O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa voltou a afirmar, em depoimento à Justiça Federal, na terça-feira (28), ter repassado propina no valor de R$ 10 milhões ao ex-presidente nacional do PSDB Sérgio Guerra, morto em 2014.
Nomeado para o cargo pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Costa disse aos investigadores da Operação Lava Jato que o valor teria sido pago ao tucano para ajudar a esvaziar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar a Petrobras, em 2009.
“Fui procurado, não me recordo exatamente se foi em 2009 ou 2010, pelo senador Sérgio Guerra, no Rio de Janeiro, junto com o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE)”, relatou Paulo Roberto Costa.
“O Eduardo da Fonte me ligou, disse que queria ter uma conversa comigo e marcou uma reunião em uma dos hotéis lá da Barra da Tijuca. Para surpresa minha, eu nunca tinha tido relacionamento nenhum com o Sérgio Guerra, o senador estava lá”, explicou o delator.
Ainda segundo Costa, após o primeiro encontro teriam acontecido outras duas ou três reuniões. A empresa Queiroz Galvão teria sido, de acordo com o delator, a responsável pelo pagamento.
“O pleito do senador era que se repassasse para ele um valor de R$ 10 milhões para que não ocorresse ou não progredisse ou não tivesse consequências uma CPI da Petrobras neste período”, lembrou. Da Redação da Agência PT de Notícias.
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