A Coreia do Norte enviou ao mar do Japão já 6 mísseis de curto alcance. Os dois últimos disparos foram feitos na segunda-feira. A reação de Seul é previsível: no domingo o representante para questões da união das Coreias, Kim Hyung-seok qualificou de “lamentáveis” as ações do Norte e exortou Pyongyang a lembrar da responsabilidade perante a comunidade internacional.
As ações da Coreia do Norte são, provavelmente, uma resposta aos exercícios conjuntos dos EUA e Coreia do Sul, diz o especialista do Centro Coreano da Academia das Ciências da Rússia, Evgueni Kim. A situação na Península Coreana atingiu tal tensão que se pode chamar de provocação as ações de ambas as partes.
“É uma situação em que ambos os Estados se acusam mutuamente de fazer provocação. Infelizmente há uma dose de verdade nisto. Apesar de, em grande parte, não é provocação da Coreia do Norte, mas uma resposta a ações conjuntas da Coreia do Sul e EUA. Se agora os americanos não realizassem esses exercícios, lá estaria mais tranquilo.”
Especialistas russos falam do caráter rotineiro dos lançamentos. Como considera Georgi Tolorayab, diretor do centro de programas de pesquisa coreanos junto à Academia das Ciências da Rússia, estes lançamentos não passam de jogo da Coreia do Norte para o público, demonstração de força de efeito a “preço baixo”.
“As autoridades da Coreia do Norte usam habilmente o interesse doentio que a imprensa mundial e as pessoas comuns do ocidente, assustadas com a ameaça norte-coreana, sentem. Por isso em breve já cada disparo de estilingue da Coreia do Norte será interpretado como ameaça. Mísseis anti-navios, que foram disparados, são coisa absolutamente rotineira. Seu lançamento é efetuado no âmbito de manobras absolutamente rotineiras por muitos países. Não há qualquer perigo aqui.”
As relações tensas entre Pyongyang e Seul pioraram consideravelmente depois da realização de exercícios militares de grande envergadura pelos EUA e Coreia do Sul em fevereiro, março, abril e maio deste ano.
A Coreia do Norte, além de lançamento de mísseis, realiza também testes nucleares, registrados em 2006, 2009 e 2013. A comunidade internacional teme que os lançamentos de mísseis por Pyongyang seja elaboração de recursos para transporte de arma nuclear.
A Rússia, nesta questão, pronuncia-se consequentemente a favor do retorno da Coreia do Norte à mesa de conversações sobre a desnuclearização, das quais a Coreia do Norte se afastou em 2005 e é pela normalização definitiva da situação na Península Coreana.
VOZ DA RÚSSIA |
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