As cápsulas de ômega-3 trazem óleos encontrados comumente em peixes como o salmão. Pesquisadores de diversas universidades e centros de pequisas ─ entre os quais a Ohio State University College of Medicine e o Fred Hutchinson Cancer Research Center ─ assinam o estudo, divulgado na publicação científica Journal of the National Cancer Institute, ligado à Universidade de Oxford, na Inglaterra. Os resultados confirmam uma pesquisa de 2011 publicada pela mesma equipe de cientistas, que constatou uma ligação semelhante entre altas concentrações sanguíneas de ômega-3 e o câncer de próstata mais agressivo.
"A consistência destes resultados sugere que estes ácidos graxos estão envolvidos na gênese do tumor e recomendações para aumentar a ingestão de ômega-3, principalmente através de suplementos, devem considerar seus riscos potenciais", escreveram os autores.
De acordo com o estudo, o risco de homens que tomam suplementos de ômega-3 desenvolverem o tipo mais agressivo de câncer é até 71% maior do que entre os que não usam a substância.
No caso do tipo menos letal, o risco é até 44% mais alto entre os que consomem suplementos, em comparação a pessoas que não usam as cápsulas.
Em geral, ácidos gordurosos estão associados a um risco até 44% maior de câncer de próstata, dizem os pesquisadores.
Os pesquisadores não especificam se o mesmo risco estaria associado ao consumo de peixes como o salmão, ricos na substância, mas enfatizam que os níveis de concentração de ômega-3 superior a duas porções semanais do peixe estaria relacionado à doença.
Nos últimos anos, muitos estudos vêm sendo feito para examinar o impacto de ácidos graxos na saúde. Cientistas alertam que a maior parte das pesquisas não é conclusiva e que, antes de mudar a dieta, as pessoas devem consultar seus médicos.
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