terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Exportação de automóveis sobe 116% em janeiro

As exportações de veículos iniciaram o ano com um salto de 116% em janeiro em comparação ao mesmo mês do ano passado, informou na segunda-feira (1º) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). 

Em volume, o Brasil vendeu no exterior 29 mil unidades de veículos. O número é mais do que o dobro dos 14,7 mil automóveis exportados em janeiro do ano passado.

A disparada nas vendas logo no primeiro mês de 2016 se deve, entre outros fatores, a recentes acordos automotivos internacionais negociados pelo Brasil. Ao comentar esse desempenho, o diretor de Estatística e de Apoio às Exportações do Mdic , Herlon Brandão, citou o acordo firmado com Colômbia e a renovação dos acordos automotivos com a Argentina e o México.

Segundo ele, as exportações de veículos do Brasil em janeiro subiram 400% para a Colômbia, primeiro mês de vigência do acordo automotivo. Para a Argentina as exportações de automóveis aumentaram 164% e para o México,101%. A perspectiva para o restante do ano é de permanência dessa boa performance. “O setor automotivo no Brasil espera por aumento da exportação de veículos em 2016”, comentou o diretor.Fonte: Portal Brasil com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
Créditos: Portal Brasil

OAB pedirá impeachment de Cunha à Câmara e ao STF

O conselho federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu nesta segunda (1º), em votação colegiada, pedir o impeachment do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

A entidade, cujo novo presidente Claudio Lamachia foi empossado hoje, oficiará o parlamento e também o Supremo Tribunal Federal defendendo que Cunha seja afastado da presidência do parlamento.
A Ordem reforçará o pedido apresentado recentemente à Corte pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que em dezembro solicitou o afastamento cautelar do peemedebista do cargo de deputado federal e também da presidência da Câmara.
Cunha é alvo de investigação na Operação Lava Jato. Ele é apontado como beneficiário de cerca de 5 milhões de dólares em propina como forma de viabilizar contratos de navio-sonda da Petrobras. Foto: J.GGN
Créditos: WSCOM

Cientistas iniciam os testes de olhos biônicos

Cientistas na Austrália começarão os testes de um novo sistema de olhos biônicos que poderia melhorar a visão de pacientes de forma muito mais efetiva que as tecnologias atuais de restauração.
 O olho biônico Phoenix 99, desenvolvido por engenheiros da Universidade de Nova Gales do Sul (UNSW), é um sistema inédito totalmente implantável de tecnologia de estimulação neural. O dispositivo, que tem demonstrado sucesso em trabalhos pré-clínicos de uma equipe de especialistas cirúrgicos de Sydney, recebeu recentemente um financiamento para colaborar na etapa de implantação humana.
 “Nós estávamos realmente animados com o primeiro teste, porque ele provou que a tecnologia e a técnica de implementação funcionam. Pacientes podem aprender a usar a tecnologia da mesma forma que uma pessoa com uma prótese coclear na orelha ‘aprende’ a ouvir impulsos elétricos”, disse um dos inventores do sistema, Gregg Suaning.
A equipe da UNSW pesquisa a tecnologia do olho biônico desde 1997, com o objetivo de restaurar a visão de pessoas com retinite pigmentosa – a principal causa de cegueira em pessoas mais jovens -, além de degeneração macular relacionada à idade.
 Retinite pigmentosa é uma condição degenerativa que afeta até 2 milhões de pessoas no mundo, geralmente aparecendo em pacientes com em média 30 anos, podendo levar à cegueira total em 10 anos. Embora medicamentos possam retardar o seu progresso, eles são caros e só estão disponíveis em países desenvolvidos. Os cientistas ainda não sabem como reverter a degeneração.
 Uma maneira de restaurar a visão de pessoas afetadas por retinite pigmentosa poderia ser via visão biônica. Em 2012, os engenheiros da UNSW faziam parte de uma equipe que testou um protótipo, parcialmente implantado em três pacientes com retinite pigmentosa.
O protótipo consiste de uma matriz de 24 eletrodos com um sistema eletrônico externo que permitiu que os pacientes enxergassem pontos de luz, chamados fosfenos. Com a ajuda de câmeras especiais, os usuários também poderiam ter uma noção de distância, os fosfenos apareciam mais brilhantes quando objetos estavam mais próximos. “É incrível! Quanto mais eu uso o dispositivo, mais natural ele parece”, disse Dianne Ashworth, uma das receptoras do implante.
 Em contraste com este protótipo anterior, os novos dispositivos Phoenix99 permitem uma visão significativamente melhor. Suaning e seu colega, Nigel Lovell, planejam implantar o Phoenix99 em até uma dúzia de pacientes ao longo dos próximos dois anos. A cirurgia leva de 2 a 3 horas, e a única “marca” que ela deixa é um pequeno disco localizado atrás da orelha, que transmite energia e dados para o dispositivo, que, por sua vez, fornece impulsos elétricos para a parte de trás do olho.
 O usuário também usa um par de óculos equipados com uma pequena câmera. As imagens captadas ajudam a definir a estimulação das células nervosas na retina do paciente, enviando sinais para o córtex visual do cérebro.
 De acordo com os pesquisadores, o sistema do olho biônico tem o potencial de restaurar a visão de milhões de pessoas em todo o mundo, indo além daqueles afetados por retinite pigmentosa. Milhões de pessoas com degeneração macular relacionada à idade também poderiam ser tratadas.
 A equipe acaba de receber novos financiamentos – cerca de 1 milhão de dólares – do Conselho Nacional de Saúde e Pesquisa Médica (NHMRC) da Austrália, mas os cientistas dizem que vão precisar de aproximadamente 10 milhões nos próximos cinco anos para que deixem suas pesquisas clinicamente acessíveis.
Créditos: Jornal Ciência

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Mais de 10 mil crianças refugiadas desapareceram na Europa

Mais de 10 mil crianças refugiadas e desacompanhadas desapareceram na Europa nos últimos 18 e 24 meses, informa a agência policial Europol, acrescentando que muitas delas devem estar sendo exploradas, principalmente de forma sexual, pelo crime organizado. Segundo Brian Donald, da Europol, citado pelo diário britânico "The Observer", esse número diz respeito a crianças cujos rastros foram perdidos depois de serem registradas junto às autoridades europeias. Cerca de metade delas desapareceu na Itália. 

"Não é fora de razão estimar que estamos falando de um total de mais de 10 mil crianças", explica Donald. "Mas nem todas estariam sendo exploradas para fins criminosos, há algumas que se juntaram a seus familiares. É só que não sabemos onde estão, o que fazem e com quem". Segundo a Europol, o número foi obtido com base nas informações fornecidas pelos países europeus ou disponíveis publicamente - por exemplo, na internet. 

A Europol ainda estima que cerca de um milhão de migrantes chegaram à Europa em 2015 como parte da pior crise migratória que atinge a Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Cerca de 27% deles são crianças. "Nem todos os menores de idade estão desacompanhadas, mas temos provas de que uma grande parte deles poderia estar sozinhos", afirma Donald. Ele garante que uma "infraestrutura criminosa" europeia visa os refugiados para diversos fins. 

Na Alemanha e na Hungria, em particular, um grande número de criminosos foram detidos por explorar essas pessoas. "Um infraestrutura inteira tem se desenvolvido ao longo dos últimos 18 meses", afirma o agente da Europol. "Há na Alemanha e na Hungria prisões nas quais a grande maioria dos residentes foram colocados em razão de atividades criminosas relacionadas com a crise migratória". Grupos criminosos que se dedicam ao tráfico de seres humanos passaram a atuar também nas redes de imigração ilegal para explorar os refugiados, ressalta Donald, que lembra a escravidão ou as atividades ligadas ao comércio do sexo. 

Organizações que trabalham na "Rota dos Balcãs" indicaram à Europol que veem a exploração de crianças como um "grande problema", segundo a mesma fonte. O governo britânico anunciou na quinta-feira que pretende acolher as crianças refugiadas que foram separadas de suas famílias pelo conflito na Síria e em outros países.
Créditos: Cruzeiro do Sul

Morte por agrotóxicos é grave problema de saúde pública, diz Fiocruz

Dados do Ministério da Saúde (MS) mostram um grave problema de saúde pública: a falta de registro sobre as mortes por intoxicação provocadas por agrotóxicos. A conclusão é da pesquisadora Rosany Bochner.

Ela coordena o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox) e é pesquisadora do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnologia em Saúde (Icict).

Rosane analisou dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e constatou que há subnotificação e notificações irregulares sobre mortes provocadas por agrotóxicos.
O próprio Ministério da Saúde estima que a subnotificação faz com que, para cada evento de intoxicação por agrotóxico notificado, há outros 50 não comunicados.
Segundo dados do Sinitox, foram registrados, no período de 2007 a 2011, 26.385 casos de intoxicações por agrotóxicos de uso agrícola, 13.922 por agrotóxicos de uso doméstico, 5.216 por produtos veterinários e 15.191 por raticidas.

Os agrotóxicos são o terceiro grupo responsável pelas intoxicações, com 11,8% dos casos. Antecedido pelos medicamentos (28,3%) e animais peçonhentos (23,7%).
Os óbitos causados por agrotóxicos de uso agrícola atingiram 863 pessoas (39,4%), os de uso doméstico 29 casos (1,3%), os produtos veterinários corresponderam a 22 ocorrências (1,0%) e os raticidas causaram 138 óbitos (6,3%).

Segundo levantamento feito por Rosany Bochner, desses óbitos, apenas 14 (1,3%) foram registrados como ocupacionais. Rosany Bochner analisou 33 mortes registradas no Brasil pelo SIM, no período de 2008 a 2012. Ela considerou o perfil socioeconômico; ano de óbito, estado e local do acidente, causas associadas aos óbitos decorrentes de intoxicações, dentre outros pontos.

Agricultores são afetados

A exposição a agrotóxicos atinge em especial agricultores, que podem ser afetados pela manipulação direta ou por meio de armazenamento inadequado, reaproveitamento de embalagens, roupas contaminadas ou contaminação da água. Trabalhadores da agricultura e pecuária, de saúde pública, de firmas desintetizadoras, de transporte e comércio dos agrotóxicos, de indústrias de formulação de agrotóxicos são os principais profissionais sujeitos à exposição ocupacional a agroquímicos.

Segundo o relatório divulgado pelo Inca - Vigilância do Câncer relacionado ao Trabalho e ao Ambiente -, a exposição aos agrotóxicos pode ocorrer “pelas vias digestiva, respiratória, dérmica ou por contato ocular”.

Podem determinar quadros de intoxicação aguda (quando os sintomas surgem rapidamente, algumas horas após a exposição excessiva e por curto período aos produtos tóxicos), subaguda (ocorre por exposição moderada ou pequena a esses produtos, e tem surgimento mais lento, com sintomas subjetivos e vagos, tais como dor de cabeça, fraqueza, mal-estar, dor de estômago e sonolência, dentre outros) e crônica (quando o surgimento dos sintomas “é tardio, podendo levar meses ou anos, acarretando por vezes danos irreversíveis, como distúrbios neurológicos e câncer”).

Créditos: Brasil de Fato

Governo aposta em acordos comerciais para exportação agrícola crescer US$ 22 bi

O Brasil responde atualmente por 7% do comércio mundial do agronegócio e o governo federal quer elevar essa participação para 10% nos próximos três anos, disse a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, na última sexta-feira (29) em Brasília. O aumento representará, segundo a ministra, cerca de US$ 22 bilhões a mais para o País a cada ano.

Para chegar a essa posição, autoridades e empresários do setor agropecuário irão acelerar as negociações comerciais internacionais a fim de ampliar as exportações de produtos da agricultura e da pecuária. “O aumento da exportação do agronegócio é concreto e real. Não estamos projetando sonhos, temos absoluta certeza de que seremos muito importantes no abastecimento do mundo”, declarou a ministra.

A avaliação do Brasil como importante fornecedor de alimentos no abastecimento do mundo é feita, conforme citou Kátia Abreu, pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e Banco Mundial. Nesse sentido, o interesse do Brasil está nos grandes consumidores mundiais de alimentos e em negociações envolvendo Ásia, Américas e Europa. Nesse grupo, a prioridade são 20 países asiáticos com indicação de forte aumento no consumo de alimentos nos próximos anos, como China, Índia, Indonésia, Malásia, Filipinas e Cingapura.
Créditos: Portal Brasil

Cunha tem mais cinco contas no exterior, segundo delatores da Lava Jato, diz jornal

Segundo a Folha de S.Paulo, à tabela de transferências bancárias no exterior entregue pelos empresários Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, no acordo de delação premiada firmado entre eles e a Procuradoria-Geral da República na Operação Lava Jato.

A documentação está sob sigilo, mas ontem (31) o jornal revelou que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é acusado de ter recebido propina em pelo menos mais cinco contas no exterior, até então desconhecidas pelo governo brasileiro. Se confirmadas, já serão nove contas ligadas ao peemedebista no exterior, considerando as quatro descobertas em outubro na Suíca envolvendo ele e sua família.
Os valores informados somam US$ 3,9 milhões entre 2011 e 2014, enviados de contas na Suíça dos delatores para cinco contas no exterior, que, segundo eles, foram indicadas por Eduardo Cunha.
A reportagem diz que, de acordo com os empresários, os valores referem-se a propina para Cunha conseguir liberação de verbas do fundo de investimentos do FGTS para o projeto do Porto Maravilha, no Rio. A Carioca Engenharia obteve a concessão em consórcio com as construtoras Odebrecht e OAS.
De acordo com a Folha, a liberação seria feita por influência do aliado de Cunha Fábio Cleto, que ocupou uma vice-presidência da Caixa Econômica Federal e também o conselho do fundo de investimento do FGTS.
Créditos: Rede Brasil Atual