quinta-feira, 2 de março de 2017

Lula vai lançar “Plano Nacional de Emergência” contra cortes de Temer

Lula
Líder em todos os cenários de intenção de voto para as eleições presidenciais de 2018, Luiz Inácio Lula da Silva já prepara um plano econômico de emergência para embasar sua candidatura. Lula pretende subir o tom da oposição contra as políticas de Michel Temer, lançando uma espécie de “programa nacional de emergência” para o País sair da crise.

O foco da plataforma para 2018 insistirá que o Brasil não vai conseguir reduzir o número de 12,9 milhões de desempregados se não ampliar o crédito para a produção e o consumo. Entre as propostas que Lula e a cúpula do PT defendem para enfrentar a crise estão a criação de um Fundo de Desenvolvimento e Emprego, reajuste de 20% nos valores do Bolsa Família e aumento real do salário mínimo, além da correção da tabela do Imposto de Renda, com teto de isenção superior ao atual.

“Com um discurso em defesa de novas eleições diretas e disposto a antecipar o lançamento de seu nome ao Planalto, Lula tem aparecido em vídeos dizendo que Temer ‘só sabe cortar’. Na lista dos economistas com quem Lula sempre conversa constam Luiz Gonzaga Belluzzo e Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento na gestão Dilma.” As informações são de reportagem de Vera Rosa no Estado de S.Paulo.
Créditos: Revista Forum

Salário universal em Maricá (RJ) chama a atenção da imprensa europeia

RFI - Muitos olhos se voltaram na terça-feira (14), devido a uma reportagem da agência France Presse reproduzida na imprensa europeia, para Maricá, cidade de 150 mil habitantes no Rio de Janeiro. A prefeitura petista do município da região dos Lagos criou há três anos o programa Renda Básica de Cidadania (RBC).

"No início, os beneficiados eram apenas a população mais pobre, cerca de 14 mil famílias ou 35 mil pessoas, o que representa um terço dos habitantes. A partir do ano passado, ampliamos o programa para toda a população", explicou o ex-prefeito da cidade Washington Quaquá em entrevista à RFI Brasil. "Porém, aqueles mais carentes continuam recebendo mais, R$ 85 por mês, enquanto os outros recebem um valor simbólico de R$ 10", completou o político, que é presidente do PT no Estado do Rio.
No entanto, o sucessor de Quaquá na prefeitura, o também petista Fabiano Horta, pretende aumentar na sua gestão o valor para R$ 100 para todas as pessoas. "O dinheiro virá primeiramente dos royalties da exploração do petróleo", diz Quaquá. "Mas estamos trabalhando também com um projeto de sustentabilidade a longo prazo. Então grandes projetos estão sendo realizados, alguns privados, como um porto e resorts. Todos os impostos serão direcionados para a RBC."
A originalidade do programa está no uso de uma moeda social virtual, chamada Mumbuca, para a transferência de renda. "As pessoas têm cartões que são carregados mensalmente com o valor em Mumbuca, que apenas podem ser usados no comércio local, que conta com máquinas específicas para esse fim", explica o ex-prefeito. Os comerciantes são reembolsados pelo governo.
"Esse sistema ativa a economia local e fideliza os clientes", continua Quaquá. "Além disso, ativa uma rede de economia solidária. Atualmente, por exemplo, os trabalhadores sem-terra participam de uma cadeia de agronegócio, plantando alimentos saudáveis, sem agrotóxicos, para ser vendidos nos mercados locais através da Mumbuca."
Vida digna para todos
O político, que também implantou um serviço de ônibus gratuito na cidade, defende que "a sociedade deve usar as forças produtivas para garantir uma vida digna para todos". "É uma obrigação da sociedade não acumular lucro e riqueza, garantindo uma renda mínima para as pessoas viverem decentemente. O desenvolvimento econômico, no capitalismo, propicia o acúmulo de riqueza, mas é preciso distribuí-la. ”
Sobre a bandeira do salário universal levantada por Hamon, Quaquá diz que “ela retoma as melhores práticas do socialismo na Europa”. “Representa a volta de uma perspectiva humana. O neoliberalismo desumanizou a humanidade. Apenas uma política generosa e solidária pode tornar a humanidade menos violenta, menos fundamentalista, menos preconceituosa. ”
Apesar da derrota histórica do PT nas eleições municipais de outubro passado, Quaquá conseguiu eleger seu herdeiro político, Fabiano Horta. “Saí do governo com 92% de aprovação. O importante é defender o interesse de quem precisa. A sociedade brasileira é muito desigual. Não é à toa que uma pesquisa divulgada ontem pela Globo, que é um canal quase partidário da direita, mostra que o povo quer o Lula de volta. Quem governa para o povo tem aprovação. ”
Sobre o governo de Michel Temer, Quaquá opina que “o Brasil vive sob uma ditadura disfarçada”. “A mídia manipula a consciência do povo, mídia concentrada nas mãos de apenas sete famílias. Essa imprensa, associada a a uma casta do Judiciário, da Polícia Federal e do Ministério Público, atua de maneira partidarizada, orientada para tentar achar um crime para o Lula”.
Segundo o político, “eles reviraram a vida do Lula e não acharam absolutamente nada”. “Porém já o condenaram... Agora só falta achar o crime.” Quaquá define a administração Temer como “um governo de gângsteres”: “É uma máfia que se instalou no Brasil e que faz todo o possível para manter o seu pessoal livre de qualquer investigação.” O presidente do PT fluminense virá a Paris em março para uma reunião com o núcleo local do partido.
Créditos: RFI

Em SP, setor de serviços cortou 130 mil empregos em 2016



Em 2016, o setor de serviços no estado de São Paulo cortou 130.511 empregos formais no acumulado de doze meses, o pior resultado da série histórica iniciada em 2007, segundo dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). É o segundo ano consecutivo com resultado negativo. Em 2015, 106.833 postos de trabalho perdidos.
Em dezembro, 74.293 postos de trabalho foram eliminados, com 125.393 admissões e 199.686 demissões. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve uma leve melhora, já que o saldo em dezembro de 2015 foi de 84.383 empregos cortados. 
Os dados são da Pesquisa de Emprego no Setor de Serviços do Estado de São Paulo (PESP Serviços), realizada pela FecomercioSP com dados do Ministério do Trabalho. Segundo a pesquisa, todas as 12 atividades pesquisadas tiveram queda no estoque de empregos na comparação entre dezembro de 2016 e o mesmo mês do ano anterior. 
As atividades com os piores resultados foram transporte e armazenagem (-4,7%), profissionais, científica e técnica (-3,7%), e artes, cultura e esportes (-3,5%). A FecomercioSP diz que o ano passado foi o "fundo do poço" para o mercado de trabalho no setor, além de afirmar que espera saldos negativos para o 2017, mas em um ritmo menos acentuado do que no ano passado. 
Além disso, a FecomercioSP não tem expectativa de crescimento no setor, falando na necessidade de um ambiente mais atrativo aos investimentos produtivos, no qual a redução da inflação, dos juros e do desemprego são essenciais. Para ler mais sobre a Pesquisa de Emprego no Setor de Serviços do Estado de São Paulo, acesse o site da FecomercioSP., Fonte: GGN
Créditos: Rede Brasil Atual

quarta-feira, 1 de março de 2017

Campanha da Fraternidade 2017 alerta sobre biomas e defesa da vida

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Com o tema "Fraternidade: biomas brasileiros e a defesa da vida", a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abre oficialmente, na Quarta-feira de Cinzas, dia primeiro de março, a Campanha da Fraternidade 2017 (CF 2017). O lançamento será na sede da entidade, em Brasília (DF), e será transmitido ao vivo pelas emissoras de TV de inspiração católica, a partir das 10h45.
A campanha, que tem como lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15), alerta para o cuidado da Casa Comum, de modo especial dos biomas brasileiros. Segundo o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, a proposta é dar ênfase à diversidade de cada bioma e criar relações respeitosas com a vida e a cultura dos povos que neles habitam, especialmente à luz do Evangelho. Para ele, a depredação dos biomas é a manifestação da crise ecológica que pede uma profunda conversão interior. “Ao meditarmos e rezarmos os biomas e as pessoas que neles vivem, sejamos conduzidos à vida nova”, afirma.
Ainda de acordo com o bispo, a CF deseja, antes de tudo, levar à admiração, para que todo o cristão seja um cultivador e guardador da obra criada. "Tocados pela magnanimidade e bondade dos biomas, seremos conduzidos à conversão, isto é, cultivar e a guardar”, salienta.
A cerimônia de lançamento contará com as presenças do arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha, do secretário geral da Conferência, dom Leonardo Steiner, e do secretário de articulação institucional e cidadania do Ministério do Meio Ambiente, Edson Duarte.
No Brasil, a Campanha já existe há mais de 50 anos e sua abertura oficial sempre acontece na Quarta-feira de Cinzas, quando tem início a Quaresma, época na qual a Igreja convida os fiéis a experimentarem três práticas penitenciais: a oração, o jejum e a esmola.
Material
Para ajudar nas reflexões sobre a temática, são propostos subsídios, sendo o texto-base o principal. Dividido em quatro capítulos, a partir do método ver, julgar e agir, o documento faz uma abordagem dos biomas, suas características e contribuições eclesiais na defesa da vida e cultura dos povos originários de cada bioma brasileiro. Também são apresentadas considerações ecológicas sob a perspectiva de São João Paulo II, Bento XVI e o papa Francisco. Ao final, são apresentados os objetivos permanentes da Campanha, os temas anteriores e os gestos concretos previstos para esta edição, sendo o principal a Coleta Nacional de Solidariedade.

Os subsídios da CF 2017 estão disponíveis no site da editora Edições CNBB. É possível fazer o download do arquivo com todas partituras das músicas da CF 2017 e da Quaresma, entre elas o Hino Campanha, de autoria do padre José Antônio de Oliveira e Wanderson Freitas. Os interessados poderão baixar ainda o cartaz da CF e os spots de rádio, TV e internet preparados para a ocasião.
Créditos: CNBB

Governo Temer ataca os bancos públicos e se afasta das políticas sociais

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O governo do golpe orquestrado por Michel Temer ataca tudo o que tem a ver com a esfera pública, em favor da esfera mercantil. Contra a educação pública e a favor da educação privada. Contra a saúde pública e a favor dos planos privados de saúde. Contra a cultura pública e a favor da cultura mercantil.
Com os bancos essa atitude é central nesse governo, que tem sua política econômica dirigida pelos interesses do capital financeiro, dos bancos privados. A outra face do ataque às políticas sociais é o ataque aos bancos públicos.
Os bancos públicos surgiram e se fortaleceram no Brasil quando havia governos que assumiam responsabilidades no plano social, promoviam o crescimento produtivo do país, garantiam formas de distribuição de renda. O Banco do Brasil se desenvolveu no marco dos governos de Getúlio Vargas. Assim como as políticas sociais dos governos do PT foram a alavanca dos bancos públicos. Foi o enorme impulso do programa Minha Casa Minha Vida que promoveu a Caixa Econômica Federal a segundo banco brasileiro, somente atrás do Banco do Brasil.
Os governos neoliberais não precisam de bancos públicos, porque eles só têm função essencial no marco do impulso ao desenvolvimento produtivo do país e da implementação sistemática de políticas sociais. Por isso os governos tucanos privatizaram os bancos estaduais em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, e em outros estados. Porque os bancos deles são os bancos privados.
A lógica dos bancos públicos é frontalmente oposta à lógica dos bancos privados. Estes funcionam, na era neoliberal, não mais para financiar a produção, o crédito ao consumo, as pesquisas. Eles vivem do endividamento de governos, empresas e pessoas. Por isso eles se fortalecem mais ainda exatamente nos períodos recessivos das economias.
Em 2008, quando se iniciava a crise econômica atual do capitalismo no plano internacional, o então presidente dos Estados Unidos Barack Obama conclamava a salvar os bancos, senão as telhas cairiam na cabeça de todos. Os bancos foram salvos, se enriqueceram cada vez mais, quebraram os países: quebrou a Grécia, quebrou a Itália, quebrou Portugal, Espanha, e depois foram abandonados pelos bancos.
Os bancos vivem do que eles chamam – em inglês, para esconder ainda mais o seu sentido real – de “spread”, isto é, da diferença entre o que eles pagam e o que cobram. Quem fizer a experiência de chegar no balcão de um banco privado e depositar R$ 100 na poupança e depois ir do outro lado do balcão e pedir os mesmos R$ 100 emprestados, se dará conta de que será remunerado por uma quantia irrisória pelo depósito e terá de pagar juros escorchantes pelo empréstimo. Desse jogo recessivo, que só multiplica o endividamento e impede a economia de crescer, é que vivem os bancos. Na era neoliberal se produz uma acumulação financeira, o enriquecimento do capital financeiro pela especulação, às custas da produção, dos salários e dos empregos.
Os bancos públicos não são um fim em si mesmos. Ao pertencer ao setor público, eles funcionam como instrumentos fundamentais da política econômica. Promovem créditos para incentivar a produção, para fomentar o consumo, a pesquisa. São alavancas fundamentais para as políticas sociais dos governos que as consideram como um de seus objetivos centrais.
Hoje no Brasil o governo golpista se empenha em desmontar o papel preponderante que os bancos tiveram nos governos anteriores. Rebaixando o perfil das políticas públicas, despreocupado com os créditos para impulsionar o desenvolvimento, fomentando os lucros pela especulação financeira, promove o desmonte do BNDES, do Banco do Brasil, da Caixa Economia Federal, do Banco do Nordeste, num atentado grave ao potencial de crescimento econômico e de distribuição de renda que o Brasil havia construído.
A defesa dos bancos públicos se identifica com a defesa do Brasil, dos interesses do país, do fortalecimento do Estado e das políticas sociais.
Créditos: Rede Brasil Atual

Cientistas avaliam que o risco de uma guerra nuclear é crescente

A possibilidade de um conflito nuclear é mais elevada hoje do que em meados dos anos oitenta, quando os dirigentes da União Soviética e dos EUA se encontraram em Reykjavik para iniciar o processo de redução dos potenciais nucleares. Esta é uma das conclusões da reunião de líderes da organização Médicos Internacionais para a Prevenção da Guerra Nuclear (IPPNW em inglês) e do movimento Pugwash (Cientistas para a Segurança Internacional). O evento decorreu em Moscou, na Academia de Ciências da Rússia.
Estas organizações não-governamentais receberam o Prémio Nobel da Paz pela sua contribuição para apaziguar as tensões internacionais e estabelecer contatos diretos entre os dirigentes de Estados beligerantes, no início das negociações oficiais, quando era necessário parar um conflito armado ou impedir que este se transformasse em uma guerra de envergadura.
O atual presidente do comité russo da Associação Pugwash, Aleksander Dunkin, e Sergei Kolesnikov, que representa a IPPNW, receberam seus colegas europeus. Após um longo período sem encontros neste formato, foi decidido reatar os contatos em Moscou.
Os especialistas que participaram do encontro tentaram analisar as iniciativas que seriam aceitáveis para políticos e diplomatas e poderiam contribuir para a redução dos potenciais nucleares mundiais.
Os participantes elaboraram uma mensagem para o primeiro-ministro russo Dmitry Medvedev, que foi oficialmente enviada para o seu gabinete.
"O aumento da tensão entre a OTAN e a Rússia, na Europa e no Oriente Médio, é comparável ao aumento de tensões na Ásia do Sul entre a Índia e Paquistão e à situação perigosa na península coreana e no mar da China Meridional. Pesquisas recentes mostraram que a utilização de 0,5% dos arsenais nucleares existentes provoca alterações climáticas em todo o planeta, um declínio de dez anos na produção alimentar e a fome, que já matou mais de 2 bilhões de pessoas. Em resposta a essa ameaça, mais de 120 países que não têm armas nucleares se comprometeram a entabular negociações sobre o Tratado de Proibição Total de Ensaios Nucleares. Escrevemos-lhe para exortar a Rússia a se juntar a estas negociações e encabeçar o processo", diz o texto do documento enviado ao primeiro-ministro-russo.
Entre as iniciativas e propostas foram destacados a retirada das armas nucleares dos territórios dos países que não as produzem, a recusa de fornecer materiais nucleares e tecnologias de dupla utilização para os chamados países no "limiar nuclear", bem como a remoção de materiais nucleares em excesso dos programas militares nacionais. (247)
Créditos: WSCOM

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Trabalhador brasileiro já ganha menos do que um chinês, aponta estudo

O salário médio pago pela indústria chinesa já supera os valores pagos aos trabalhadores de países como Brasil e México e está se aproximando rapidamente aos recebidos em Grécia e Portugal. Esse avanço é resultado de uma década de forte crescimento, em que os salários chineses triplicaram.
Considerando todo o mercado de trabalho chinês, o salário por hora já supera o pago em todos os países da América Latina, com exceção do Chile, e representa cerca de 70% do pago nas economias mais fracas da zona do euro, segundo a consultoria Euromonitor International. Os dados mostram o progresso que a China fez para melhorar os padrões de vida de sua população de 1,4 bilhão de pessoas.
Créditos: Folha de S Pauulo