Todos os dias, 20 mil adolescentes com menos de 18 anos dão à luz em países em desenvolvimento. No Brasil, em 2010, 12% das adolescentes de 15 a 19 anos possuíam pelo menos um filho.
Os dados são do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) divulgados no relatório “Situação da População Mundial 2013”, que traz como título “Maternidade Precoce: enfrentando o desafio da gravidez na adolescência”.De acordo com a UNFPA, os números revelam que a taxa de natalidade de adolescentes no Brasil pode ser considerada alta, dadas as características do contexto de desenvolvimento brasileiro, sendo observado um viés de renda, raça/cor e escolaridade significativo na prevalência desse tipo de gravidez.
O levantamento mostra que as gestações precoces não são resultado de uma escolha deliberada, e que ao engravidar, voluntaria ou involuntariamente, essas adolescentes têm seus projetos de vida alterados, o que pode contribuir para o abandono escolar e a perpetuação dos ciclos de pobreza, desigualdade e exclusão. O caso de Karine e seu namorado Rafael, moradores da Rocinha, ela com 16 anos e ele com 18, é um exemplo dentre os milhares que acontecem com freqüência em no territórios populares do Brasil. Reportagem da agência EFE conta a experiência do casal de pais adolescentes que acabaram de ter um filho. Por conta da gestação, Karine perdeu o ano na escola. Na casa onde vai morar com o bebê, já vivem três gerações da família.
Apesar dos casos frequentes no país, a matéria aponta que graças à política de oferecer gratuitamente preservativos à população, a gravidez entre jovens menores de 20 anos diminuiu na última década, segundo dados do Ministério da Saúde. Em 2000 cerca de 750 mil jovens foram mães no país, em 2012 o número caiu para 536 mil. Quantidade ainda preocupante, principalmente nas favelas, onde a incidência desses casos é maior.
Créditos: Brasil 247
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