Em alguém com o vírus, há uma espécie de luta entre o HIV e o sistema imune. Ainda que o corpo produza novos anticorpos para combater o vírus, este está sempre em mutação para conseguir escapar dos ataques e sobreviver.
Outros anticorpos testados em humanos tinham mostrado resultados decepcionantes. Este novo, no entanto, pertence a uma nova geração de anticorpos neutralizantes que podem combater de forma potente cerca de 80% das cepas de HIV.
Anticorpos neutralizantes são produzidos naturalmente em 10% a 30% dos pacientes com HIV, mas apenas depois de vários anos de infecção -a essa altura, os vírus em seus corpos já evoluíram para escapar até mesmo desses anticorpos mais potentes. Ao isolá-los e cloná-los, porém, pesquisadores conseguiram transformá-los em agentes terapêuticos contra as infecções por HIV que tiveram menos tempo para se preparar e se proteger.
A dose única do anticorpo foi bem tolerada nos voluntários e se mostrou eficaz em reduzir a carga viral - em alguns pacientes, essa ação foi temporária e, em outros, mais duradoura.
É possível que a nova droga, ainda em teste, consiga dar um fim em vírus que estejam escondidos em células infectadas, que servem como reservatórios de vírus inacessíveis pelos medicamentos atuais. Também é provável que esse anticorpo precise ser usado em combinação com outros anticorpos ou drogas antirretrovirais para manter as infecções sob controle.
O estudo ainda aumentou as esperanças de se criar uma vacina contra o HIV. Se os cientistas conseguirem induzir o sistema imune de uma pessoa sem HIV a gerar anticorpos potentes como o 3BNC117, talvez isso seja suficiente para bloquear uma infecção de HIV antes que ela se estabeleça.
Créditos: NE10
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