domingo, 31 de dezembro de 2017

Brasil perdeu 3 milhões de empregos com carteira assinada

3 milhões de postos de trabalho, com carteira deixaram de existir em três anos, "segundo o IBGE". É como se toda a população do Uruguai tivesse sido demitida" 
É perto de 10% do número de trabalhadores que tinham direitos e garantias que a formalização lhes dava e que, agora, os perderam.
Só nos últimos 12 meses, 857 mil pessoas perderam empregos com carteira. Outros 1,1 milhão foram trabalhar por conta própria e 718 mil pessoas foram trabalhar "sem carteira", ou seja, sem direito algum.
O pior patamar em 5 anos" do emprego formal pode ser, em termos proporcionais, expandida com tranquilidade para uma década, pois se refere apenas á medição pela PNAD contínua, que começou a ser feita em 2012. Como a situação da economia, por óbvio, e a do emprego, por medições anteriores, era melhor, não há risco de errar.
A conversa fiada de que na "retomada" os empregos informais precedem os formais esbarra na constatação de que não há solidez em qualquer perspectiva de longo prazo de expansão da economia brasileira que vá além de alguma marolinha provocada pela economia mundial. Marolas, aliás, tanto fluem como refluem.
O que se cria, em matéria de emprego – formal e informal – é tudo o que eles próprios diziam: ocupações de baixa qualificação, aquela que é indispensável para dar dignidade á vida de todos mas que, se mantida a longo prazo, só nos traz atraso e perda de competitividade.
Créditos: Brasil 247

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Temer diz que se Reforma da Previdência não for aprovada cortará pagamentos de servidores

Em entrevista exclusiva à coluna do Fraga, no R7, o presidente da República, Michel Temer, disse que está confiante na aprovação da reforma da Previdência, mas alertou que, caso isso não ocorra, “o que vai acontecer é que as pensões serão cortadas; o vencimento dos servidores públicos será cortado como aconteceu em outros países”.

Sobre o que precisa fazer para a sua popularidade subir, Temer disse: “O que tenho feito. Aliás, há poucos dias, dando uma entrevista coletiva, eu até fiz uma brincadeira dizendo que a minha popularidade cresceu 100%, ou seja, subiu de 3% para 6%. Parece que não é nada, mas se continuar subindo nesse ritmo, o reconhecimento virá logo”, diz. 

O presidente disse ainda que apoiará para seu sucessor “aquele que acolher, prestigiar, incentivar, elogiar e praticar as reformas que estamos fazendo no nosso governo. E, evidentemente, se outras reformas ainda demandarem execução, que elas venham a ser feitas no próximo governo. Esse será o meu candidato à Presidência da República”. Foto: Beto Barata. Com informações da Coluna do Fraga.
Créditos: Forum

Novas regras trabalhistas alteram contratação de serviço temporário

As novas regras trabalhistas, que passaram a vigorar há pouco mais de um mês, afetaram as formas como empresários podem contratar servidores para trabalhos temporários. Agora, os estabelecimentos interessados na obtenção de um serviço por um tempo determinado, podem contratar o empregado através de uma empresa especializada na prestação deste serviço.

Com a chegada das festas de final de ano e as férias de janeiro, é comum a alta nesse tipo de contratação. Um exemplo prático pode ser notado nos últimos dados do Caged, divulgado nessa semana pelo Ministério do Trabalho, que apontam o comércio como o setor que mais contratou durante o mês de novembro.
Créditos: Focando a Notícia

Drama dos refugiados e ascensão da extrema-direita marcaram o mundo em 2017

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 Com diferentes estilos, mas trazendo o mesmo conteúdo autoritário e excludente, de Donald Trump, nos Estados Unidos, à mais recente eleição do milionário Sebastian Piñera, no Chile, passando pela Europa, o ano de 2017 marcou a ascensão da direita e da extrema-direita, em todo o mundo.
É o que aponta reportagem da TVT, que também destacou o crescimento do drama dos refugiados, no Oriente Médio, no Mediterrâneo, e em Myanmar, dada a perseguição e tentativa de extermínio da etnia rohingya, como um dos principais eventos do ano. 
Aguiar relembrou o protagonismo da Rússia de Vladmir Putin, que avança no cenário internacional na medida em que os Estados Unidos se isolam, e também ressaltou o risco de ocorrência de um conflito nuclear, devido à retórica violenta de Trump contra a Coreia do Norte. Foto: Arquivo Google.
Créditos: RBA

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

33 mil alunos da rede privada tentam as escolas públicas

A crise financeira, o desemprego e outras mazelas econômicas estão levando pais ao desespero. Para fugir das mensalidades altas do ensino privado, eles estão tentando se escorar no ensino público, que é seguramente um dos piores do país. Tanto nas administrações municipais e estadual, o ensino público do Rio de Janeiro há muito tem dado sinais de falência: carência de professores, escolas em estado precário e, por tudo isso, alunos desinteressados.
No Rio, das 227 mil inscrições recebidas pela Secretaria Estadual de Educação (Seeduc), aproximadamente 33 mil são de alunos da rede privada que tentam migrar para rede pública – o equivalente a cerca de 14% do total de inscritos nas 1.250 escolas da rede estadual. Os dados foram divulgados terça-feira (26) pelo Núcleo de Imprensa do Palácio Guanabara e indicam que, nesta primeira fase de matrícula, mais de 180 mil alunos se cadastraram pela internet e são das redes públicas de ensino (municipal, estadual e federal).
Mais de 13 mil inscrições são de candidatos que estavam afastados dos estudos e decidiram retornar às salas de aula. No total, cerca de 460 mil estudantes renovaram suas matrículas para o ano letivo de 2018.
A consulta aos nomes dos estudantes inscritos está disponível no site Matrícula Fácil e no portal. Os candidatos também podem conferir o resultado por meio do link na página oficial da Secretaria de Educação no Facebook.
Ao comentar o processo de inscrições, o secretário de Educação, Wagner Victer, ressaltou o fato de que a informatização do processo das inscrições tem facilitado a escolha da unidade de ensino por parte dos alunos.
“Registramos um bom número de inscrições e renovações de matrículas. O sistema informatizado, no qual o candidato faz seu cadastro pela internet e seleciona a escola que deseja estudar, é acessível e tem auxiliado muito o estudante no momento de escolher a unidade de sua preferência e no acompanhamento do andamento da matrícula”, disse.
O ano letivo de 2018 na rede estadual de ensino do Rio de Janeiro começará no dia 5 de fevereiro e a confirmação da matrícula deverá ser feita entre os dias 3 a 8 de janeiro do próximo ano.
Para isso, o candidato precisa ir à unidade de ensino na qual foi alocado para confirmar a matrícula. A segunda fase da pré-matrícula ocorrerá entre os dias 16 e 19 de janeiro, com a confirmação ficando para os dias 24 a 26.
Créditos: RBA

Prazo para saque do PIS termina nesta quinta-feira

Trabalhadores com direito ao abono salarial ano-base 2015 têm até quinta-feira (28) para sacar o beneficio. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informou que esse é o prazo final e não haverá nova prorrogação. Segundo o MTE, até o fim de novembro 1,4 milhão de brasileiros com direito ao benefício ainda não tinham sacado o dinheiro.
Quem trabalhou na iniciativa privada em 2015 pode retirar o dinheiro em qualquer agência da Caixa Econômica Federal ou em uma casa lotérica. Servidores públicos devem procurar o Banco do Brasil. Cada trabalhador recebe valor proporcional à quantidade de meses trabalhados formalmente naquele ano. Se a pessoa trabalhou o ano todo, recebe o valor na íntegra. Quem trabalhou por seis meses, por exemplo, recebe metade do valor. Os pagamentos variam de R$ 79 a R$ 937.
QUEM TEM DIREITO
Para ter direito ao abono salarial ano-base 2015, é preciso ter trabalhado formalmente em 2015 e atender a alguns requisitos, como estar vinculado formalmente a uma empresa ou a um órgão público por pelo menos 30 dias naquele ano, ter remuneração média de até dois salários mínimos no período, estar inscrito no Programa de Integração Social (PIS) ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) há pelo menos cinco anos e ter os dados informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
Para saber se tem direito ao benefício, é possível fazer uma consulta ao site do Ministério do Trabalho com o número do PIS ou do CPF e a data de nascimento. Também é possível obter informações nas agências bancárias ou ligando para o Alô Trabalho, 158. As ligações são gratuitas de telefone fixo em todo o país. A Caixa Econômica Federal fornece a informação aos beneficiários do PIS também pelo telefone 0800-726 02 07. O Banco do Brasil atende os beneficiários do Pasep no número 0800-729 00 01. (EBC

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Brasil fecha 12.292 vagas formais em novembro, após reforma trabalhista

Reuters - O Brasil perdeu 12.292 vagas formais de emprego em novembro, período em que os efeitos da reforma trabalhista já estavam em vigor, quebrando uma série de sete resultados positivos, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho.
O dado frustrou expectativa de abertura de 22 mil postos, de acordo com pesquisa Reuters junto a analistas, mas foi melhor em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram encerradas 116.747 vagas.


Dos oito setores pesquisados, sete registraram saldo negativo em novembro, com destaque para indústria da transformação (-29.006 postos), construção civil (-22.826) e agropecuária (-21.761).
Apenas o comércio ficou no azul com a proximidade das festas de fim de ano, com a criação líquida de 68.602 vagas, mas num movimento insuficiente para levar o resultado geral para o campo positivo.
Em apresentação, o ministério do Trabalho argumentou que a indústria já começa a demitir nesta altura do ano num cenário em que “todas as encomendas já foram atendidas”. Em relação à construção civil, disse que o setor é marcado por paralisação de obras em função do período de chuvas.
Pela série histórica do próprio Caged, que tem início em 2002, houve perdas líquidas de vagas em novembro apenas em 2002 e 2008 --anos marcados pela eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e crise financeira nos Estados Unidos, respectivamente-- e em 2015 e 2016, quando o país viveu a pior recessão da sua história.
Segundo o ministério, foram criadas 3.120 vagas de trabalho intermitente no mês passado, na esteira da reforma trabalhista. Ao propô-la, o governo do presidente Michel Temer defendeu que as flexibilizações legislativas ajudariam na retomada do emprego.
No acumulado de janeiro a novembro, foram abertas 299.635 vagas, na série com ajustes, contra resultado negativo de 858.333 vagas no mesmo período do ano passado.
No trimestre até outubro, a taxa de desemprego no Brasil caiu a 12,2 por cento, segundo dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, atingiu o nível mais baixo desde o final de 2016, mas com o número de desempregados ainda recuando devido à informalidade. 
Créditos: Reuters

70% dos brasileiros não aprovam privatizações

A postura contrária às privatizações predomina em quase todos os recortes da pesquisa, tais como região, sexo, escolaridade, preferência partidária e aprovação do presidente Michel Temer (PMDB). As privatizações são aprovadas por apenas um segmento: aqueles com renda superior a dez salários mínimos por mês, com 55% de aprovação.

Entre os que recebem até dois salários mínimos por mês, a aceitação é de 13%. Até mesmo eleitores do PSDB, um partido historicamente favorável ao processo de privatização, não concordam com o processo de venda das estatais. Neste segmento, 55% são contrários e 37%, favoráveis. Já entre os eleitores de Lula (PT), o processo de privatização é rejeitado por 80%.

Uma possível venda da estatal de petróleo do Brasil também foi abordada pela pesquisa do Datafolha. 70% da população é contra a privatização da Petrobras enquanto 21% é favorável. A pesquisa ouviu 2.765 pessoas e tem margem de erro de dois pontos percentuais. O tema da venda das estatais deve ser um dos assuntos das eleições presidenciais e do ano de 2018. O Governo de Temer pretende privatizar a Eletrobras. 
Créditos Sputnyk



Testes nucleares podem ter causado 695 mil mortes nos EUA

Uma explosão nuclear (imagem ilustrativa)
Sputnyk-De acordo com o cientista da Universidade do Arizona, Keith Meyers, as consequências dos testes nucleares nos EUA, efetuados durante a Guerra Fria são comparáveis com as que sofreram Hiroshima e Nagasaki. A conclusão se baseia na análise dos padrões de mortalidade nos EUA naquele período.
O especialista descobriu que o leite produzido nesta área continha concentrações de isótopos I-131 (iodo radioativo). Segundo as estimativas, o consumo do leite contaminado causou a morte de 395.000 a 695.000 pessoas entre os anos de 1951 e 1973. A contaminação radioativa não se limitou apenas às regiões próximas ao lugar de testes em Nevada. Também foi registrada em partes distintas do país.
Além disso, o especialista destaca que os trabalhos anteriores analisaram as consequências de testes nucleares para a saúde dos residentes de Nevada, Arizona e Utah. No entanto, apesar de serem zonas vizinhas ao campo de testes, o maior impacto no índice de mortalidade não foi registrado nessas regiões, mas nas áreas com níveis significativos de contaminação radioativa no interior dos EUA. "O número total de mortes atribuídas a esses testes é comparável aos bombardeios de Hiroshima e Nagasaki", conclui o pesquisador. Foto: CC0 / Pixabay
Créditos: Sputnyk

Investimentos em Educação terá redução de mais de 30% em 2018

O orçamento previsto para novos investimentos no Ministério da Educação (MEC) vai ter redução de 32% em 2018 com relação ao ano anterior. Em 2017, foram destinados mais de R$ 6,6 bilhões para investimentos no setor, enquanto a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2018 reserva apenas R$ 4,52 bilhões. 

Para o economista Bruno Moretti, o corte pode comprometer o cumprimento do Plano Nacional de Educação (PNE), que pressupõem recursos de investimentos para ampliação de unidades educacionais. "Isso significa dizer que, com a redução desses valores, você acaba vislumbrando um horizonte em que você não consegue atender as metas do Plano Nacional de Educação. Não consegue, pelo menos, imprimir um ritmo de melhoria do acesso aos diversos níveis de ensino", explica o economista.

A verba é destinada a novos investimentos como o apoio à construção de creches, compra de equipamentos para universidades e obras de ampliação e criação de instituições educacionais. O orçamento para manter o funcionamento do MEC e suas unidades ficou praticamente estável em 2018, com previsão de R$ 43,95 bilhões. 

Moretti pondera que o problema de cortes em investimentos não se localiza apenas no MEC. a proposta de lei orçamentária de 2018 prevê investimentos de R$ 68,8 bilhões para o próximo ano. Já o pagamento com juros da dívida pública alcança R$ 316 bilhões.

De acordo com Moretti, as reduções são expressão do limite de gastos imposto pela Emenda Constitucional 95, aprovada em dezembro de 2016, na gestão do presidente golpista Michel Temer (PMDB). Em 2017, o teto de gastos já estava vigente, mas será a partir do próximo ano que as despesas em Saúde e Educação, que têm um valor mínimo que o governo é obrigado a aplicar, passa a ser corrigido pela inflação.

"Em geral, não há ampliação das ações e dos programas ainda que haja demanda sociais crescentes, sobretudo em circunstâncias de crise. E caso uma despesa cresça mais do que inflação isso significa, na verdade, que uma outra despesa terá que ser reduzida para atender ao teto dos gastos", aponta o economista. Ele ressalta também que não houve despesas crescentes acima da inflação praticamente em nenhuma área em comparação a 2017, ano que já teve patamar de investimentos muito baixo. Foto: Marcelo Casal Jr./EBC.
Créditos: Brasil de Fato

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

60 milhões de brasileiros estão com nome negativado

O númuro de brasileiros com contas em atraso e registrados nos cadastros de devedores segue estável, porém alto. Segundo dados do indicador do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) a estimativa é que o Brasil tenha aproximadamente 59,9 milhões de brasileiros com alguma conta em atraso e com o CPF restrito para contratar crédito ou fazer compras parceladas. O número representa 39,5% da população com idade entre 18 e 95 anos.

Em novembro, houve um aumento de 0,23% na quantidade de inadimplentes na comparação com o mesmo mês do ano passado. Na comparação mensal, ou seja, entre outubro e novembro de 2017, o indicador apresentou aumento de 0,15%.“Mesmo com a estabilidade, a cifra ainda é bastante elevada. Para as empresas, o cenário implica a perda de potenciais consumidores; para os consumidores, implica restrição do acesso ao crédito”, afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro.
Para ele, a mudança desse quadro passa pela efetiva melhora das condições econômicas e, em especial, pela redução da taxa de desemprego. “Nos últimos meses, a economia brasileira iniciou um processo de recuperação. A atividade avançou por três trimestres consecutivos e a inflação e os juros recuaram. Algumas mudanças de regras também favoreceram o consumidor, a exemplo das novas regras do rotativo do cartão de crédito. Não obstante, a recuperação ainda é incipiente e não atinge o bolso do consumidor.”Faixa etária com maior quantidade de negativados é entre 30 e 39 anos
A estimativa por faixa etária revela que é entre os 30 e 39 anos que se observa a maior frequência de negativados. Em novembro, praticamente metade da população nesta faixa etária (49%) tinha o nome inscrito em alguma lista de devedores, somando um total de 16,93 milhões. Também merece destaque o fato de porcentagem significativa da população com idade entre 40 e 49 anos (47%) estar negativada, da mesma forma que acontece com os consumidores com idade entre 25 a 29 (46% em situação de inadimplência). Entre os mais jovens, com idade de 18 a 24 anos, a proporção cai para 21% - em número absoluto, 4,92 milhões. Na população idosa, considerando-se a faixa etária entre 65 a 84 anos, a proporção é de 31%, o que representa 4,92 milhões de pessoas.
Créditos: WSCOM

Desemprego no setor de serviços tem piores índices desde 2012

Ao contrário dos primeiros sinais de recomposição que mostraram os setores da indústria e do comércio no início do ano, o setor de serviços, que compõe cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, apresentou um declínio. Segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de serviços caiu cerca de 2,2% em janeiro com relação a dezembro do ano passado, apresentando o pior resultado no mês desde 2012. 

Mesmo no segmento do turismo, que em geral apresenta um crescimento neste período por ser de férias, a PMS calculou um recuo de 11% em janeiro com relação a dezembro. O conjunto dos serviços apresentou um recuo de 7,3% em comparação a janeiro de 2006, com a inflação descontada.
Os principais fatores dessa queda são o desemprego e o alto endividamento das famílias. Depois das festas de final de ano, que renderam um crescimento de 0,7% no setor em dezembro, restou às famílias limitar os gastos aos impostos de início de ano, materiais escolares e matrículas, ou seja, gastos estritamente essenciais.
O segmento que sofreu maior declínio foi o de serviços profissionais, administrativos e complementares, que registrou recuo de 14,5%. Os serviços prestados às famílias declinaram cerca de 3,6%. Esse declínio, por sua vez, pode ser atribuído ao fato de que a maior parte dos contratos ainda não estavam consolidados no início do ano.
O segmento de transportes levantou a expectativa de melhora devido à colheita de safra recorde no período. Entretanto, o setor apresentou uma queda de 1,1%, incluindo correio e serviços auxiliares. A única área que demonstrou um aumento foi a de serviços de informação de comunicação, com crescimento de 5,5%.
Os cálculos demonstram que a recessão segue e o desemprego ainda não tem perspectiva de ser freado. A saída apresentada pelos capitalistas e o governo Temer são as reformas trabalhista e da previdência, que visam despejar essa crise sobre as costas dos trabalhadores, precarizando ainda mais os empregos existentes com terceirização e fim da CLT.
Para resolver o problema do desemprego galopante na realidade nacional, nesse setor, em especial, que afeta principalmente a juventude e os setores LGBTs e negros, devido a precariedade de grande parte desses serviços (haja vista o telemarketing), só há uma resposta de fundo que é favorável aos trabalhadores: Redução da jornada de trabalho sem redução salarial, dividindo as horas de trabalho entre todos pra enfrentar o desemprego, que todos trabalhem 5 horas por dia, 6 dias por semana, efetivando todos os terceirizados de todos os ramos da economia. Assim, a crise será paga por quem as gerou, pelos empresários e banqueiros, pelos capitalistas.
O cenário atual mostra mais uma vez que é urgente que as centrais sindicais, principalmente as gigantes CUT e CTB, organizem a luta em comandos locais de trabalho para impulsionar uma greve geral desde a base dos trabalhadores para barrar esses ataques. A paralisação do dia 28 de abril, ainda que dê uma longa trégua para que Temer aplique seus ataques, pode ser uma forte demonstração do que a classe trabalhadora é capaz, assim como foi no dia 15M, mas precisa ser construída através de assembleias nos locais de trabalho e outras ações radicalizadas, que essas centrais sindicais parecem não querer construir de fato. Com informações do jornal Estadão
Créditos: Esquerda Diário

domingo, 24 de dezembro de 2017

Se deve celebrar o Natal?

lguns grupos proselitistas, especialmente as testemunhas de Jeová, afirmam que é proibido celebrar o Natal, porque nenhum dos quatro evangelhos especifica a data do nascimento de Jesus.
Mas isso seria como dizer: “Como não temos a sua certidão de nascimento, não vamos fazer sua festa de aniversário”.

Por outro lado, eles consideram que, no mês de dezembro, por ser extremamente frio em alguns lugares, seria impossível que os pastores tenham estado cuidado das suas ovelhas no campo, como aparece no relato dos evangelhos.

Os primeiros cristãos não pensavam assim. Desde o século IV, o Natal começou a ser celebrado no dia 25 de dezembro, levando em consideração que, nesta data, o dia é mais longo e o sol dura mais tempo iluminando a terra.

Sendo Jesus “a luz do mundo” (João 9, 5) e “o sol que nasce do alto para iluminar os que vivem nas trevas e na sombra da morte” (Lucas 1), considerou-se oportuno fazer a lembrança do nascimento de Jesus coincidir com a data na qual a presença do sol é mais longa com relação à terra.

Na verdade, o que comemoramos no dia 25 de dezembro não é uma data, mas um acontecimento, ou seja, o nascimento de Jesus e o amor misericordioso do Pai. Porque “Deus amou tanto o mundo, que nos deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna”.

De qualquer maneira, pesquisas recentes descobriram que o dia 25 de dezembro representa uma data histórica, como veremos a seguir. Comumente se aceita a notícia antiga segundo a qual a celebração do Natal do Senhor foi introduzida na primeira metade do século IV pela Igreja de Roma por razões ideológicas (para substituir a festa pagã do sol).

A data teria sido estabelecida no solstício de inverno, em dezembro. Portanto, no âmbito cristão, remontando nove meses, teria sido determinada em 25 de março a celebração da anunciação do anjo a Maria. Por conseguinte, seis meses antes do Natal, teria sido colocada também a data do nascimento de João Batista.

Mas então o dia 25 de dezembro, data em que recordamos o nascimento de Jesus, é uma data histórica ou não?

Segundo as últimas pesquisas (cf. Tommaso Federici, “25 de dezembro, uma data histórica”), o dia 25 de dezembro, como dia em que Jesus nasceu, é uma data histórica. Mas como se chegou a esta conclusão? Tendo como ponto de partida o anúncio do anjo a Zacarias.

Mas em que data Zacarias exerceu seu ministério no templo? Sendo da classe de Abias, correspondiam-lhe os últimos dias de setembro, entre 20 e 30.
Portanto, 6 meses depois, Maria recebeu o anúncio do anjo (25 de março);  meses depois, nasceu João Batista (24 de junho); 9 meses depois da anunciação a Maria (25 de março), nasceu Jesus (25 de dezembro).

Os dias 23 de setembro e 24 de junho para o anúncio e nascimento de João Batista, e o dia 25 de dezembro para a anunciação do Senhor e seu nascimento não foram datas arbitrárias nem copiadas de ideologias da época.

As igrejas haviam conservado memórias ininterruptas e, quando decidiram prestar-lhes homenagens nas celebrações litúrgicas, a única coisa que fizeram foi sancionar o uso imemorial da devoção popular.  Foto: Douglas Muth
Créditos: Aleteia

USP terá cotas sociais e raciais para 2018

A Universidade de São Paulo (USP) terá em 2018 reserva de vagas para alunos de escolas públicas e autodeclarados pretos, pardos e indígenas (PPI) nos cursos de graduação da instituição a partir do próximo ano. É a primeira vez que a USP vai adotar um sistema de cotas sociais e raciais.
Segundo a universidade, a reserva será feita de forma escalonada: em 2018, serão reservadas 37% das vagas de cada unidade de ensino e pesquisa; em 2019, a porcentagem deverá ser de 40% de vagas reservadas de cada curso de graduação; para 2020, a reserva das vagas em cada curso e turno deverá ser de 45%; e no ingresso de 2021 e nos anos subsequentes, a reserva de vagas deverá atingir os 50% por curso e turno.
Além das vagas reservadas, para os alunos de escolas públicas incidirá ainda o porcentual de 37% de cotas para estudantes autodeclarados PPI. Este índice equivale à proporção desses grupos no estado de São Paulo, de acordo com o IBGE. As reservas de vagas vão considerar conjuntamente os dois processos de seleção da universidade: a Fuvest e o Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
Em 2017, a USP registrou recorde no número de ingressantes oriundos de escolas públicas em seus cursos de graduação, que passou de 3.763 (34,6%), no ano passado, para 4.036 estudantes (36,9%) neste ano, conforme dados divulgados pela universidade.
O Conselho Universitário também fará ampliação do número de vagas do próximo concurso vestibular que serão destinadas ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu). “Ao todo, em 2018, serão oferecidas 11.147 vagas. Desse total, 8.402 serão reservadas para candidatos aprovados pela seleção da Fuvest e 2.745 para o Sisu”, divulgou a USP. Em relação ao vestibular de 2017, houve aumento de 407 vagas destinadas ao Sisu.
As 2.745 vagas reservadas para o Sisu serão distribuídas em três modalidades: 423 serão para ampla concorrência; 1.312 para estudantes que tenham cursado o ensino médio integralmente em escolas públicas; e 1.010 para alunos de escolas públicas e autodeclarados pretos, pardos e indígenas (PPI). (EBC).
Créditos: Carta Capital

Venezuela expulsa embaixador do Brasil

A Venezuela ordenou neste sábado (23) a expulsão do embaixador do Brasil, Ruy Carlos Pereira, ao declarar que ele é 'persona non grata' no país. A decisão foi anunciada por Delcy Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional Constituinte venezuelana. Em nota, o Itamaraty afirma que, se o ato for confirmado, Brasil aplicará as medidas de reciprocidade.
"No âmbito das competências da Assembleia Nacional Constituinte, em que está justamente a soberania, nas nossas bases de comissão, decidimos declarar 'persona non grata' o encarregado de negócios do Canadá, e declarar 'persona non grata' o embaixador do Brasil, até que se restitua o fio constitucional que o governo de fato vulnerou, no caso deste país-irmão", afirmou Rodriguez, em comunicado transmitido pelo canal de televisão estatal VTV.
A fala de Delcy sobre o Brasil foi uma resposta a um dos jornalistas sobre como outros países tratam a participação de partidos no processo eleitoral.
"Vimos algumas posições minoritárias a nível internacional. Essa é uma informação para este país, não para outros governos", disse ela. "O caso a que você se refere, especificamente, do Brasil, neste ano, depois do golpe de estado que houve no Brasil, contra a presidente Dilma Rousseff, foi aprovada no Congresso a chamada cláusula de barreira, que impede justamente que partidos pequenos possam ter participação eleitoral".
Segundo Delcy, isso não ocorre na Venezuela, com seu "sistema plural de partidos políticos". "Temos uma ampla gama de partidos políticos, com tendências políticas e ideológicas diversas, e plurais. E no caso do Brasil, se evitaria que partidos minoritários possam ter algum tipo de participação política.”
Ela então mudou o assunto e anunciou que a Venezuela decidiu declarar 'persona non grata' tanto ao encarregado de negócios do Canadá quanto ao embaixador brasileiro. Os motivos que levaram às duas decisões, porém, são distintos.
Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou a seguinte nota: "O governo brasileiro tomou conhecimento de declaração de ex-chanceler venezuelana de que o governo desse país teria decidido declarar o embaixador do Brasil em Caracas “persona non grata”. Caso confirmada, essa decisão demonstra, uma vez mais, o caráter autoritário da administração Nicolás Maduro e sua falta de disposição para qualquer tipo de diálogo. O Brasil aplicará as medidas de reciprocidade correspondentes".
“Nós decidimos declarar ‘persona non grata’ o encarregado de negócios do Canadá, por sua intromissão permanente e insistente, grosseira e vulgar nos assuntos internos de Venezuela, apesar de a chancelaria venezuelana, e não é de agora, durante anos tem feito chamados de atenção para que se respeite a convenção sobre relações diplomáticas. Persistentemente, [ele] faz declarações, faz uso do Twitter, para pretender dar ordens à Venezuela.”
Já no caso do Brasil, Dercy explicou que o motivo é o fato de o país ter "vulnerado" o "fio constitucional".
"A chancelaria venezuela fará os trâmites para iniciar este processo declaratório de 'persona non grata'", completou ela.
Em 2016, o governo venezuelano convocou seu embaixador no Brasil após o impeachment de Dilma Rousseff, medida adotada também por Bolívia e Equador. Na ocasião, a Venezuela divulgou ainda uma nota na qual dizia que congelaria suas relações políticas e diplomáticas "com o governo surgido a partir deste golpe parlamentar”.(G1). Foto: AFP.
Créditos: WSCOM

sábado, 23 de dezembro de 2017

A depressão como fenômeno social no capitalismo

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), calcula-se que a depressão afeta mais de 300 milhões de pessoas no mundo, que cerca de 800.000 pessoas se suicidam a cada ano, que 78% dos suicídios ocorrem em países de baixa e média renda, e que o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.

A depressão inclui sintomas como perda do sentido da vida, inibição, desesperança, sentimentos de vazio, infelicidade, um mal estar indefinível e generalizado, desinteresse pelo cuidado pessoal e por atividades que antes eram gratificantes, insônia ou hipersônia, fatiga ou perda de energia, dores de cabeça, transtornos alimentares, diminuição do desejo sexual, dificuldade de raciocínio e concentração, ansiedade, sentimentos de culpa, inutilidade e de um profundo e incontrolável sofrimento.

Algumas de suas consequências são o abandono do trabalho ou dos estudos, conflitos conjugais e/ou familiares, alcoolismo e dependência de drogas; do mesmo modo, a depressão não equivale a suicídio, mas este é uma possibilidade em casos graves. O nível depressivo – leve, moderado ou grave – dependerá do histórico psíquico de cada sujeito e dos recursos com os quais possa contar, como as redes de apoio de familiares e amigos.

No México, os índices de suicídio aumentaram catastroficamente, já que no ano de 1994 foram registrados 2.603 suicídios e, em 2016, estes números cresceram aproximadamente 200%, com 6.370 suicídios registrados. De acordo com dados do órgão mexicano Instituto Nacional de Estadística y Geografía (INEGI 2017), 41,3% destas mortes correspondem a jovens de 15 a 29 anos e 3,7% correspondem a adolescentes de 10 a 14 anos de idade. (Fonte: INEGI Estatísticas de mortalidade).
Além disso, é importante destacar que 8 a cada 10 suicídios no México foram cometidos no interior de domicílios particulares (76,2%), segundo dados do INEGI.

Parece um paradoxo que, por um lado, o termo “depressão” seja cada vez mais utilizado e igualado à tristeza ocasional, mas por outro siga sendo um tabu que “deve” ser enfrentado em segredo e de maneira individual – como se sua aparição fosse um traço unicamente individual! Tal tabu converte a depressão em sinônimo de suicídio, o que se torna um risco para os que dela padecem e são vistos com empatia.

No entanto, não é coincidência que a depressão e suas consequências, como o suicídio, tenham se convertido em uma das principais “doenças do século 21” e uma das principais causas de morte – ou que será num futuro próximo –, em especial para um amplo setor da juventude trabalhadora que vê quebradas suas esperanças de ter uma vida digna, já que as condições de trabalho em que os jovens se inserem a cada dia são mais golpeadas.

A depressão tem múltiplos elementos que não podem ser generalizados porque dependem de cada sujeito, como seu histórico familiar e psíquico; contudo, o fator social é determinante no seu desencadeamento e permanência. Como explica Ana María Fernandez em seu livro Jóvenes de vidas grises (“Jovens com vidas cinzas”), não se pode isolar o contexto social que impossibilita à juventude um planejamento de seu futuro, como têm feito as economias neoliberais que instituem na subjetividade uma quebra de esperança coletiva, o que corresponde a “toda uma estratégia biopolítica de vulnerabilização”.

Tais condições não podem ser explicadas sem se compreender o modo de produção capitalista que a cada dia é mais voraz, que busca aumentar seus lucros precarizando e empobrecendo a vida da classe trabalhadora de conjunto – somente no México há mais de 50 milhões de pessoas em situação de pobreza. E é neste cenário que a juventude se insere num mundo competitivo e a cada vez mais individualista – este setor representa um amplo exército de reserva no mundo do trabalho e enfrenta cada vez maiores dificuldades para estudar, já que possui as piores condições de trabalho e menos de 15% dos que prestam vestibulares para a universidade têm acesso à educação.

O transtorno depressivo e seu crescimento brutal parecem mais ser um sintoma de uma época que reflete a pouca esperança em relação ao futuro, causada pelas condições cada vez mais insustentáveis nas quais vive a classe trabalhadora. Não é de se espantar que este setor sinta um profundo desânimo e tenda à depressão crônica ou ao suicídio.

Como mostram os dados, a maioria dos suicídios ocorre no âmbito privado, mas também existem casos em que claramente se nota o determinante social, como aconteceu em 2012 com Dimitris Christoulas, o aposentado de 77 anos que se suicidou em frente ao parlamento grego. Em parte da carta encontrada nos bolsos do idoso que pôs fim à sua vida.
Créditos: Esquerda Diário

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

País tem 12 milhões de analfabetos e 25 milhões fora da escola

Mais da metade (51%) da população adulta tinha concluído apenas o ensino fundamental em 2016, só 15% tinha curso superior, em diferenças que se acentuam regionalmente, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgados hoje (21) pelo IBGE. A taxa de analfabetismo foi de 7,2%, o correspondente a 11,8 milhões de pessoas, com variação de 3,6% (região Sul) a 14,8% (Nordeste). A diferença também é grande entre brancos (4,2%) e pretos ou pardos (9,9%).
Ainda segundo a pesquisa, na região Nordeste 52,6% da população acima de 25 anos nem sequer havia concluído o ensino fundamental. No Sudeste, 51,1% tinha pelo menos o ensino médio. Só 8,8% dos pretos ou pardos (classificação do IBGE) tinham nível superior, índice que subia para 22,2% entre os brancos. Também era maior entre mulheres (16,9%) do que homens (13,5%).
De acordo com o instituto, quase 25 milhões de pessoas (24,8 milhões) de 14 a 29 anos "não frequentavam escola e não haviam passado por todo ciclo educacional até a conclusão do ensino superior". Mais da metade desse grupo eram homens, e a maioria deles declarou não estudar por causa do trabalho – 24% por desinteresse. No caso das mulheres, 30,5% não estudavam em razão do trabalho, 26% por afazeres domésticos ou por cuidar de pessoas e 15% por desinteresse.
Na média, a população brasileira tem oito anos de estudo. A taxa de escolarização é quase total (99,2%) entre crianças e jovens de 6 a 14 anos. Na faixa de 15 a 17 anos, chega a 87,9%. Dos jovens de 18 a 24 anos, 32,8% frequentavam escola e 23,8% cursavam ensino superior. 
A rede pública predomina no ensino básico, concentrando 73% dos estudantes na educação infantil, 83,4% no fundamental e 85,8% no médio. A situação muda no ensino superior, em que 74,3% frequentam a rede privada. 
A taxa de analfabetismo vai a 7,4% entre homens com 15 anos ou mais. Entre mulheres, 7%. Sobe a 20,4% para pessoas com 60 anos ou mais – 11,7% entre brancos e 30,7% entre pretos ou pardos.
Havia 56,5 milhões de pessoas frequentando escola ou creche em 2016. No caso da crianças de até 3 anos, eram 3,1 milhões (30,4%) na creche. A taxa sobe para 90,2% (4,8 milhões) na pré-escola. Foto: EBC.
Créditos: Rede Brasil Atual

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Políticas de distribuição de renda reduziram pobreza

Os níveis de pobreza e de pobreza extrema aumentaram em 2015 e 2016, mantendo-se estáveis neste ano, de acordo com informe divulgado ontem (20) pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). Segundo a entidade, no ano passado 30,7% da população se encontrava em situação de pobreza, um total de 186 milhões de pessoas. E a pobreza extrema atingia 10%, ou 61 milhões. As projeções para 2018 apontam 187 milhões e 62 milhões, respectivamente.
Conforme o documento Panorama Social, a pobreza é mais elevada entre crianças, adolescentes, jovens, mulheres e população em áreas rurais. Em 2016, atingia 46,7% das crianças e adolescentes de até 14 anos – e 17% de incidência da extrema pobreza. Entre jovens de 15 a 29 anos, chegavam a 31,1% e a 9,5%.
Apesar disso, a médio prazo se percebe um movimento positivo, já que a pobreza caiu 15,2 pontos percentuais entre 2002 e 2016 (de 45,9% para 30,7%). Nesse mesmo intervalo, o Índice de Gini foi de 0,538 para 0,467 – quanto mais perto de zero, menor a desigualdade.
“A experiência recente nos indica que o aumento da renda em lugares de menores recursos tem sido imprescindível para a redução tanto da pobreza como da desigualdade de oportunidades. E a esse crescimento tem contribuído decisivamente as políticas distributivas e redistributivas dos países, como reformas tributárias, salários mínimos, pensões e transferências vinculadas a estratégias de redução da pobreza e à expansão dos sistemas de proteção social", afirmou a secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena.
O informe da Cepal destaca o desafio dos sistemas de pensão, "fundamentais para a garantia de direitos à seguridade social e à proteção social da região, em um contexto de aceleradas mudanças demográficos". Estima-se que em 2040 as pessoas de 60 anos ou mais superarão as de até 14 anos, e que a população de 80 anos  ou mais aumentará em quase 20 milhões.
De acordo com o documento, de 2000 a 2014 cresceu a base contributiva dos sistema de pensão na região. O percentual da população economicamente ativa que participa do sistema passou de 36,9% para 47,8%. "Isso equivale à incorporação de quase 60 milhões de pessoas aos sistemas contributivos e está associado à evolução positiva dos mercados de trabalho no período (especialmente a diminuição do desemprego e aumento dos níveis de ocupação, formalização e renda do trabalho), assim como a implementação de estratégias para ampliar a cobertura do sistema de cobertura social em alguns países", afirma a Cepal.
Ainda assim, a estimativa é de que 142 milhões de pessoas economicamente ativas ainda não estão cobertas. "Essa proporção é mais elevada nas áreas rurais, entre pessoas com menor escolaridade e setores com menor produtividade."
O Brasil é citado como um dos países que terá "acelerado processo de envelhecimento nos próximos anos". A Cepal também destaca o crescimento do número de assalariados que se cotizam no sistema de pensões: de 16,4% em 2002 para 30,6% em 2015, o avanço mais significativo da região, ainda que esteja abaixo da média geral.
Alicia destaca a importância de "fortalecer as políticas de trabalho e proteção social, ainda mais em períodos de baixo crescimento econômico, e implementar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável a partir de uma mudança estrutural progressiva".
Créditos: RBA

Paraíba tem 28 cidades em colapso, com abastecimento de carros-pipa

Por causa da falta de chuvas nos últimos seis anos, 28 municípios do estado da Paraíba estão em situação de colapso no abastecimento. Segundo os dados da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), nessas cidades, os mananciais estão abaixo do nível mínimo para que seja possível fazer o bombeamento de água para a população. Uma das situações mais críticas ocorre em Teixeira, no Sertão do estado, onde as famílias recebem apenas mil litros de água por mês.

Os municípios atingidos pela situação de colapso são: Boa Ventura, Triunfo, Diamante, Carrapateira, Bernardino Batista, Riacho dos Cavalos, Teixeira, Emas, Matureia, Riachão, Tacima, Dona Inês, Damião, Riacho Santo Antônio, Amparo, Aroeiras, Gado Bravo, Sossêgo, Puxinanã, Nova Palmeira, Picuí, Frei Martinho, Barra de Santa Rosa, Nova Floresta, Cuité, Algodão de Jandaíra, Areial, Montadas.

Nos municípios em colapso, a água chega a casa dos moradores exclusivamente através de carros-pipa. Na cidade de Teixeira os carros-pipas só abastecem as casas uma vez por mês. A pouca água é usada com cuidado para matar a sede e cozinhar. “A situação aqui é precária. Aqui, de água mesmo, é uma escassez terrível”, disse a dona de casa Eliana Maria de Sousa, moradora de Teixeira.

Na zona rural do município, o abastecimento é feito pela Operação Pipa do Exército Brasileiro. Para a distribuição nas casas, os militares fazem um cálculo de 20 litros de água por pessoa. A situação é tão complicada que até para quem ganha dinheiro com a venda de carro-pipa, o desejo de ver a população sair do sufoco por falta de água é maior do que a busca pelo lucro “Tá tudo seco. A situação está feia aqui. É melhor ter a chuva, porque eu posso arrumar outro serviço”, disse o pipeiro Sancho Leite.

Segundo o secretário de agricultura de Teixeira, Pedro Bento, há alguns meses a prefeitura tem enfrentado dificuldades para garantir o abastecimento por carro-pipa, alegando falta de repasses financeiros. “A gente tá atuando com cinco carros-pipa, com o auxílio de um trator, mas infelizmente estamos fazendo o que podemos, pois a prefeitura está arcando com todos esses custos, porque a ajuda da Defesa Civil do Estado parou de vir há três meses”, disse Pedro Bento.

A assessoria de imprensa da Defesa Civil do Estado da Paraíba informou que os repasses a cidade de Teixeira e para outros 89 municípios vem através de parceria com o Governo Federal, mas o contrato acabou em 31 de agosto deste ano e, desde então, não tem recebido mais vergas. Ainda de acordo com a assessoria um novo plano foi aprovado, mas o recurso ainda não foi liberado.

Já o Ministério da Integração Nacional informou que qualquer outro novo repasse vai ser feita de acordo com suplementações financeiras realizas pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, mas ainda não há previsão para isso.(Do G1).
Créditos: Focando a Notícia

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Consumidores pagarão R$ 16 bi em subsídios na conta de luz em 2018

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu na terça-feira (19) que os consumidores de energia pagarão R$ 16 bilhões nas contas de luz em 2018 para cobrir os custos com subsídios do setor elétrico. O valor será destinado à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). O fundo financia medidas como pagamento de indenizações a empresas; subisídio à conta de luz de famílias de baixa renda; e compra de parte do combustível usado pelas termelétricas que geram energia para a região Norte do país e para programas como o Luz Para Todos.
A estimativa da Aneel é que a medida cause o seguinte impacto nas tarifas de energia: Consumidores das regiões Norte e Nordeste: 0,77%; Consumidores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste: 2,72%.
Os R$ 16 bilhões a mais nas contas do ano que vem representam aumento de 22,71% em relação ao valor pago pelos consumidores de energia neste ano: R$ 13,03 bilhões. Desse total de R$ 16 bilhões R$ 12,22 bilhões: serão pagos por todos os consumidores (incluindo os que compram energia diretamente das geradoras);R$ 3,79 bilhões: serão pagos somente pelos consumidores cativos (atendidos pelas distribuidoras de energia, ou seja, residências, comércio e parte das indústrias).
Créditos :Blog do BG

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Recessão levou 9 milhões de brasileiros de volta à pobreza

 Devido à crise econômica, pouco mais de 9 milhões de pessoas voltaram à pobreza entre 2015 e 2016. Destes, 5,4 milhões vivem atualmente em condição de "extrema pobreza". O levantamento foi realizado pelo Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), que apontou o aumento do desemprego e a deterioração da renda como causas.

O estudo, divulgado pelo jornal Valor Econômico, cruzou dados da Síntese de Indicadores Sociais e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), ambos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Especialistas ressaltam que, entre 2004 e 2014, cerca de 40 milhões de pessoas deixaram a linha da pobreza, e lembram que o atual recrudescimento da miséria ocorre justamente em momento de enfraquecimento da rede de proteção social e dos programas de transferência de renda, promovidos pelo governo Temer, que coloca a culpa na crise fiscal e nos governos anteriores. 

Contudo, apesar de o IBGE ter divulgado, na última sexta-feira (15), que, em 2016, 25,4% da população (52,2 milhões de pessoas) vivia abaixo da linha de pobreza, e 6,5% ( 13,35 milhões de pessoas) na extrema pobreza, devido à mudanças metodológicas, o instituto não apresentou comparativo com os anos anteriores, trabalho então realizado pelos pesquisadores do Iets. 

De acordo com o IBGE, que, por sua vez, utiliza referencial do Banco Mundial, são considerados pobres aqueles que vivem com até R$ 387,07 mensais, e extremamente pobres aqueles que recebem até R$ 133,72 mensais. 
Créditos: Rede Brasil Atual