“Vamos regionalizar um plano safra só do Semiárido nordestino para garantir que, cada vez que a seca ocorre, as pessoas não percam toda a sua produção”, disse Dilma, em discurso. Segundo ela, o plano melhorará a estrutura dos produtores rurais no período da seca e reduzirá a dependência da importação de milho para alimentação do rebanho. De acordo com a presidenta, as dívidas dos agropecuaristas da região serão "equacionadas" com o novo plano.
Os planos safra nacionais 2013/2014 da agricultura empresarial e da agricultura familiar serão lançados nesta semana pelo governo.
No discurso, a presidenta comparou a seca ao inverno rigoroso que alguns países enfrentam. “Os países que têm inverno com 20 graus negativos, onde tudo é tomado pela neve, suportam esse processo sem voltar atrás no caminho do desenvolvimento. Por que não podemos fazer o mesmo com a seca?”, questionou.
Dilma ressaltou que é possível conviver com a seca e escolher a melhor forma de enfrentar os prejuízos que ela traz. Para tanto, disse ela, trabalha-se com dois eixos principais: segurança hídrica e segurança produtiva. O primeiro vem sendo executado com obras de transposição, cisternas e barragens, entre outras obras para estruturar a região.
A segurança produtiva será implementada, a partir de agora, pelo plano safra a ser anunciado, bem como pelos equipamentos doados para construção e reestruturação de estradas rurais que permitam o escoamento da produção. Além dos recursos para investimentos e custeio, o plano vai prever assistência técnica para os produtores da região. Uma dos principais investimentos para a segurança produtiva do Semiárido é a construção de armazéns e silos para estocar os alimentos.
A presidenta anunciou também a liberação de R$ 30 milhões para reforma e ampliação do Centro de Convenções de Natal, com recursos do Ministério do Turismo, e participou do lançamento do edital de licitação para obras complementares da duplicação da BR-101 no estado, como obras de drenagem e construção de vias marginais e de dois viadutos.
Dilma ressaltou a importância do Nordeste para o crescimento econômico do país e disse que a região é prioridade. “O Brasil não vai crescer o que tem que crescer se o Nordeste não continuar crescendo acima de outras regiões, porque tem que tirar o atraso”, concluiu.
Agência Brasil
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