"Em Gaza, a história repete-se." Começa assim o relatório deste sábado do Centro Palestiniano para os Direitos Humanos. "Dia e noite, ataques aéreos israelitas atingem a Faixa de Gaza. Enquanto Israel reúne as suas forças armadas junto à fronteira nós aguardamos pela nova fase da ofensiva", acrescenta o comunicado. Este relato feito por uma organização independente palestiniana descreve os últimos cinco dias do conflito israelo-palestiniano, que já tirou a vida a pelo menos 121 palestinianos, um número que cresce a cada hora. Segundo a ONU, mais de três quartos (77%) são civis, entre eles há muitas mulheres e crianças. Pelo menos 190 edifícios foram atingidos e destruídos em Gaza por bombardeamentos das forças israelitas desde o início da ofensiva militar "Barreira de Proteção", na passada terça-feira. Centenas de mísseis e rockets destruíram o que Israel considera "alvos terroristas" na Palestina e feriram pelo menos 700 pessoas. Os alvos dos bombardeamentos são militantes do Hamas, bem como as suas habitações. Israel revela que várias "dezenas de terroristas" foram mortos.
Nenhuma das partes em conflito parece concordar com um cessar-fogo, apesar dos intensos esforços diplomáticos das Nações Unidas. O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu disse, na sexta-feira, que o seu país resistirá a qualquer pressão externa para fazer parar a ofensiva. "O objetivo é devolver a paz às cidades de Israel, e tenciono alcançar este objetivo", disse Netanyahu.
Foto: MOHAMMED SABER/EPA
Créditos: Expresso
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