A economia brasileira deve movimentar R$ 1,38 trilhão em investimentos industriais e de infraestrutura, no período 2015 a 2018. A estimativa é do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A cadeia produtiva de empresas que demandam a indústria deve ter fluxo de negócios superior a R$ 928,82 bilhões, ao longo dos quatro anos.
O impacto na cadeia produtiva será 13,7% maior que no período 2010 a 2013. Segundo o banco, a desaceleração da economia não deve influir negativamente na previsão, uma vez que os investimentos em infraestrutura são de longa maturação e menos influenciáveis pela conjuntura.
Os dados são utilizados para o planejamento e indicam as áreas industriais mais demandadas. A construção civil deve receber 8,6% a mais no volume de demanda que no período 2010-2013, com R$ 279,29 bilhões. Em seguida vem o setor automotivo, com R$ 276,56 bilhões, 5% mais que no mesmo período anterior.
Dos R$ 928,82 bilhões de fluxo de negócios estimados, R$ 700 bilhões devem ser movimentados pelas áreas da construção, automotiva e metal mecânica. As projeções consideram apenas o que será produzido, excluindo impostos, custos com transportes e de comércio.
De acordo com o BNDES, até 2018, os setores administração, saúde e educação devem aumentar o fluxo em 36,10%. O de eletroeletrônicos aumentará em 29% e, o comércio, 27,7%.
No estudo referente a 2010-2013, as expectativas de investimento levantadas pelo BNDES alcançaram 90% do total realizado. As perspectivas de investimento e seus impactos são revisados pelo banco a cada seis meses.
Para o superintendente-adjunto de ciclos econômicos do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), Aloísio Campelo, são importantes os empreendimentos de longo prazo na indústria brasileira. Ele considera razoável a projeção de movimentação de recursos na economia originada de investimentos programados pela indústria, mesmo num contexto de atividade mais fraca.
Segundo Campelo, mais da metade da atividade da indústria da transformação é focada em bens intermediários, como os setores de siderurgia e celulose, cujos projetos têm duração de três ou quatro anos. Para ele, previsões de um PIB mais fraco não assustam empresários com projetos de expansão orgânica, com aumento de capacidade.
“A formação bruta de capital (FBCF – medida de investimentos no total da economia) está na faixa de 17% a 18% e não oscila há alguns anos”, explicou Campelo.
Créditos: Agencia PT
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