domingo, 22 de abril de 2018

Vacina da gripe disponível no Brasil protege contra vírus H3N2, que provocou epidemia nos EUA

Doses de vacinas contra a gripe no Brasil (Foto: Reprodução/ EPTV)
A vacina da gripe disponível no Brasil nessa temporada contém proteção contra versão do H3N2, vírus que circulou com força no hemisfério norte em janeiro desse ano. Por lá, essa forma do vírus puxou o número de infectados pelo influenza para 47 mil, o dobro do registrado em 2017. Em laboratórios da rede privada, o imunizante já está disponível a um preço médio de R$ 130.

Na rede pública, o Ministério da Saúde informa que a campanha nacional destinada aos mais vulneráveis deve começar na segunda quinzena de abril. Geralmente, as vacinas contra o influenza são disponibilizadas no Brasil entre abril e maio para proteção em junho, período em que o vírus da gripe começa a circular com mais força. Os vírus utilizados para a confecção da vacina são atualizados anualmente e, esse ano, a vacina brasileira ganhou essa nova forma do H3N2 que ajudou a provocar a epidemia mais grave registrada nos EUA nos últimos 13 anos.

No hemisfério norte, a vacina acabou por não ser atualizada em tempo e, por isso, o vírus acabou fazendo mais vítimas, explica o infectologista e pediatra Renato Kfouri. “Normalmente, há um pareamento entre o vírus circulante e a vacina, mas isso acabou não acontecendo no hemisfério norte e houve um aumento expressivo no número de casos”, diz Kfouri.

“Por aqui, a vacina brasileira já vai conter a forma do vírus que circulou no hemisfério norte, mas ainda precisamos ver se vai haver esse pareamento entre a vacina e a forma circulante”, explica o especialista. “Essa forma que circulou nos EUA foi mais virulenta, o que significa dizer que foi mais agressiva que as demais”, aponta Kfouri.

O médico detalha que os vírus influenza conseguem sofrer pequenas mutações que, embora não tão diferentes do ponto de vista morfológico, são suficientes para “enganar” o sistema imunológico e provocar infecções mais graves.

O H3N2 já fez 10 vítimas no Brasil em 2018 — não há confirmação, no entanto, se os óbitos ocorreram por essa forma circulante nos Estados Unidos. Segundo o Ministério da Saúde, o país registrou 228 casos de influenza e 28 óbitos. Do total, 57 casos e 10 óbitos foram por H3N2. Em relação ao vírus H1N1, foram registrados 84 casos e 8 óbitos.

Ainda foram registrados 50 casos e 6 óbitos foram por influenza B. A pasta informa que os outros 37 casos e 4 óbitos foram provocados por influenza A sem subtipo definido. Em 2017 (ano todo), foram registrados 2.691 casos e 498 óbitos por influenza. As informações são do G1.
Créditos: Focando a Notícia

sábado, 21 de abril de 2018

Governo Temer retira verba de área social para publicidade

O governo federal deixará de investir verbas em áreas sociais para compor os gatos com publicidade e comunicação institucional da presidência. No dia 10 de abril, o Ministério do Planejamento publicou a portaria 75 de 2018 retirando ao menos 208,9 milhões de reais de programas de combate à violência contra a mulher, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), do Sistema Único de Saúde (SUS), e de geração de emprego e renda.


A portaria trata de créditos suplementares, que é quando o governo transfere verba entre os ministérios sem a necessidade da aprovação do Congresso. Para a comunicação institucional da presidência serão encaminhados 203 milhões de reais. Para o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2018, o Congresso aprovou 84 milhões reais dos 287 milhões de reais requeridos pelo governo. Agora, com o crédito suplementar, o Ministério do Planejamento alcança o valor desejado inicialmente.

A abertura de créditos suplementares foi um dos argumentos utilizados pelo Congresso para defender o impeachment de Dilma Rousseff. Em 2016, Rodrigo Maia, presidente da Câmara, sancionou lei que permite a liberação de créditos sem consulta aos parlamentares.

A mesma manobra foi utilizada para os valores destinados a chamada Publicidade de Utilidade Pública da Presidência da República. A previsão inicial do PLOA era a de 23 milhões de reais, sendo aprovado pelo Congresso 17 milhões de reais. Com a nova portaria, mais 5,9 milhões de reais irão para a publicidade, alcançado também o valor inicial previsto pelo governo.

As áreas que terão seus recursos suprimidos são: Promoção da Igualdade e Enfrentamento à Violência, da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (21,7 milhões de reais); Reforma Agrária e Governança Fundiária, do INCRA (55 milhões de reais), Fortalecimento do Sistema Único de Saúde (30 milhões de reais), e geração de emprego e renda do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (137,7 milhões de reais).

O corte no SUS inclui ações de implementação de políticas de atenção à saúde e o piso de atenção básica em saúde. Já na área de transportes, a verba seria destinada ao transporte aquaviário, transporte terrestre, aviação civil, e pelo menos 115 milhões de reais de investimento em geração de emprego e renda do setor.

Os cortes mais significativos na política de reforma agrária foram nas ações de organização da estrutura fundiária – 40 milhões de reais, obtenção de imóveis rurais para criação de assentamentos da Reforma Agrária – 12 milhões de reais, e promoção da educação no campo – 1,2 milhões de reais.

Segundo levantamento feito pela bancada do Psol, de 2016 para 2017 o governo do presidente Michel Temer dobrou os gastos com as publicidades de utilidade pública. Em 2016 foram gastos aos menos 12 milhões de reais e, em 2017, 26 milhões de reais.
Além da Secretaria de Comunicação, o setor agropecuário também receberá 7,7 milhões de reais em créditos suplementares.
Créditos: Carta Capital

Rússia encontra provas do preparo de armas químicas em laboratório terrorista na Síria

Laboratório químico de militantes na cidade síria de Douma
Militares russos encontraram mais uma evidência da produção de substâncias venenosa pelos terroristas de Jaish al-Islan na cidade síria de Douma, onde em 7 de abril ocorreu um ataque , que foi usado como pretexto para os EUA e seus aliados acusarem o governo e bombardearem o país. Isso foi comunicado aos jornalistas pelo especialista das Tropas de Proteção de Radiação, Química e Biológica, coronel Aleksandr Rodionov. 

"No decorrer da inspeção em laboratório químico dos terroristas foi encontrada a substância hexamina em grandes quantidades, o que é mais uma prova de que os militantes estavam organizando fabricação das armas químicas", afirmou Rodionov. Ele acrescentou que essa substância é usada na preparação do explosivo, bem como para produção de substâncias venenosas do tipo sarin.

Em 17 de abril, militares russos encontraram um laboratório em Douma que pode ter sido usado pelos terroristas na produção de armas químicas. Um membro aposentado da comissão biológica da ONU disse à Sputnik que o equipamento do laboratório foi "muito provavelmente" produzido na Alemanha ou Reino Unido.

Em 14 de abril, os EUA, França e Reino Unido lançaram ataques aéreos contra a Síria em resposta ao alegado uso de armas químicas em Douma. Os ataques foram realizados no mesmo dia em que a missão da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) iniciaria a investigação do alegado uso de armas químicas em Douma, após a culpa pelo alegado incidente ter sido imediatamente atribuída a Damasco pelo Ocidente.
Créditos: Sputnik


sexta-feira, 20 de abril de 2018

Franciscano na Síria: “Assad não usa armas químicas"

O padre Bahjat Elia Karakach, franciscano da Custódia da Terra Santa, é um dos mais respeitados religiosos católicos na Síria. Superior do convento dedicado à conversão de São Paulo, a principal paróquia de rito latino na capital, Damasco, ele usa palavras duríssimas para denunciar que o governo sírio está sendo alvo de uma mentira alimentada pelos EUA e seus aliados na Europa, no Golfo Pérsico e no Oriente Proximo. 
O padre Bahjat se refere às acusações de que o governo do ditador Bashar Al-Assad teria usado armas químicas contra civis na região de Goutha, a poucos quilômetros de Damasco, na semana passada. O suposto ataque já foi negado também pelos russos, aliados de Assad, que acusam os norte-americanos e britânicos de terem forjado esse crime com a manipulação de informações e imagens alegadamente tiradas do seu real contexto.
Goutha é um dos últimos enclaves que restam nas mãos dos rebeldescontrários ao ditador Assad. A maioria deles é formada por milicianos da Al-Qaeda.
Não se trata de uma defesa de Assad e da sua ditadura por parte do pe. Bahjat, como, precipitadamente, alguns críticos interpretaram. Trata-se de uma denúncia de manipulação e de um pedido para que todos os lados desta guerra absurda e genocida sejam claramente levados em conta, sem assumir como verdadeira apenas a versão vendida por influentes segmentos da mídia mundial.
“A quem me pergunta sobre o uso de armas químicas pelo governo, eu gostaria de lembrar que, em 2003, o Iraque foi atacado pelos Estados Unidos e seus aliados com a justificativa de combater um regime que tinha armas químicas. E era mentira”. E prossegue:
“Toda vez que o exército sírio consegue reconquistar uma área que tinha sido tomada pelos rebeldes terroristas, acontece uma armação para convencer a opinião mundial de que o regime sanguinário precisa ser combatido. Tudo isso é uma grande mentira porque o nosso governo não é estúpido de fazer uma coisa que daria margem para um ataque ocidental. O exército não precisa usar armas químicas, elas já foram desmanteladas sob o controle dos russos, já faz alguns anos. Hoje se avança sem o uso desses métodos para vencer a guerra contra o terrorismo”.
Para o padre Bahjat, as vitórias do regime de Assad contra os rebeldes terroristas não interessam ao mundo ocidental e aos seus aliados no Golfo Pérsico.
“Isto [os avanços do exército sírio] desagrada quem financia os terroristas. E nós dizemos isto sem papas na língua”. 

“O mundo ocidental que sustenta os terroristas, instrumentos e aliados dos estados árabes do Golfo, principalmente a Arábia Saudita, para defender os interesses desses países e de Israel. Digam isso. Falem desta grande mentira, vamos dizer a verdade!”
Embora seja notório que o regime ditatorial de Bashar Al-Assad tenha perpetrado graves abusos e violências contra o povo da Síria, também é verdade que as atrocidades perpetradas pelos rebeldes são bastante menos denunciadas pela mídia ocidental.
As muitas dúvidas sobre o que de fato aconteceu em Goutha semana passada, porém, têm forçado os comentaristas a abordarem também as outras versões. Mas as acusações de mentiras, omissões e deturpações da realidade no país massacrado pela guerra não são recentes: quem vive em primeira mão o contexto local as vem fazendo há anos.
Entre os que denunciam a tergiversação dos fatos, não faltam bispos, sacerdotes e religiosas católicos, sejam do rito latino, sejam dos ritos católicos orientais presentes na região.
“Ninguém fala do que está acontecendo aqui em Damasco. Mas faz semanas que estamos sob o bombardeio dos rebeldes. As escolas estão fechadas, a vida social e econômica está paralisada. Até poucos minutos atrás, estivemos sob ataque dos morteiros de Goutha, dos rebeldes”.
pe. Munir Hanashy, pároco em Damasco e diretor das escolas salesianas da capital síria, foi entrevistado por telefone poucas horas depois de um dos bombardeios dos rebeldes contra a cidade, no começo de março. Ao site italiano Il Sussidiario, ele declarou que está na hora de admitir que existem dois lados da moeda e que a situação não é simplória como foi pintada por Obama e Trump e pela maior parte da mídia ocidental, tanto de esquerda quanto de direita.
Mísseis dos rebeldes contra civis
 O pe. Munir afirma que sangrentos ataques com mísseis são feitos pelos rebeldes em resposta aos bombardeios das tropas governistas de Bashar Al-Assad.
“Em Damasco faz anos que somos atacados. Você acha que um governo não pode reagir e tentar acabar com os chamados rebeldes para nos defender? Nem são mais ataques só com morteiros: eles aprenderam a fazer mísseis e é isso o que eles estão lançando contra nós”.
O padre também descortina o pano de fundo dos massacres para além das explosões:
“No meio de tudo isto, infelizmente, ficam os civis de ambos os lados, mas ninguém diz que, quando tinha acabado de começar a trégua proposta por Putin, com os corredores humanitários, os atiradores rebeldes alvejavam os civis de Goutha que tentavam escapar. Ou que muitos civis são sírios sequestrados que estão presos em jaulas ao longo da fronteira para que o nosso exército não possa bombardear a região [ocupada pelos rebeldes]. Eles usam escudos humanos. Sempre usaram nesta guerra, inclusive em Aleppo.
A irmã Yola, missionária do Coração Imaculado de Maria em Damasco, testemunhou logo após uma noite de bombardeios em março:
“Não dormimos esta noite. Das 2h às 5h as explosões foram contínuas. Cerca de um mês atrás tudo estava quieto, parecia quase que a guerra tinha acabado, a não ser em Bab Touma, onde os mísseis continuaram sendo lançados. Mas depois da chegada do exército os lançamentos de mísseis aumentaram. Os mísseis nos apavoram porque causam explosões enormes”.
Em Bab Touma foi atingido, entre tantos outros civis, o menino Lias, de 8 anos de idade. Seus pais tinham tentado durante anos até conseguirem ter um filho, para que depois o pequeno fosse assassinado pelos mísseis rebeldes. A religiosa prosseguiu, em suas declarações de março que ainda seriam válidas hoje:
“Bab Touma é agora o lugar mais perigoso. Faz duas semanas eu tive que ir lá e saí muito rápido para tentar evitar os mísseis. Escapei por muito pouco. Logo depois que saí, os rebeldes lançaram 11 mísseis. Foi um verdadeiro pesadelo”.
Créditos: Aleteia

Petrobras anuncia privatização de quatro refinarias

Segundo informe da empresa, o modelo da venda ainda não foi apreciado formalmente pela Diretoria Executiva ou Conselho de Administração - Créditos: Petrobras
Petrobras,  comunicou os funcionários que irá vender 60% das refinarias Presidente Getúlio Vargas (Repar-Paraná), Abreu e Lima (RNEST-Pernambuco), Landulpho Alves (RLAM-Bahia) e Alberto Pasqualini (Refap-Rio Grande do Sul). A operação da estatal ficaria mantida apenas nas unidades de refino do Sudeste. 

O modelo de privatização inclui os chamados ativos logísticos (dutos e terminais) administrados pela Transpetro. Segundo informe da empresa, o modelo ainda não foi apreciado formalmente pela Diretoria Executiva ou Conselho de Administração.
Pedro Parente, presidente da Petrobras, e os diretores Ivan Monteiro, Jorge Celestino e Eberaldo de Almeida Neto, fez uma transmissão interna à categoria na tarde desta quinta para explicar a privatização.

Para o presidente do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro), Mário Dal Zot, apesar de todo o esforço da direção em tentar emplacar a venda como uma ação necessária para atrair investimentos e mitigar riscos, a privatização de grande parcela do parque do refino nacional nada mais é do que uma parcela do golpe em curso no país. “Alcançar o poder sem o endosso do sufrágio universal tem um preço e sabe-se que ele é demasiadamente alto, talvez até impagável”, afirma.

Desde sua fundação, a Petrobras é alvo da cobiça do mercado. Atravessou períodos problemáticos da história do país, como o suicídio de seu criador Getúlio Vargas e diversos anos de governos neoliberais referendados pelo voto popular. “Em todos esses momentos, a resistência da categoria foi fundamental para manter a companhia como patrimônio nacional”, explica Dal Zot.

A oficialização da privatização do parque de refino nacional causa revolta na categoria petroleira, mas não surpreende. A Petrobrás esta em evidência na mídia desde o início da Operação Lava Jato e, a partir daí, a empresa passa por um processo de venda de ativos e desinvestimentos. “É a principal vítima do golpe e a cereja do bolo para o mercado financeiro internacional”, disse o presidente do Sindicato.

O processo de privatização da Petrobras já abocanhou as subsidiárias Liquigás e BR Distribuidora, bem como grandes áreas do Pré-Sal. Agora bate à porta das refinarias, dutos e terminais. Em âmbito regional, o modelo anunciado nesta quinta-feira atinge a refinaria de Araucária (Repar), os terminais aquaviários da Transpetro de Paranaguá (Tepar) e de São Francisco do Sul-SC (Tefran), os terrestres de Biguaçu, Guaramirim e Itajaí, todos em Santa Catarina, além dos Oleodutos Opasc, Olapa e Ospar.

Ao que tudo indica, o processo de privatização do refino não será tarefa fácil para os gestores da Petrobras. A categoria petroleira promete resistir para evitar a abertura de mercado. “Já estamos debatendo as formas de ação para impedir a privatização, inclusive com indicativo de greve nacional na companhia. Agora é resistir e lutar até vencer”, concluiu Dal Zot.
Créditos: Brasil de Fato

Americanos terão 90% da Embraer

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 A engenharia de absorção da Embraer pela Boeing avança. A proposta é criar uma nova empresa com controle da Boeing e participação minoritária da Embraer. Os conselhos das empresas discutem neste momento os percentuais de participação, mas os americanos deverão ficar com um número entre 80% e 90% da companhia.  
Além de todo mercado interno e externo que a Embraer detém, os projetos bem sucedidos da segunda geração dos E-Jets (aeronaves executivas), líder no mercado mundial, os americanos terão acesso à mão-de-obra brasileira na área de engenharia, considerada de alta qualidade e estratégica para acelerar projetos hoje algo estagnados na empresa americana, como a criação do substituto do Boeing-757. Foto: Wikipedia. Leia mais aqui.
Créditos: Brasil 247

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Extrema pobreza sobe 11% no Brasil

Há cerca de 150 anos atrás, Marx afirmava que o sistema capitalista possui uma contradição intrínseca: enquanto os grandes capitalistas concentram cada vez mais capital, a grande massa de trabalhadores é jogada no desemprego e na miséria. Muitos economistas liberais já argumentaram que Marx estava errado, e que a concorrência capitalista proporcionaria cada vez mais melhora de vida dos trabalhadores. Mas a realidade insiste em afirmar Marx.

O capitalismo em crise joga cada vez mais trabalhadores e jovens na miséria extrema, enquanto algumas poucas famílias abastadas acumulam ainda mais riqueza. O número de brasileiros em situação de pobreza extrema subiu 11,2% entre 2016 e 2017, passando de 13,34 milhões para 14,83 milhões. Com isso, a porcentagem de pessoas nesta condição no país pulou de 6,5% para 7,2% de um ano para o outro. Os dados são de um estudo da LCA Consultores com base nos microdados da Pnad Contínua divulgados nesta quarta-feira (11) pelo IBGE.

É considerado em extrema pobreza aquele que ganha menos de US$ 1,90 de renda domiciliar per capita por dia ou 136 reais por mês. A referência de renda que define pobreza é do Banco Mundial e usa dólar em paridade de poder de compra, uma medida que equaliza o valor de bens e serviços nos diferentes países.

Se não bastasse, o governo Temer e seus aliados, querem descarregar ainda mais os efeitos da crise nas costas dos trabalhadores com os ajustes, reforma trabalhista e a reforma da previdência. Os capitalistas e seus serviçais no congresso querem que a população trabalhe até a morte.

O salario mínimo estipulado pelo DIEESE em março de 2018 foi estipulado no valor de R$ 3.706,44, ou seja, 3,84 vezes o salário mínimo nacional de R$ 954,00. Esse seria o salario para um trabalhador pudesse ter uma vida digna e manutenção de uma família de quatro pessoas, levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

A alta da pobreza aconteceu em todas as regiões brasileiras, indo de 2% na região Norte (1,95 milhão para 1,99 milhão de pessoas) a 24% na região Centro-Oeste (4,4 milhões para 5,5 milhões). O Nordeste, por exemplo, teve uma alta de 10,8% na pobreza extrema, um pouco abaixo da média nacional, mas concentra mais da metade das pessoas nestas condições.

Um verdadeiro caos social se instala nas grandes cidades e no interior com milhares de pessoas vivendo nas ruas, aumento da violência, do consumo de drogas e do tráfico. A miséria dos trabalhadores cresce cada vez mais e a juventude não tem perspectivas de estudo de qualidade e de emprego digno, vivendo dias de incerteza e angústia. Foto: Alexandre Brum / O Dia.
Créditos: Esquerda Diário