Uma triste realidade foi divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): 15,2 milhões de brasileiros estavam em situação de extrema pobreza no ano passado. Isso significa que eles viviam em 2017 com renda inferior a US$ 1,90 por dia, o equivalente a cerca de R$ 140 por mês.
Enquanto isso, os parlamentares no Brasil (deputados e senadores) têm um salário de R$ 33.763 (35 vezes o salário mínimo atual), auxílio-moradia de R$ 4.253 ou apartamento de graça para morar, verba de R$ 92 mil para contratar até 25 funcionários, e verba de R$ 30.416,80 a R$ 45.240,67 por mês para gastar com alimentação, aluguel de veículo e escritório, divulgação do mandato e outras despesas.
Considerando apenas o salário, sem os benefícios, um parlamentar recebe por mês o equivalente a toda a renda de um brasileiro em situação de extrema pobreza em 20 anos. A desigualdade é tão grande no Brasil que o país ocupa agora o 9º lugar no ranking global de desigualdade de renda, segundo o relatório ‘País Estagnado: um retrato das desigualdades brasileiras’, . Oxfam.
Créditos: Observatório do Terceiro Setor