Um vírus causador da doença de Newcastle é capaz de matar todos os tipos de células de câncer de próstata, incluindo células resistentes aos hormônios, sem atacar células normais, de acordo com estudo de pesquisadores da Virginia Polytechnic Institute, nos EUA.
Um tratamento para o câncer de próstata com base neste vírus poderia evitar os efeitos secundários adversos tipicamente associados com o tratamento hormonal para a doença, bem como os que estão associados com a quimioterapia em geral.
Segundo os pesquisadores, o vírus modificado está agora pronto para ser testado em modelos animais pré-clínicos, e, eventualmente, na fase I de testes clínicos em humanos.
O vírus da doença de Newcastle mata galinhas, mas não prejudica os seres humanos. É um vírus oncolítico que tem mostrado resultados promissores em vários ensaios clínicos em humanos para várias formas de câncer. No entanto, tratamentos bem sucedidos têm exigido injeções múltiplas de grandes quantidades de vírus, porque, em tais ensaios o vírus provavelmente não conseguiu atingir os tumores sólidos, em quantidades suficientes, e se espalharam mal dentro dos tumores.
O pesquisador Subbiah Elankumaran e seus colegas abordaram este problema modificando a proteína de fusão do vírus. Proteína de fusão funde o envelope do vírus com a membrana celular, permitindo que o vírus entre na célula hospedeira. Estas proteínas são ativadas sendo clivadas por qualquer número de diferentes proteases celulares.
A equipe modificou a proteína de fusão na sua construção de tal modo que ela possa ser clivada apenas pelo antígeno específico da próstata (que é uma protease). Isso minimiza as perdas porque estes vírus interagem apenas com células do câncer de próstata, o que reduz a quantidade de vírus necessária para o tratamento.
Segundo os pesquisadores, o vírus tem grandes vantagens potenciais sobre outras terapias contra o câncer. Sua especificidade para as células de câncer de próstata significa que ele não iria atacar as células normais, evitando deste modo vários efeitos secundários desagradáveis de quimioterapias convencionais. Em testes clínicos anteriores, mesmo com doses muito grandes de linhagens naturais, "apenas leves sintomas de gripe foram observados em pacientes com câncer", afirma Elankumaran.
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