De acordo com os dados coletados, a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), foram registrados em 2012, nas 65 cidades que fazem partem das 1ª, 2ª e 12ª Gerências Regionais, 3.909 casos. Em 2013, o número chegou a 4.828 casos. Esses dados foram repassados durante uma capacitação que aconteceu esta semana para 120 profissionais responsáveis pelas fichas de notificação de violência doméstica, sexual e outras formas de violência dos hospitais, maternidades dessas três regiões de saúde.
A ficha de notificação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) foi instituída pelo Ministério da Saúde na década de 90 e tem o objetivo de registrar todo tipo de violência física, psíquica, sexual, financeira, moral e negligência, principalmente contra a criança e o idoso, que dá entrada nas unidades de saúde.
“Na ficha são colocados os nomes das vítimas, dados pessoais, o tipo de violência, informações sobre o agressor, como nome, parentesco com a vítima e se estava usando algum tipo de droga, além de outras informações acerca do caso. Ou seja, um dos objetivos é saber o tipo de violência que mais ocorre e o perfil dos agressores”, explicou a gerente dos Sistemas de Informações da SES, Ângela Pontes, que será uma das palestrantes.
O segundo tema da capacitação será “Duplicidades, inconsistências, alterações e exclusão detectadas no banco de dados”, apresentado pela técnica na área de violência da SES, Carla Jaciara. Ela explicou que algumas fichas estão sendo preenchidas de forma inconsistente, com dados errados e também deixando campos obrigatórios sem preencher, além da duplicidade das informações. “O que está ocorrendo muito é que na mesma unidade de saúde a ficha, sobre o mesmo caso, acaba sendo preenchida por dois profissionais diferentes que não se comunicam. Ou seja, segue para o Ministério a mesma informação duas vezes. Daí a importância dessa capacitação”, disse.
A chefe do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, Gerlane Carvalho, explicou que o maior objetivo da capacitação é orientar os municípios quanto a necessidade da notificação compulsória de violência do Sinan, melhorando a qualidade dos dados informados, colaborando para o investimento das políticas públicas de saúde, em nível federal, para a redução da violência. Gerlane lembrou que também será abordada a questão da humanização. “A gente não quer somente dados. Mas também um atendimento humanizado, onde a vítima se sinta bem acolhida e segura”, falou. Redação\Secom. Foto: Laconexionusa.com
Créditos: Focando a Notícia
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