Em 12 de Dezembro, em Marrocos, acontecerá mais um encontro dos chamados Amigos da Síria. Segundo o ministro das Relações Exteriores do Marrocos, na reunião serão focadas a ajuda humanitária à Síria, a nova coalização oposicionista, seu reconhecimento e outras questões.
O correspondente da Voz da Rússia, Fakhim al Surani, falou sobre o próximo encontro com o diretor do Centro de Investigação em Damasco, Bassam abu Abdullah:
– Como pode ser caraterizado este encontro no Marrocos no contexto da pressão política sobre a Síria?
– Primeiro, este não será um encontro de Amigos da Síria, mas de inimigos da Síria! Segundo, este encontro de Amigos da Síria começava numa altura com representantes de 134 países, mas agora estarão representados apenas 65. Terceiro, este grupo pode ser qualificado como uma haste militar, que inclui os países que, sob a liderança dos Estados Unidos e de países do Golfo Pérsico, ameaçam a Síria e o povo sírio. Têm por objetivo destruir o país e utilizar sua situação geográfica estratégica em seus interesses. Quarto, o tema anunciado de ajuda humanitária à Síria é a maior mentira. Pelo visto, eles irão discutir novas sanções contra a Síria, ligadas às relações do país com o Golfo Pérsico. Já não é a primeira vez que a Arabia Saudita e os países adjacentes tentam abalar a estabilidade da moeda síria. Agora eles irão discutir o apoio aos rebeldes armados.
– Baterias de mísseis Patriot são instaladas atualmente na fronteira da Síria com a Turquia. Isso decorre no pano de fundo da campanha sobre a possível utilização de armas químicas por militares sírios. Deste modo, a Síria, mesmo se tentar defender-se com meios convencionais contra a intervenção armada, não poderá repelir ataques de Patriot. Será que neste caso se trata de mais uma pressão informativa sobre a Síria ou estas ações têm outro objetivo?
– Pode haver dois cenários. O primeiro é uma pressão informativa. Mas já declarámos oficialmente que não iremos recorrer a armas químicas, o que foi confirmado por Putin e outras personalidades. As Forças Armadas da Síria não precisam utilizar armas químicas, porque sem elas cumprem a missão de exterminar rebeldes armados com a ajuda da artilharia ligeira. Mas há um outro cenário – chegam informações de fontes militares de que na posse de rebeldes são encontradas grandes quantidades de máscaras antigás. Tal indica que os rebeldes possam utilizar armas químicas, para culpar posteriormente deste crime o regime sírio. Mas como quer que seja, a Síria é capaz de repelir tanto os ataques de rebeldes, como a intervenção militar externa.
– Moscou não participará do próximo encontro, mas ela propõe vários métodos para regularizar pacificamente o problema. Ao mesmo tempo, o Ocidente não propõe nada à exceção da demissão de Bashar Assad.
– Já há muitos países que lenta, mas firmemente concordam com iniciativas da Rússia, cujas propostas são objetivas e podem ajudar de fato a Síria. Não assentam em vantagens pessoais, mas respeitam os interesses do povo sírio, propondo resolver o problema através das conversações, iniciativas pacíficas, eleições honestas e outros métodos semelhantes. Esta é nomeadamente a democracia, esquecida pelo Ocidente.
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