O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, anunciou nesta quinta-feira (21) que não vai renunciar e que vai se submeter ao julgamento político de destituição aprovado pelo Congresso, em consequência de um confronto armado que matou pelo menos 6 policiais e 11 camponeses na sexta-feira passada.
"Este presidente não vai apresentar renúncia ao cargo e se submete com absoluta obediência à Constituição e às leis para enfrentar o julgamento político com todas as suas consequências", afirmou o chefe de Estado em uma mensagem à nação.
"Este presidente não vai apresentar renúncia ao cargo e se submete com absoluta obediência à Constituição e às leis para enfrentar o julgamento político com todas as suas consequências", afirmou o chefe de Estado em uma mensagem à nação.
Não existe nenhuma causa válida, nem política, nem jurídica, que me faça renunciar a este juramento", acrescentou.
A Câmara paraguaia, controlada pela oposição, aprovou inesperadamente um pedido de julgamento político para destituir Lugo por "mau desempenho de suas funções", informaram oficialmente fontes parlamentares.
A petição foi aprovada por 73 votos contra 1, após a matança em Curuguaty, a 250 quilômetros a nordeste da capital, Assunção.
Agora, o processo passará ao Senado, que também é controlado pelos adversários de Lugo. Caso seja aprovado, o julgamento de impeachment será realizado no Senado
As próximas eleições presidenciais estão marcadas para 23 de abril de 2013, e o mandato de Lugo termina em 15 de agosto daquele ano.
Eulalio López, líder sem-terra da Liga Nacional de Camperos, envolvida nos violentos choques com a polícia, pediu que seus partidários se mobilizem para defender o presidente.
Em caso de renúncia do presidente, assumirá seu lugar o vice, Federico Franco, líder do Partido Liberal, componente da Aliança Patriótica para a Mudança (APC), a coalizão que venceu as eleições presidenciais de 2008.
O presidente anunciou na quarta-feira a formação de um grupo civil que, com o apoio da OEA, vai investigar o conflito agrário.
Lugo, um ex-bispo da religião católica, eleito há quatro anos com promessas de defender as necessidades dos pobres, tem tido dificuldades para levar sua agenda de reformas.(tribunahoje)
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