terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Indústria e infraestrutura investirão R$ 1,4 tri

A economia brasileira deve movimentar R$ 1,38 trilhão em investimentos industriais e de infraestrutura, no período 2015 a 2018. A estimativa é do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A cadeia produtiva de empresas que demandam a indústria deve ter fluxo de negócios superior a R$ 928,82 bilhões, ao longo dos quatro anos.
O impacto na cadeia produtiva será 13,7% maior que no período 2010 a 2013. Segundo o banco, a desaceleração da economia não deve influir negativamente na previsão, uma vez que os investimentos em infraestrutura são de longa maturação e menos influenciáveis pela conjuntura.
Os dados são utilizados para o planejamento e indicam as áreas industriais mais demandadas. A construção civil deve receber 8,6% a mais no volume de demanda que no período 2010-2013, com R$ 279,29 bilhões. Em seguida vem o setor automotivo, com R$ 276,56 bilhões, 5% mais que no mesmo período anterior.
Dos R$ 928,82 bilhões de fluxo de negócios estimados, R$ 700 bilhões devem ser movimentados pelas áreas da construção, automotiva e metal mecânica. As projeções consideram apenas o que será produzido, excluindo impostos, custos com transportes e de comércio.
De acordo com o BNDES, até 2018, os setores administração, saúde e educação devem aumentar o fluxo em 36,10%. O de eletroeletrônicos aumentará em 29% e, o comércio, 27,7%.
No estudo referente a 2010-2013, as expectativas de investimento levantadas pelo BNDES alcançaram 90% do total realizado. As perspectivas de investimento e seus impactos são revisados pelo banco a cada seis meses.
Para o superintendente-adjunto de ciclos econômicos do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), Aloísio Campelo, são importantes os empreendimentos de longo prazo na indústria brasileira. Ele considera razoável a projeção de movimentação de recursos na economia originada de investimentos programados pela indústria, mesmo num contexto de atividade mais fraca.
Segundo Campelo, mais da metade da atividade da indústria da transformação é focada em bens intermediários, como os setores de siderurgia e celulose, cujos projetos têm duração de três ou quatro anos. Para ele, previsões de um PIB mais fraco não assustam empresários com projetos de expansão orgânica, com aumento de capacidade.
“A formação bruta de capital (FBCF – medida de investimentos no total da economia) está na faixa de 17% a 18% e não oscila há alguns anos”, explicou Campelo.
Créditos: Agencia PT

Pelo menos 90 cristãos raptados pelo Estado Islâmico

Foto de arquivoPelo menos 90 cristãos foram
raptados, na segunda-feira, por militantes do Estado Islâmico (EI), no nordeste da Síria.
A informação é avançada pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos, cujo diretor, Rami Abdel Rahman, precisou que os ataques ocorreram depois de o EI ter atacado duas localidades cristãs sob o controlo de forças curdas, na província de Hassakeh.
Créditos: A Bola

Justiça decide que menores de 6 anos não podem frequentar ensino fundamental

Limite de estudantes por turma vai de 25 a 35 alunos, dependendo da etapa educacional O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, ontem (23), que escolas públicas e particulares não devem aceitar a matrícula de crianças menores de 6 anos (a completar até 31 de março do ano letivo) no ensino fundamental. Alunos com idade inferior devem ser matriculados na etapa de ensino anterior, que é a pré-escola. A regra já tinha sido regulamentada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), mas era questionada judicialmente em alguns estados por pais e redes de ensino que pediam a flexibilização da idade corte.

O CNE defende que crianças menores do que 6 anos, ainda que tenham capacidade intelectual, ainda não atingiram a maturidade necessária para esta etapa de ensino. A decisão da Primeira Turma do STJ reformou acórdão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) que admitiu o acesso de alunos menores de 6 anos de idade no ensino fundamental em Pernambuco, mediante a comprovação de capacidade intelectual do aluno por meio de avaliação psicopedagógica.
Créditos: EBC


Caminhoneiros mantêm bloqueios de rodovias para o transporte de carga

As manifestações de caminhoneiros em várias estradas do país, intensificadas, mantêm interditadas para o transporte de carga várias rodovias do país. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), rodovias de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e do Rio Grande do Sul estão parcialmente ou totalmente bloqueadas. 
Mato Grosso, Santa Catarina e o Paraná são os estados que apresentam o maior número de interdições. Em Santa Catarina, os caminhoneiros intereomperam 11 trechos de rodovias, em oito deles o bloqueio é total. No município de São Miguel do Oeste, a interdição já dura três dias. Caminhoneiros ocupam trechos das BRs-163, 282, 158, 116, 470 e 153.

No Paraná, 12 trechos estão interditados. Todos eles nos dois sentidos da via. Somente carros de passeio, veículos de socorro, ônibus e caminhões e carretas com cargas perecíveis têm a passagem liberada em todos os pontos. Em Pérola Doeste, no quilômetro 64 da BR-163, a manifestação chega ao terceiro dia.

Nos municípios de Marechal Cândido Rondon, Laranjeiras do Sul e Paranavaí, a interdição começou na tarde de hoje. Segundo a PRF, há registros de congestionamentos em Pérola Doeste e Guarapuava, nos dois sentidos da via.
Em Mato Grosso, são oito os trechos interditados, todos com bloqueio total. A BR-163 tem interdição em quatro trechos: quilômetros 746, 598, 686 e 685. Na BR-364, o trânsito está interrompido nos quilômetros 196, 588, 614 e 397.
Em Mato Grosso do Sul, o quilômetro 256 da BR-163 está interditado nos dois sentidos. No Rio Grande do Sul, caminhoneiros ocupam dois trechos da BR-285, quilômetros 301 e 273,5. Em Goiás, a BR-364 está com interdição nos quilômetros 299,2 e 195. Em Minas Gerais, são três pontos na BR-381: quilômetros 677, 617 e 513. No local, o tráfego é liberado somente para carro de passeio, ônibus, veículos com carga perecível ou viva e ambulâncias.

Para a Confederação Nacional dos Transportes Autônomos (CNTA), o transporte rodoviário de carga passa por dificuldades em consequência da atual situação da econômica do país. “A alta da inflação, aliada aos aumentos dos impostos do combustível, retrai a economia e acaba refletindo na diminuição dos fretes, o que significa menos dinheiro no bolso do caminhoneiro”, diz a entidade em nota divulgada nesta segunda-feira.
A CNTA sugeriu à categoria um plano de ação para reivindicar a diminuição do preço do óleo diesel, o subsídio do diesel para o caminhoneiro autônomo e a repartição dos financiamentos de caminhões para o caminhoneiro. A CNTA informou ainda que pediu uma reunião com o governo federal para debater as reivindicações.

A Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná (Fetranspar), que é um dos estados mais atingidos pelos bloqueios, admite que o aumento dos preços dos combustíveis é uma queixa comum entre os caminhoneiros e pede medidas urgentes do governo. A entidade, no entanto, é contrária às interdições das rodovias para o transporte de carga. Para a Fetranspar, o bloqueio de caminhões e o consequente desabastecimento em alguns municípios está gerando prejuízos para transportadores e “um problema para terceiros que nada têm a ver com o setor”.
Créditos: Agencia Brasil

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

A ditadura do capital especulativo

Spread é uma expressão – mantida em inglês para facilitar a camuflagem do seu significado –, que indica o ganho líquido dos bancos, a diferença entre o que pagam pelo dinheiro que captam e o que recebem pelo que emprestam. Leve R$ 100 reais ao banco para uma aplicação, e no mês seguinte retire R$ 100,50. Dê a volta no balcão e consulte o mesmo funcionário sobre quanto pagará se quiser tomar emprestado a mesma nota de R$ 100. Ele provavelmente dirá que você terá de devolver, no mês seguinte, algo próximo R$ 110. A diferença é o spread, o ganho improdutivo, à custa do suor alheio.
Quando se procura no dicionário o significado da palavra, lá no final, como uma das alternativas, aparece um provável sentido real: “banquete”. Porque disso se trata, de um banquete especulativo. O capital financeiro nasceu como apêndice, apoio do capital produtivo. O proprietário de terras tomava dinheiro emprestado para comprar sementes e devolvia uma parte do ganho na colheita para pagar o empréstimo. Na era de hegemonia do capital industrial continuou assim.
Na passagem para a era neoliberal, o lema dominante foi “desregulamentar” (regras impostas pelo Estado ao mercado), porque o capital deixa de investir quando há muitas travas para sua circulação. O capital, livre dessas travas, voltaria a investir, as economias voltariam a crescer e todos ganhariam.
Não foi o que aconteceu porque, como lembrava sempre Marx, o capital não foi feito para produzir, mas para acumular. Livre de travas, gozando de taxas de juros altas, de baixa tributação sobre os ganhos nas Bolsas de Valores e com liquidez total, os capitais se transferiram, maciçamente, para a especulação financeira. Um fenômeno gigantesco que se deu em escala mundial, fazendo do capital financeiro, na sua modalidade especulativa, o setor hegemônico nas economias. Um capital que não gera bens, nem empregos, que não financia a produção, nem a pesquisa, nem o consumo, mas vive da compra e venda de papéis. Mais de 90% dos movimentos econômicos no mundo são compra e venda de papeis.
Neoliberalismo e hegemonia do capital financeiro são assim almas gêmeas, um não existe sem o outro. Por isso, as crises neoliberais começam no sistema bancário, antes de se alastrar para o resto da economia. E são imediatamente atendidas porque, dizem os economistas neoliberais, se os bancos quebrarem, as telhas caem nas cabeças de todo mundo.
Na atual crise internacional do capitalismo, iniciada em 2007/08, o risco de quebra generalizada dos bancos, que haviam absolutamente afrouxado o controle sobre créditos – especialmente imobiliários –, fez com que o objetivo geral fosse “salvar os bancos”. Os bancos foram salvos, mas quebraram Grécia, Portugal, Espanha, Itália...
No Brasil, a presidenta Dilma se deu conta, na campanha de 2010, de que não haveria um novo ciclo expansivo da economia com as taxas escorchantes de juros reinantes. E se comprometeu a baixá-las, no seu mandato, a uma taxa em torno de 5%, ao padrão médio internacional e do nível interno de inflação. Assim, deixariam de acorrer os capitais especulativos de fora e os capitais nacionais não teriam as justificativas para serem canalizados à especulação, em vez da produção.
O governo começou a diminuir a taxa de juros, como resposta sofreu ataque de terrorismo econômico da mídia a serviço dos bancos, e voltou a subi-las. Já no começo do segundo mandato, a tendência parece se reiterar: defender-se do terrorismo econômico elevando as taxas de juros. Não haverá novo ciclo expansivo da economia incentivando-se a especulação com juros escorchantes. Os juros do cartão de crédito chegam aos patamares da crise de 1999. A taxa mensal chega a passar de 10%, mesmo com taxas de inflação anual na casa de 6%. Imaginem o tamanho do tal do spread. Isso, sim, é um banquete às custas do país.   Por Emir Saber 
Créditos: Rede Brasil Atual

Balança comercial acumula déficit de US$ 1,78 bilhão em fevereiro

O país importou US$ 1,779 bilhão a mais do que exportou nas três primeiras semanas de fevereiro. O valor foi divulgado, há pouco, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Somente na segunda e na terceira semanas do mês, o país comprou US$ 1,754 bilhão a mais do que vendeu para o exterior. 

A estatística da segunda semana de fevereiro ainda não tinha sido divulgada por causa do carnaval. Com o desempenho nas últimas duas semanas, a balança comercial – diferença entre exportações e importações – acumula déficit de US$ 4,953 bilhões. Apesar de continuar no vermelho, o saldo é 26,7% menor que o resultado negativo de US$ 6,755 bilhões registrado em 2014 até a terceira semana de fevereiro.

O déficit da balança comercial em 2015 está menor porque as importações estão caindo mais que as exportações. No acumulado do ano, as importações somam US$ 27,665 bilhões, com queda de 10,1% pela média diária. As exportações totalizam US$ 22,712 bilhões, retração de 8,1% também pela média diária.

A queda das exportações afeta todas as categorias de mercadorias. Os produtos básicos acumulam retração de 19,4% em fevereiro na comparação com o mesmo mês do ano passado. A queda foi puxada por soja em grão, minério de ferro e carne bovina e suína. As vendas de semimanufaturados têm recuo de 1,3%, por causa principalmente de açúcar bruto, semimanufaturados de ferro e de aço e ferro-liga. As exportações de manufaturados caíram 8,1%, com destaque para polímeros plásticos, máquinas de terraplanagem, motores e geradores.

Em relação às importações, as maiores reduções nas três primeiras semanas do mês em relação a fevereiro do ano passado ocorrem com produtos farmacêuticos (-24,8%), borracha para obras (-18,4%), veículos automóveis e partes (-16,9%) e instrumentos de ótica e de precisão (-16,6%).

Créditos: Agencia Brasil

Acre: chuvas afetam 800 famílias em Brasileia e deixam 200 pessoas desabrigadas

Em Assis Brasil o Rio Acre já baixou mais de 3,5 metros. Agora, a preocupação maior é em Brasileia e Epitaciolândia, pois o nível do rio continua subindo (Divulgação Secom Acre)As chuvas que atingiram o Acre neste fim de semana fizeram o Rio Acre – que corta todo o estado – transbordar em diversos municípios. Em Brasileia, por exemplo, 800 famílias ribeirinhas foram afetadas pela enchente. Na cidade, que faz fronteira com a Bolívia, ao menos 200 pessoas estão desabrigadas. Brasileia está em situação de emergência. O governador Tião Viana espera o aval da Defesa Civil nacional para decidir sobre o decreto de estado de calamidade.

Viana ressaltou a necessidade de técnicos da Defesa Civil irem ao estado para verificar a situação por que passam os acrianos. Segundo ele, é necessário “observar outros itens que [vão além] do que é a situação de emergência decretada”. É preciso avaliar se há necessidade de decretar a calamidade pública em Brasileia, disse.

Na capital, Rio Branco, o rio também transbordou, deixando a prefeitura em alerta. Um abrigo público foi montado no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco, com capacidade para 160 famílias. Em Assis Brasil, cidade acriana na fronteira com o Peru, a cheia do Rio Acre atingiu 140 casas.
Em Xapuri, a 175 quilômetros da capital, o rio ultrapassou a cota de transbordamento de 13,4 metros, chegando a quase 15 metros. Técnicos do estado afirmam que há probabilidade que o nível suba ainda mais. Pelo menos 60 famílias tiveram que deixar suas casas e estão alojadas em escolas e no ginásio poliesportivo da cidade de Xapuri.
Créditos: Agencia Brasil