quinta-feira, 20 de julho de 2017

Moro bloqueia "bens" de Lula

 Banco Central bloqueou, por determinação do juiz federal Sérgio Moro, R$ 606.727,12 do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado na semana passada pelo juiz a 9 anos e meio de prisão.
O confisco dos ativos do petista foi decretado a pedido do Ministério Público Federal. Além do dinheiro, Moro confiscou de Lula três apartamentos e um terreno, todos os imóveis em São Bernardo do Campo, grande São Paulo, e também dois veículos.
Moro pediu o bloqueio de até 10 milhões de reais dos ativos do ex-presidente. A quantia de 606 mil reais foi o valor encontrado em quatro contas de Lula: R$ 397.636,09 no Banco do Brasil; R$ 123.831,05 na Caixa Econômica Federal; R$ 63.702,54 no Bradesco; e R$ 21.557,44 no Itaú.
O juiz pediu ainda o confisco de bens de Lula em até 13,7 milhões de reais. A quantia corresponde a 16 milhões supostamente desviados para favorecer o PT, menos o valor do tríplex atribuído a Lula, que já foi bloqueado pela Justiça. 
De acordo com reportagem do blog de Fausto Macedo, do jornal O Estado de S.Paulo, a Procuradoria da República afirma no pedido que após assumir a Presidência da República, "Lula comandou a formação de um esquema delituoso de desvio de recursos públicos destinados a enriquecer ilicitamente, bem como, visando à perpetuação criminosa no poder, comprar apoio parlamentar e financiar caras campanhas eleitorais".
Os procuradores da força-tarefa da Lava Jato queriam o bloqueio de uma fortuna de R$ 195,2 milhões, incluindo multas e acréscimos a título de reparação de danos. A força-tarefa não atribui este patrimônio a Lula. O montante faz parte de um cálculo efetuado por procuradores com base em danos à Petrobras.
Além do ex-presidente, o pedido incluiu como alvo do confisco dona Marisa Letícia, que morreu e teve extinta sua punibilidade. No último dia 14, apenas dois dias depois de condenar Lula, o juiz Moro acolheu parte do requerimento da Procuradoria.
Créditos; Carta Capital

Janot estuda denunciar Temer por compra de votos com cargos

247-O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse, na noite desta quarta-feira, que se as movimentações que ocorrem no Congresso antes da votação da denúncia contra  Michel Temer configurarem "desvio de finalidade aberta", terá que "analisar e estudar a questão". Janot evitou antecipar uma posição sobre o tema:
"Se há um jogo político, isso faz parte do jogo político. Agora, se houver um desvio de finalidade aberta, nós temos de analisar e estudar a questão. Seria leviano eu antecipar alguma informação ou juízo de valor sobre uma matéria que eu não sei. Se o orçamento é participativo, tenho de analisar a emenda dentro do orçamento participativo. Não é um cheque que o cara chega jogando", diz.
Parlamentares da Rede e do PSOL pediram à Procuradoria-Geral da República que investigue o empenho de emendas parlamentares nas vésperas da votação da denúncia contra Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. 
Na terceira palestra proferida nesta quarta em Washington, nos Estados Unidos, o procurador-geral destacou a expansão do combate à corrupção pela América Latina por meio da Lava-Jato. Ele disse aos presentes na George Mason University não acreditar que o Brasil diminua a corrupção endêmica sem que os países de seu entorno façam o mesmo. Sem coesão, segundo Janot, o Brasil vai acabar “exportando” corrupção para os vizinhos. As informações são de reportagem de Rodolfo Borges em O Globo.
Créditos: Brasil 247

Hacker desvia US$ 30 milhões

Um hacker desviou o equivalente a US$ 30 milhões (cerca de R$ 95 milhões) de carteiras da moeda virtual Ethereum explorando uma falha de segurança no software "Parity", usado para administrar as chamadas carteiras multiassinatura. O roubo só não foi maior porque um grupo de especialistas retirou de circulação todo o dinheiro vulnerável (outros R$ 230 milhões) com a intenção de devolver tudo aos verdadeiros donos.
A Ethereum é uma moeda virtual semelhante ao Bitcoin, mas que tem um foco maior em "contratos inteligentes". A moeda tem atraído interessados com seus programas de ICO ("Initial Coin Offering"), em que investidores depositam Ethereum para financiar empresas de tecnologia, especialmente empresas voltadas a aplicações da própria moeda. O investimento é convertido em um tipo de apólice digital ("token") que equivale a ações da empresa. Os investidores, portanto, se tornam donos do negócio, tendo direito a lucros futuros.
Já carteiras multiassinatura são aquelas em que várias pessoas de um determinado grupo precisam dar autorização para o uso dos fundos. O objetivo disso é permitir a criação de esquemas de administração compartilhada de recursos com segurança. Como é um tipo especial de carteira, a administração delas é um pouco diferente, o que pode exigir o uso de programas específicos, como o Parity.
Um erro na configuração dessas carteiras multiassinatura permitiu que os fundos fossem transferidos sem a autorização dos donos legítimos. O Parity é desenvolvido por uma empresa fundada por Gavin Wood, que também é fundador da moeda Ethereum. Os responsáveis estão trabalhando em uma correção para eliminar a vulnerabilidade.
Segundo roubo milionário
Este é o segundo roubo milionário na rede Ethereum esta semana. A start-up CoinDash foi hackeada durante sua ICO. O invasor modificou o endereço informado aos investidores, o que fez com que os fundos fossem depositados em outra carteira, controlada pelo invasor. O rombo foi de US$ 7 milhões (R$ 22 milhões).
Oscilação da Ethereum atinge mercado de placas de vídeo
O Ethereum vale cerca de US$ 200 no momento, uma queda considerável em relação ao pico de US$ 390 obtido em meados de junho. A moeda chegou a cair para US$ 150 no domingo (16), mas vem se recuperando.
O intenso uso de placas de vídeo para a mineração de Ethereum tem movimentado o mercado de chips gráficos, que chegou a ficar desabastecido. Isso elevou o preço de alguns modelos de placas de vídeo, especialmente modelos de entrada que oferecem maior custo-benefício para os mineradores.
Oscilações no valor da Ethereum vem sendo associadas a um aumento de ofertas de placas gráficas usadas na web, já que, com a moeda valendo menos, muitos dos mineradores perdem o interesse e se desfazem do equipamento adquirido para minerar a moeda.(G1).
Créditos: WSCOM

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Parlamentares que vão votar perdão de dívidas devem R$ 533 milhões

Deputados e senadores que devem à União R$ 532,9 milhões serão os responsáveis por aprovar o texto do novo Refis - programa de parcelamento de débitos tributários e previdenciários concedido com descontos generosos de juros e multas. O governo enviou uma proposta ao Congresso, em janeiro, com a expectativa de arrecadar R$ 13,3 bilhões este ano, mas a medida foi alterada pelos parlamentares, derrubando a arrecadação para R$ 420 milhões. A nova versão pretende perdoar 73% da dívida a ser negociada.
Os dados da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), responsável pela gestão da dívida ativa, foram obtidos pelo "Estadão/Broadcast" por meio da Lei de Acesso à Informação. O valor inclui dívidas inscritas nos CPFs dos parlamentares, débitos nos quais eles são corresponsáveis ou fiadores e o endividamento de empresas das quais são sócios ou diretores.
Os R$ 532,9 milhões em dívida dos parlamentares consideram apenas as dívidas em aberto, ou seja, o endividamento classificado como "irregular" pela PGFN. Isso porque deputados e senadores já foram beneficiados por parcelamentos passados. O total de débitos ligados a deputados e senadores inscritos em Refis anteriores - ou seja, que estão sendo pagos e se encontram em situação "regular" - é de R$ 299 milhões.
Companhias administradas por parlamentares respondem pela maior parte dos calotes à União que seguem em aberto. As empresas de 76 deputados federais devem R$ 218,7 milhões, enquanto as geridas por 17 senadores acumulam débitos de R$ 201,2 milhões. É nesse grupo que está incluído o deputado Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG), relator da medida provisória do novo Refis e responsável por modificar totalmente o teor do texto original para ampliar as vantagens aos devedores.
A Receita Federal vai recomendar o veto do novo Refis se permanecerem as condições propostas pelo relator. Desde o início, a Receita queria que essa versão do parcelamento saísse com regras duras para desestimular os "viciados" em parcelar dívidas tributárias - contribuintes que pagam apenas as primeiras prestações e depois abandonam os pagamentos à espera de novo perdão. Desde 2000, já foram lançados 27 parcelamentos especiais.
A PGNF informou ainda que 11 deputados são corresponsáveis em dívidas que chegam a R$ 31,8 milhões, bem como 3 senadores estão arrolados em débitos de terceiros que somam R$ 62,2 milhões.
A lista do órgão de cobrança expõe ainda os débitos diretos dos parlamentares, inscritos nos próprios CPFs. Nesse grupo estão 29 deputados federais, com dívida total de R$ 18,9 milhões, e 4 senadores, que juntos devem R$ 6 milhões. 
Deputados e senadores não enxergam conflito de interesse em discutir um novo Refis, com perdão de juros e multas em dívidas da União, mesmo sendo potenciais beneficiados do novo programa de parcelamento.(O Tempo).
Créditos: Estadão

Cunha delata Temer e lista de deputados que receberam para votar a favor do impeachment

247-Um trecho da delação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tem assustado seus ex-colegas na Câmara dos Deputados.É o que revela os deputados federais que receberam dinheiro para votar a favor do impeachment de Dilma Rousseff, em abril do ano passado, quando Cunha presidia a Câmara. A denúncia, que consta na proposta de delação, já teria sido aceita pelo Ministério Público Federal.
Segundo o jornalista Ricardo Noblat, do Globo, Cunha, que está preso desde outubro, "não se limitou a dar os nomes – a maioria deles do PMDB. Citou as fontes pagadoras e implicou o presidente Michel Temer. Reconheceu que ele mesmo em alguns casos atuou para que os pagamentos fossem feitos".
Noblat diz ainda que Cunha "contou o que viu e acompanhou de perto e o que ficou sabendo depois. Não poupou nem aqueles deputados considerados mais próximos dele", uma forma de retaliar os que o abandonaram numa hora difícil - ele teve seu mandato cassado por 450 votos.
O acordo de delação premiada de Cunha, que é feito simultaneamente ao do operador Lúcio Funaro, que também está preso, podem servir de base para uma nova denúncia contra Michel Temer, a ser apresentada pela Procuradoria Geral da República.
A denúncia de Cunha sobre o impeachment só comprova ainda mais que tudo não se passou de um golpe.
Créditos: WSCOM

terça-feira, 18 de julho de 2017

Agricultura mantém estabilidade do emprego formal em junho

A agricultura contribuiu para manter estável o emprego formal no país em junho, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na segunda-feira (17) pelo Ministério do Trabalho. Com a maioria dos setores fechando vagas com carteira, a agricultura, pelo período de safra, permitiu que o saldo fosse ligeiramente positivo, com acréscimo de 9.821 postos de trabalho, variação mínima de 0,03%. Foram aproximadamente 1,182 milhão de contratações e 1,172 milhão de demissões no mês passado.
A indústria de transformação fechou 7.887 vagas formais, enquanto a construção civil eliminou 8.963. Também houve diminuição do número de empregos com carteira no comércio (-2.747) e nos serviços (-7.273). Enquanto a administração pública ficou próxima da estabilidade (704), a agricultura abriu 36.827 postos de trabalho.
No primeiro semestre, o país registra acréscimo de 67.358 empregos (0,18%). Construção e comércio fecham vagas (-33.164 e -123.238, respectivamente), enquanto indústria (27.775), serviços (60.757), administração pública (18.372) e agricultura (117.013) têm expansão.
No acumulado em 12 meses, são menos 749.060 empregos com carteira, redução de 1,91%. Apenas a agricultura cresce: 9.490 vagas. A construção fecha 283.254 e o os serviços, 216. 242. Indústria (-157.316), comércio (-73.655) e administração pública (-12.223) também caem. O estoque de empregos formais no país é de 38,4 milhões (ou exatos 38.387.679).
Créditos: Rede Brasil Atual

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Indústria de SP demite quase 10 mil trabalhadores em junho

O setor industrial paulista, condensado na patronal da FIESP, demitiu 9,5 mil funcionários em junho, numa queda de 0,44% em relação a maio, na série sem ajuste sazonal. Trata-se do segundo resultado mês consecutivo com resultado maior de demissões — em abril, a indústria de São Paulo havia reduzido seus quadros em 3 mil funcionários, revertendo dois meses de resultados positivos, segundo dados jornal Valor Econômico. 

O segmento que mais demitiu foi o de produtos alimentícios (-2.341), seguido por impressão e reprodução de gravações (-1.332), bebidas (-1.302) e móveis (-1.118). Das 27 regiões paulistas com demissões maiores que a criação de empregos, conta-se Botucatu (-4,34%), por confecção de artigo do vestuário (-32,53%) e produtos alimentícios (-0,42%); Santos (-1,65%), influenciado por produtos de metal (-9,31%) e produtos minerais não metálicos (-1,90%) e Matão (-1,49%), por máquinas e equipamentos (-2,18%) e produtos alimentícios (-0,94%).
Créditos: Esquerda Diário