O desemprego na Espanha atingiu seu maior índice na história, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Dados oficiais do último quadrimestre de 2012 mostram que o desemprego já atinge 26% da população ativa, contabilizando 5,97 milhões de pessoas. O índice foi divulgado em um momento em que a Espanha vive uma recessão prolongada e passa por profundos cortes no orçamento.
Em 2012, cerca de 850 mil postos de trabalho foram fechados, o que o transforma no segundo pior ano da crise depois de 2009, segundo o jornal El País. Em 2009, o país perdeu 1,2 milhão de postos de trabalho.
O impacto foi mais forte entre pessoas de 16 a 24 anos, que viram a taxa de desemprego no último quadrimestre de 2012 subir de 52,34% (nos trimestre anterior) para 55%.
Nas Ilhas Canárias e em Ceuta, ambas regiões autônomas espanholas, o desemprego já atinge 70% da população jovem.
Fundo do poço
A economia espanhola mergulhou na recessão depois que o rompimento de uma bolha imobiliária deixou milhões de trabalhadores pouco qualificados sem emprego, e o declínio econômico geral erodiu negócios e a confiança dos consumidores.
"Ainda não chegamos ao fundo do poço e o emprego continuará a cair no primeiro quadrimestre de 2013", disse José Luis Martinez, estrategista no banco de investimento Citigroup.
Segundo os dados do INE, a taxa de desemprego da Espanha é o dobro da média da União Europeia.
Os números do desemprego devem causar impacto no governo do primeiro-ministro Mariano Rajoy que, no ano passado, previu uma taxa de 24,6% até o fim de 2012.
Quando Rajoy tomou posse no final de 2011 havia 5,27 milhões de desempregados na Espanha.
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