"Todo paulistano que quiser sacar uma bicicleta dos bicicletários que nós vamos espalhar pela cidade para fins de integração não vai pagar pelo deslocamento", prometeu o candidato. "Se ele não integrar, se usar a bicicleta como meio de transporte exclusivo, ele vai pagar um valor simbólico, de R$ 0,20 a R$ 0,25. Vai ser uma bicicleta pública", completou ele, que prevê que o usuário utilize um bilhete único personalizado, em que consta o CPF. O período de integração vai durar três horas, segundo Haddad, que deve apresentar mais detalhes no domingo, quando anunciará seu plano de governo.
A declaração do ex-ministro da Educação se deu um dia após o Diário Oficial do Estado (DOE), órgão do governo de São Paulo, desaconselhar em uma matéria o uso de bicicletas para a locomoção dentro da capital paulista. Segundo Jorge dos Santos Silva, chefe do grupo de trauma ortopédico do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas e único médico ouvido para a elaboração da reportagem, o aumento no número de acidentes com ciclistas cresceu como consequência do maior número deles nas ruas.
"Para não colocar a vida de quem pedala em risco, recomendo não usar a bike (sic) no trânsito de São Paulo. É uma opção segura de lazer em cidades menores, parques públicos e em ciclovias instaladas na capital, aos domingos", declarou o médico. A assessoria de imprensa do governo declarou posteriormente que a reportagem não expressa a opinião do Executivo. Em nota, o governo se disse "absolutamente favorável à ampliação do uso de bicicletas na capital e em todo o Estado".
"A preocupação com segurança é necessária, mas você não pode impedir o desenvolvimento de um meio de transporte tão importante para a cidade hoje em função disso", criticou Haddad. "Você tem que preparar cada vez mais a cidade para esse tipo de deslocamento: tem que ter vias secundárias, com preferência para bicicleta, vias de apoio como ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas."
Pela zona leste
Parte da estratégia de aproximação do candidato com a população, a caminhada de Haddad começou na Vila Prudente, foi para a Vila Alpina e terminou em uma rápida aparição no Parque São Lucas, todos na zona leste da capital paulista. Por causa de uma chuva insistente e da agenda apertada - Haddad chegou ao bairro às 15h30, com uma reunião marcada às 16h na zona norte -, o candidato apenas tomou um café, conversou com jornalistas e foi embora.
Parte da estratégia de aproximação do candidato com a população, a caminhada de Haddad começou na Vila Prudente, foi para a Vila Alpina e terminou em uma rápida aparição no Parque São Lucas, todos na zona leste da capital paulista. Por causa de uma chuva insistente e da agenda apertada - Haddad chegou ao bairro às 15h30, com uma reunião marcada às 16h na zona norte -, o candidato apenas tomou um café, conversou com jornalistas e foi embora.
Durante a conversa, além de detalhar a proposta de transporte em duas todas, o petista falou sobre as obras do Monotrilho Expresso Leste, que ele visitou entre um bairro e outro. "O monotrilho vai ser feito. Mas temos que ver se vai ser preciso (uma obra) complementar, pra saber se vai dar conta de toda a demanda de Cidade Tiradentes", afirmou ele, tomando café em pé, dentro da padaria Rainha de São Lucas.
Atrasado para um encontro com empresários do setor de fretamento às 16h no Anhembi, o petista entrou no carro e foi embora. Abandonado, o vereador Chico Macena, candidato à reeleição que acompanhou Haddad no Parque São Lucas, foi almoçar. Seus militantes, de bandeiras na mão e com gritos histéricos, foram atrás dele. Só sobraram o bonecão do vereador e a chuva.(Terra)
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