para o terceiro lugar em 2017, quando foi mencionado por 28% dos entrevistados, que apontaram essa medida entre as três prioridades para 2017.

De acordo com a pesquisa, em quarto lugar na lista de prioridade para 2017, com 26% das citações, ficou o aumento do salário mínimo. A redução dos impostos também vem ganhando importância para a população. A medida subiu do oitavo lugar em 2014 para a quinta posição neste ano, com 25% das citações entre as três prioridades do país, acrescentou a entidade.

Já o combate à violência, que ocupou a segunda colocação da lista de prioridades em 2014 e 2015, caiu para a sexta posição em 2016 e recuou para o oitavo lugar em 2017. O combate às drogas caiu da quarta posição em 2014 para a 11ª em 2017, de acordo com o levantamento da CNI.
Créditos: WSCOM

PT expulsa vereadores que votaram no DEM para presidência da Câmara

Depois da vitória da militância petista em Brasília, que conseguiu pressionar a bancada do partido a não votar em quem apoiou o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff e apoiar a candidatura de André Figueiredo (PDT-CE) para a presidência da Câmara dos Deputados, foi a vez dos parlamentares de Salvador (BA) de aderirem à campanha “petista não vota em golpista”.
A executiva da legenda na capital baiana resolveu expulsar os vereadores Moisés Rocha e Luiz Carlos Suíca por descumprirem a recomendação do partido ao votarem em Leo Prates (DEM) para a presidência da Câmara Municipal. O PT tinha candidatura própria, representada por Marta Rodrigues.
A medida de expulsão já entrou em vigor e os vereadores não podem exercer seus mandatos pelo PT. Os dois parlamentares podem, agora, recorrer à executiva nacional do partido para reverter a situação ou, em última instância, à Justiça eleitoral.
Créditos: Revista Forum

Pobreza encurta a vida mais que obesidade, álcool e hipertensão

pobreza
A evidência científica é robusta: a pobreza e a desigualdade social prejudicam seriamente a saúde. No entanto, as autoridades de saúde não dão a esses fatores sociais a mesma atenção que dedicam a outros quando tentam melhorar a saúde dos cidadãos. Um estudo sobre 1,7 milhão de pessoas, publicado pela revista médica The Lancet, traz de volta esse problema negligenciado: a pobreza encurta a vida quase tanto quanto o sedentarismo e muito mais do que a obesidade, a hipertensão e o consumo excessivo de álcool. O estudo é uma crítica às políticas da Organização Mundial da Saúde (OMS), que não incluiu em sua agenda este fator determinante da saúde — tão importante ou mais do que outros que fazem parte de seus objetivos e recomendações.

“O baixo nível socioeconômico é um dos mais fortes indicadores de morbidade e mortalidade prematura em todo o mundo. No entanto, as estratégias de saúde global não consideram as circunstâncias socioeconômicas pobres como fatores de risco modificáveis”, dizem os autores do estudo publicado pela The Lancet, cerca de trinta especialistas de instituições de prestígio como a Universidade de Columbia, o King’s College de Londres, a Escola de Saúde Pública de Harvard e o Imperial College de Londres. 

Seu trabalho se concentrou nos dados de 1,7 milhão de pessoas para analisar como o nível socioeconômico influi na saúde e na mortalidade em comparação com outros fatores mais convencionais, como o tabagismo ou a obesidade. O resultado está de acordo com estudos anteriores: a pobreza é um agente que afeta a saúde de forma tão sólida e consistente como o tabaco, o álcool, o sedentarismo, a hipertensão, a obesidade e o diabetes. Além disso, a capacidade de encurtar a vida é maior do que vários desses fatores. O baixo nível socioeconômico reduz a expectativa de vida em mais de 2 anos (2,1) em adultos entre 40 e 85 anos; o alto consumo de álcool reduz em meio ano; a obesidade encurta 0,7 ano; o diabetes reduz a expectativa de vida em 3,9 anos; a hipertensão em 1,6 ano; o sedentarismo, 2,4 anos; e o pior, reduzindo a média de vida 4,8 anos, o hábito de fumar.


A escolha desses fatores não é casual: são aqueles tomados pela OMS para combater as doenças não contagiosas no seu plano para reduzir sua incidência em 25% até 2025, o chamado objetivo 25x25. “Nossas descobertas sugerem que as estratégias e ações globais definidas no plano de saúde da OMS excluem de sua agenda um importante determinante da saúde”, criticam os pesquisadores, liderados por Silvia Stringhini, do Hospital Universitário de Lausanne. E acrescentam: “A adversidade socioeconômica deve ser incluída como fator de risco modificável nas estratégias de políticas de saúde locais e globais e no monitoramento do risco para a saúde”.
Da mesma maneira que se pode promover o abandono do hábito de fumar ou o esporte entre a população, o artigo defende que o fator socioeconômico também pode ser modificado em todos os níveis, com intervenções como a promoção do desenvolvimento na primeira infância, as políticas de redução da pobreza ou a melhoria no acesso à educação. Portanto, as estratégias de prevenção para as doenças crônicas estão equivocadas por não abordarem “poderosas soluções estruturais”.
“A força da evidência do efeito do nível social sobre a mortalidade, como exemplifica o estudo de Stringhini e seus colegas, agora é impossível de ignorar”, diz um comentário na The Lancet assinado por Martin Tobias, especialista do Ministério da Saúde da Nova Zelândia. Ele acrescenta: “Eles baseiam seu argumento não na ideologia política, mas na ciência rigorosa”. De acordo com o epidemiologista, ter baixo nível socioeconômico “significa ser incapaz de determinar o próprio destino, privado de recursos materiais e com oportunidades limitadas, que determinam tanto o estilo de vida quanto as oportunidades de vida”.
O pesquisador espanhol Manuel Franco, que não participou do estudo, acredita que “é importante que os autores mostrem que o fator socioeconômico importa, e importa tanto quanto os apontados pela OMS”. “A evidência diz que a desigualdade mata. Estamos interessados na saúde do país, tanto na dos pobres quanto na dos ricos? Esse fator não é atacado porque não interessa”, diz Franco, epidemiologista da Universidade de Alcalá de Henares, especialista nos efeitos dos fatores sociais e ambientais sobre a saúde.
Franco explica como nos países ricos (o estudo foi centrado em dados do Reino Unido, França, Suíça, Portugal, Itália, Estados Unidos e Austrália) há diferenças “insuportáveis” na expectativa de vida dentro da mesma cidade, como Barcelona, Madri, Glasgow ou Baltimore. “E a diferença não para de crescer: a expectativa de vida dos pobres não cresce como a dos ricos”, denuncia. E conclui: “Fazemos pesquisas para melhorar alguma coisa. Sabemos que existem fatores estruturais que prejudicam a saúde, mas as autoridades não querem atacá-los, preferem falar apenas dos fatores individuais: pratique esporte, não fume”.REUTERS)
Créditos: EL País

Mais de cem crianças morrem após comer lichia de estômago vazio

Cientistas americanos e indianos afirmam que uma misteriosa doença que matou mais de cem crianças, em um ano, no nordeste da Índia foi causada por terem comido lichias estando com o estômago vazio. Por mais de duas décadas, crianças aparentemente saudáveis na região de Bihar, repentinamente, sofreram convulsões e perda de consciência. E quase a metade morreu, segundo médicos. Uma nova pesquisa, publicada no jornal médico The Lancet, sugere que elas foram envenenadas pela fruta.
A maioria das vítimas eram crianças pobres da principal região de produção de lichias da Índia que teriam comido frutas que caíam no chão em pomares.
As lichias contém toxinas que inibem a capacidade do organismo de produzir glicose, o que teria afetado crianças pequenas cujos níveis de açúcar no sangue já eram baixos por não jantarem. Elas acordaram gritando à noite antes de sofrerem os sintomas, associados a um inchaço agudo no cérebro.
Pesquisadores que examinaram crianças doentes internados em Muzaffarpur, entre maio e julho de 2014, encontraram um link para um surto de doença que causou inchaço cerebral e convulsões em crianças também no Caribe. Seria o fruto ackee, que continha hipoglicina, susbtância tóxica que impede o corpo de produzir glicose.
Os testes mostraram que as lichias também continham a toxina. Isso levou as autoridades de saúde a alertar os pais a se certificar de que as crianças estão recebendo refeição à noite e a limitarem o número de lichias que consomem. Eles ressaltam ainda que crianças que apresentam sintomas associados com o surto devem ser tratadas rapidamente para a hipoglicemia, ou baixo nível de açúcar no sangue.
Créditos: Bem Paraná

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

O cerco aos bancos públicos e o futuro do Brasil

EBC
Nos últimos meses, o governo brasileiro não apenas está tomando medidas temerárias do ponto de vista estratégico como também o está fazendo na contramão do mundo, em um momento em que o nacionalismo e o Estado se fortalecem, como reação à globalização, até mesmo pelas mãos da extrema direita, nos países mais desenvolvidos.
O que vem sendo apresentado, com a cumplicidade de uma mídia imediatista, irresponsável e descomprometida com os objetivos nacionais, não passa de uma sucessão de “negócios” apressados e empíricos que têm como único norte o acelerado desmonte, esquartejamento e inviabilização em poucos anos, do Estado, com deletérias, estratégicas, e talvez irreversíveis consequências para o futuro.

Estamos entregando o país aos negócios privados, principalmente estrangeiros, em transações gigantescas, feitas a toque de caixa, que envolvem bilhões de dólares. Na maioria das vezes, à revelia da sociedade brasileira, a ponto de muitas estarem sendo realizadas até mesmo sem licitação, como está ocorrendo com a “venda” e desnacionalização de poços do pré-sal e de outros ativos.

Tudo isso com uma fúria privatista que só encontra paralelo nos nefastos mandatos de Fernando Henrique Cardoso, que tiveram como principais consequências econômicas a duplicação da dívida líquida pública e a queda do crédito, do PIB, da renda assalariada e do trabalho formal ao fim de seus oito anos de governo.

Se o recuo estratégico é grave em setores primordiais, como energia, infraestrutura e defesa, ele atinge também, drasticamente, os bancos públicos. Assim como não existem grandes países sem grandes empresas nacionais, também não existem grandes nações que possam prescindir de um forte sistema financeiro público para que se desenvolvam estratégica e soberanamente.

Não se trata apenas, como ocorria no passado, do direito de cunhar moeda, mas de ter instrumentos que possam garantir que a roda da economia continue girando.
Nos últimos anos, o BNDES, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil foram cruciais para manter o país crescendo, investindo na “bancarização” da população e na expansão do crédito.

O volume de crédito em circulação, que caiu de 36% para 23,8% do PIB nos governos de FHC, mais do que duplicou nos governos do PT, até atingir 54,2% em dezembro de 2015.

Sem o financiamento à indústria e à agricultura teria sido impossível, para o país, enfrentar a longa sucessão de graves crises que vêm atingindo o mundo ocidental e o capitalismo desde 2008, quando a banca privada se retraiu, deixando de emprestar dinheiro e passou a investir, como sempre fez historicamente, basicamente em títulos do governo.

Com isso, embora o lucro dos bancos tenha aumentado mais de 400% na era Lula com relação ao governo anterior, as instituições públicas se expandiram mais do que as particulares, aumentando a variedade e quantidade dos serviços prestados a seus clientes, sua oferta de crédito, seus lucros e sua presença na economia nacional. E como o atual governo responde a esse imprescindível papel estratégico?

Pega carona e incentiva a campanha, com forte componente ideológico, que se está desenvolvendo na mídia e nas redes sociais, contra o BNDES. Promove a estúpida, suicida e inexplicável eliminação de R$ 100 bilhões dos ativos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que estão sendo repassados ao Tesouro, para suposto “abatimento” cosmético e irrelevante da dívida pública, em um momento em que o país é apenas a 40ª nação do mundo em endividamento, e se encontra mergulhado em grave recessão.
Reforça essa política de terra arrasada com a interrupção e eliminação, pela atual diretoria do BNDES, de projetos de exportação de serviços de engenharia de empresas já atingidas em bilhões de dólares, pelo tsunami punitivo da Operação Lava Jato.

Com isso, morrem no nascedouro milhares de empregos que poderiam surgir por meio de alguns dos maiores expoentes da engenharia nacional e de centenas de médias e pequenas empresas de sua cadeia de fornecedores.

O governo estende os nefastos efeitos dessa abordagem destrutiva do Banco do Brasil e da Caixa – apelando para a velha desculpa da busca de “eficiência” – promovendo seu desmanche e “enxugamento”, com o já anunciado fechamento de centenas de agências e a demissão “incentivada” de milhares de funcionários, em um momento em que dezenas de municípios, para o enfrentamento da crise, não poderiam prescindir da presença e do apoio dessas instituições. Ler matéria completa clikc aquiFoto: EBC
Créditos: Carta Maior

Projeto da UEPB para combater vírus Zika é aprovado por Conselho Britânico

O projeto “Impacto da aprendizagem móvel na prevenção e gestão de complicações causadas por arbovírus (Zika, Dengue, Chikungunya)”, desenvolvido pela professora da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Silvana Santos, e pelo professor John Traxler, da University of Wolverhampton (Reino Unido), foi aprovado pelo Conselho Britânico através do Edital Institutional Links 2016-2017 – Zika Virus. A proposta tem como objetivo desenvolver e avaliar estratégias interdisciplinares, baseadas em aprendizagem móvel para compartilhar informações e promover o engajamento da sociedade na prevenção e controle de doenças causadas por arbovírus, como a Zika, Dengue e Chikungunya.


A intenção é desenvolver aplicativos para dispositivos móveis e uma plataforma web para formação profissional em Saúde, informação e mobilização de comunidades escolares, bem como para melhorar a comunicação em vigilância em saúde junto aos órgãos governamentais e organizações internacionais na área de Saúde. De acordo com a professora Silvana Santos, as soluções tecnológicas e processos originados desta proposta podem atingir um grande número de usuários de dispositivos móveis e terão como foco inicial os estados da Paraíba e Pernambuco.

“São usuários potenciais nestes estados. Vamos trabalhar com a perspectiva de 40 mil futuros professores e profissionais de Saúde nas universidades; 200 mil estudantes no ensino médio, além de 20 mil profissionais de Saúde e Educação dos serviços públicos. Para isto, é necessário criar condições para a reflexão da população sobre seu ambiente, saúde e papel na comunidade, viabilizando mudanças reais de crenças e práticas sociais”, afirmou a professora.

O projeto será executado através de uma cooperação durante 24 meses considerando, principalmente, a expertise do grupo britânico referente à aprendizagem móvel, da equipe de pesquisadores da UEPB em relação à genética humana e programas de saúde, e do grupo de pesquisa em TIC para Educação em saúde do LIKA (Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami), coordenado pela professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Rosalie Belian.

Também participarão como colaboradores das ações do projeto os seguintes parceiros: Instituto Nacional do Semiárido (Insa), Secretaria Estadual de Saúde da Paraíba e o Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco da Universidade de São Paulo.
Créditos: Portal Correio

Decreto de Trump dificulta a emissão de visto para brasileiros

A mesma ordem executiva emitida pelo presidente Donal Trump na sexta-feira (27), que baniu a entrada de refugiados sírios no país e vetou o ingresso de cidadãos de sete países de maioria muçulmana no país por 90 dias também alterou os procedimentos para a solicitação de visto para os EUA, incluindo os pedidos de solicitantes no Brasil.
As novas regras começaram a valer nesta semana. A embaixada dos EUA no Brasil confirmou ao UOL  que entre as mudanças está a regra para a realização de entrevistas --a partir de agora, solicitantes que pedirem a renovação de seus vistos na mesma categoria deverão passar por entrevista -- antes, ela era dispensada se o pedido fosse feito até 48 meses após o vencimento.
As regras para a isenção da entrevista também mudaram. A partir de agora, somente quem tem menos de 14 anos ou mais de 79 está dispensado. Antes, jovens entre 14 e 15 anos e idosos acima de 66 anos que pediam o visto pela primeira vez não precisavam realizar a entrevista no consulado.
Vale lembrar ainda que solicitantes com o visto expirado há menos de 12 meses e pretender renová-lo na mesma categoria também não precisam passar pela entrevista.
A versão traduzida da ordem executiva está disponível no site da Embaixada dos EUA no Brasil. Os procedimentos para a emissão de cada tipo de visto americano também estão no site da missão diplomática americana no país. Foto Nicholas Kamm/AFP
Créditos: UOL