A população de São Paulo terá acesso a internet gratuita em 120 pontos da cidade a partir de outubro, segundo anunciou a Secretaria de Serviços durante audiência pública promovida ontem (10) para debater o programa Praças Digitais. A internet livre em todas as regiões do município é uma das diretrizes de governo do prefeito Fernando Haddad (PT).
Os pontos serão distribuídos entre os 96 distritos de São Paulo, principalmente em praças e terminais de ônibus. De acordo com o projeto da prefeitura, 24.200 pessoas poderão acessar a internet ao mesmo tempo, à velocidade de 512 kb por segundo. A consulta pública vai até a próxima sexta-feira (17).
Para efeito de operação das empresas, a cidade foi dividida em cinco áreas pela Secretaria de Serviços, responsável pela iniciativa. Uma mesma empresa não poderá ficar com mais de uma área. O edital de licitação será lançado em 28 de junho. Os contratos serão de 36 meses, renováveis por mais 12.
A primeira área compreende a região central e o bairro da Mooca e contará com internet em 29 praças, entre as quais o Vale do Anhangabaú e as praças da Sé e Roosevelt. A segunda atenderá 30 praças da zona leste; a terceira, 18 na zona oeste e o bairro da Vila Mariana; a quarta, 20 na zona norte; e a quinta, 23 na zona sul.
O orçamento para o projeto será de R$ 15 milhões por ano a partir de 2014, totalizando R$ 45 milhões. Para os três meses deste ano em que o programa estiver em operação será destinada uma verba equivalente ao período.
“Internet é fundamental no mundo de hoje e queremos que as pessoas tenham acesso em áreas públicas, para se apropriar do serviço”, afirmou o secretário de Serviços de São Paulo, Simão Pedro, durante a audiência.
A ideia do projeto é de que não seja necessário nenhum tipo de cadastro para utilizar a internet. Apesar disso, haverá a possibilidade de identificar a praça em que ocorreu algum uso indevido. Não será possível, no entanto, filtrar o tráfego pelo IP de cada máquina.
“A experiência que nós tivemos nos Telecentros (criados na gestão Marta Suplicy, que hoje somam 340) é que, quanto mais empecilhos ou proibições, menos as pessoas usam. E queremos que o cidadão navegue livremente, com acesso a tudo o que gosta e precisa”, afirmou Sérgio Amadeu, conselheiro de redes digitais da Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo (Prodam). “Queremos uma proposta que beneficie a comunidade.”
De acordo com Simão Pedro, a Secretaria de Transportes estuda exigir em seus editais que as empresas que oferecem transporte por ônibus disponibilizem sinal gratuito de internet. Há também uma conversa com o secretário de Educação, Cesar Callegari, para que a internet gratuita oferecida nos 50 Centros de Educação Unificada (CEUs) da cidade seja estendida aos quarteirões adjacentes.
Fonte: Rede Brasil Atual
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