A exposição de duas horas à luz artificial de dispositivos eletrônicos provoca alterações nos níveis do hormônio melatonina no organismo e leva a atrasos no sono, especialmente em adolescentes. É o que sugerem pesquisadores do Rensselaer Polytechnic Institute, nos Estados Unidos.
A descoberta pode ajudar no desenvolvimento de dispositivos eletrônicos que não interrompem os ritmos circadianos do organismo.
A melatonina é um hormônio produzido pela glândula pineal à noite e em condições de escuridão em ambas as espécies diurnas e noturnas. A exposição à luz durante a noite pode retardar ou mesmo interromper a produção de melatonina.
Pesquisas anteriores mostraram que a supressão de melatonina pela luz durante a noite resulta em ruptura do ritmo circadiano e tem sido implicada em perturbações do sono e aumento do risco de diabetes e obesidade.A equipe de pesquisa, liderada por Mariana Figueiro, testou os efeitos de dispositivos auto-luminosos sobre a supressão da melatonina.
A fim de simular o uso típico destes dispositivos, 13 indivíduos utilizaram equipamentos com luz própria para ler, jogar e assistir a filmes.
Os resultados mostraram que a exposição de duas horas à luz dos dispositivos eletrônicos pode suprimir a melatonina em cerca de 22%.
Segundo os pesquisadores, estimular o sistema circadiano humano a este nível pode afetar o sono em pessoas que utilizam estes aparelhos antes de deitar.
A equipe acredita que a pesquisa pode ajudar a desenvolver produtos que não afetem ou afetem menos o ritmo circadiano do organismo.
R7.com
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