Durante discurso para cerca de 40 mil idosos na Praça de São Pedro, no Vaticano, o papa Francisco disse ontem (28) que nem todos os avôs e avós têm uma família pronta para os acolher e, nesse caso, os abrigos e institutos para idosos são bem-vindos, desde que sejam “realmente casas e não “prisões”. “Não podem existir centros onde os anciãos vivam esquecidos e escondidos”, afirmou.
O papa também ressaltou que os lares precisam ser realmente para os idosos e não para os interesses de alguém. “As residências devem ser pulmões da humanidade em um país, bairro ou em uma paróquia. Devem ser santuários de humanidade onde quem é velho e débil é cuidado como um irmão mais velho”, acrescentou.
Segundo Francisco, um povo que não cuida dos seus idosos, dos seus avós, e os maltrata, é um povo sem futuro, pois perde a memória e vive separado das próprias raízes. “Uma das coisas mais bonitas em uma família é poder acariciar uma criança e deixar-se acariciar pelo avô ou pela avó”, disse.
O pontífice encerrou pedindo aos homens e mulheres para que construam com paciência uma sociedade diversa, mais acolhedora, mais humana e mais inclusiva. No início de seu discurso, Francisco agradeceu a presença do papa emérito Bento XVI. “Eu disse tantas vezes que gostaria que ele habitasse aqui no Vaticano porque a sua presença é como ter um avó sábio em casa. Obrigado”.Foto: AP.
Créditos: Correio do Estado
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