O museu Metropolitan de Nova York recebeu uma doação de obras no valor de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 1,9 bilhão) do herdeiro do setor de cosméticos Leonard Lauder.
O herdeiro do império criado por Estee Lauder prometeu entregar 78 obras cubistas para o museu.
As obras fazem parte de uma das principais coleções cubistas do mundo e inclui obras de Pablo Picasso, Georges Braque, Juan Gris e Fernand Leger.
Em uma declaração divulgada após a doação, Lauder, de 80 anos, afirmou que a doação é um presente para "as pessoas que vivem e trabalham em Nova York e aqueles do mundo todo que vêm visitar nossa grande instituição de artes".
O Metropolitan, ou Met, como é conhecido, afirmou que antes da doação, não tinha muitas obras de arte do começo do século 20. Mas, com estes novos quadros, o museu agora está na vanguarda das coleções do mundo todo.
"Há tempos sentíamos falta desta dimensão crítica da história do modernismo. Agora, o cubismo será representado com algumas de suas maiores obras-primas" afirmou o diretor do museu, Thomas Campbell.
Campbell disse ainda que a coleção é "notável por sua qualidade (...) e profundidade", com 33 obras de Picasso, 17 de Braque e 14 de Gris e Leger.
Quatro décadas
Lauder reuniu este acervo durante quase quatro décadas com o objetivo de contar a história de um movimento que revolucionou a arte moderna e abriu caminho para os trabalhos mais abstratos no século 20.
"Escolhi o Met como uma forma de dividir esta coleção pois senti que (o acervo) é essencial para o cubismo - e a arte que surgiu depois disso - ser visto e estudado dentro das coleções de um dos maiores museus enciclopédicos do mundo", afirmou Lauder.
Acredita-se que o valor da coleção alcance cerca de 13% do total da fortuna pessoal do herdeiro, de acordo com a revista Forbes. A revista destaca que a doação de Lauder ao Met "o consagra no panteão dos filantropistas mais generosos de todos os tempos".
O editor de artes da BBC Will Gompertz lembra que, como muitos dos maiores museus do mundo, o Met foi fundado graças a doações de grandes filantropistas.
Gompertz afirma que talvez a mais famosa doação veio do patrimônio de J. Pierpont Morgan, um dos primeiros presidentes do banco JP Morgan.
"Ele era um colecionador de arte entusiasmado e conhecedor, que adquiria obras de artes baseado (na afirmação de que) 'nenhum preço é alto demais para um objeto de beleza inquestionável e autenticidade conhecida'", afirmou.
"Julgando pela qualidade dos trabalhos cubistas doados por Leonard Lauder, ele colecionava com um espírito parecido. Não é a maior doação, mas é uma das mais significativas", acrescentou.
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