A taxa média de desemprego na América Latina e no Caribe recuou para 6,3% em 2013 (ante 6,4% no ano anterior), no menor nível desde que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) começou a publicar o relatório, há 20 anos. Em 2003, por exemplo, a taxa era de 11,2%. Mesmo assim, a OIT classifica de “preocupante” a situação do mercado de trabalho, devido à falta de dinamismo econômico, em um cenário de possível interrupção dos avanços registrados na última década. "A região corre o risco de perder a oportunidade de avançar na geração de mais e melhores empregos", afirmou a diretora regional da OIT, Elizabeth Tinoco. "Os salários crescem menos que nos anos anteriores, a informalidade não se reduz, a produtividade está aumentando abaixo da média mundial e aumentou a desocupação dos jovens nas zonas urbanas."
O número estimado de desempregados é de 14,8 milhões, sendo 7,7 milhões de mulheres e 7,1 milhões de homens – do total, 6,6 milhões são jovens. Há 130 milhões de pessoas em ocupações informais.
De acordo com o relatório, o desemprego não caiu pelo aumento na criação de vagas, mas pela queda (de 59,6% para 59,5%) na taxa de participação, que indica a presença de pessoas economicamente ativas no mercado. Essa taxa caiu em nove dos 15 países analisados. A OIT afirma que a queda leve se deve ao fato de ela ter se mantido no estável no Brasil, que representa 40% da população economicamente ativa (PEA) da região.
Segundo a OIT, para manter a taxa de desemprego abaixo de 7%, a região deverá abrir pelo menos 43,5 milhões de postos de trabalho nos próximos dez anos. Para 2014, se a taxa de crescimento ficar em 3,1% ou 3,2%, como se estima, a taxa se manterá em 6,3%.
Créditos: Rede Brasil Atual
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